Fatos Históricos
455 — Imperador Petrônio Máximo é apedrejado até a morte por uma multidão enfurecida enquanto fugia de Roma.
1223 — Um exército mongol liderado pelos generais Jebe Noyon e Subedei vence os exércitos dos vários principados russos na Batalha do Rio Kalka.
1795 — Revolução Francesa: o Tribunal Revolucionário é suprimido.
1859 — A Torre do Relógio nas Casas do Parlamento, que abriga o Big Ben, começa a marcar o tempo.
1889 — Inundação de Johnstown: mais de 2.200 pessoas morrem depois que uma represa rompe e envia um paredão de água de 18 metros de altura sobre a cidade de Johnstown, na Pensilvânia.
1902 — Segunda Guerra dos Bôeres: o Tratado de Vereeniging encerra com a guerra e assegura o controle britânico da África do Sul.
1910 — Criação da União Sul-Africana atual África do Sul.
1911
1916 — Primeira Guerra Mundial: Batalha da Jutlândia: a Grande Frota britânica enfrenta a Frota de Alto-Mar na maior batalha naval da guerra.
1921 — Rebelião Racial de Tulsa mata pelo menos 39 pessoas, mas outras estimativas de fatalidades negras variam de 55 a cerca de 300.
1961 — União Sul-Africana se torna República da África do Sul.
1962 — Federação das Índias Ocidentais deixa de existir.
1973 — Senado dos Estados Unidos vota o corte do financiamento para o bombardeio de alvos do Khmer Vermelho no Camboja, apressando o fim da Guerra Civil Cambojana.
1991 — Acordos de Bicesse em Angola estabelecem uma transição para a democracia multipartidária sob a supervisão da missão UNAVEM II das Nações Unidas.
2003 — Último voo de um Concorde da Air France.
2005 — Vanity Fair revela que Mark Felt era o "Deep Throat".
2009 — Airbus A330 do voo Air France 447, entre o Rio de Janeiro e Paris, desaparece sobre o Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo, entre elas 59 brasileiros. Todos os passageiros a bordo morreram.
2010 — Comandos israelenses do Shayetet 13 embarcaram na Flotilha da Liberdade de Gaza enquanto ainda estavam em águas internacionais tentando romper o bloqueio em andamento da Faixa de Gaza; nove civis turcos na flotilha foram mortos no subsequente tumulto violento.
2017 — Carro-bomba explode em um cruzamento lotado de Cabul, perto da embaixada alemã na hora de maior movimento, matando mais de 90 pessoas e ferindo outras 463.
Wikipédia
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São Félix de Nicósia
Religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (1715-1787)
Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: 'Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade'.
Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Frequentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário.
Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo.
Afirma o padre Florio Tessari: 'Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito'.
Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.
COMECE O DIA FELIZ
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30), durante transmissão semanal ao vivo em sua página no Facebook, que a sua tendência é vetar o dispositivo que determinou a gratuidade no despacho de bagagens aéreas em voos operados dentro do país. A volta da franquia de bagagem foi aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional, na análise da Medida Provisória (MP) 863/2018, que permite 100% de participação de capital estrangeiro em empresas aéreas que atuam no Brasil. O texto agora precisa ser sancionado pelo presidente da República para entrar em vigor. O prazo para a sanção vai até o dia 17 de junho.
"A minha tendência é vetar esse dispositivo", disse o presidente. Durante a declaração, ele estava acompanhado de duas parlamentares do PSL: a deputada federal Aline Sleutjes (PR) e a senadora Soraya Thronicke (MS). O presidente disse também querer ouvir a opinião de seus seguidores sobre o assunto, mas que a decisão estaria praticamente tomada.
"Daí eles falam que quando lá atrás passou a cobrar, não diminuiu [o preços das passagens]. Mas, naquela época, por coincidência, aumentou o preço do petróleo lá fora, o dólar variou também de preço. E, não adianta, no final das contas, você vai pagar a conta. No momento, eu digo para vocês, estou convencido, [mas] posso mudar, a vetar o dispositivo".
Votações
O presidente também saiu em defesa das duas parlamentares aliadas em votações recentes no Congresso Nacional, como a aprovação da Medida Provisória 870, que estabeleceu a nova estrutura de governo. Tanto Aline Sleutjes quanto Soraya Thronicke estariam sendo criticadas por apoiadores do presidente por não terem participado da votação para manter o Conselho de Controle de Atividades (Coaf) sob o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao final da votação da MP no Congresso, o Coaf voltou para o Ministério da Economia.
"Nós não podemos ganhar tudo na Câmara e no Senado. Isso não existe. É até bom que não ganhe, se não passaria a ser um presidente que não seria presidente, seria um ditador, em que tudo que ele manda é aprovado, como acontece no Parlamento cubano", afirmou. O presidente explicou que, durante a votação da MP na Câmara, a deputada Aline Sleutjes estava acompanhando a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, em viagem oficial na Ásia, por isso não participou. Já no caso da senadora Soraya Thronicke, não houve o registro de seu voto, durante a votação da medida na Casa, na noite da última terça.
"Quem está atacando ela, não procede isso daí, não justifica esse ataque. A MP foi pro Senado. Decisão do governo, minha. Falei ao pessoal, não criem problema, não apresentem destaques, deixa aprovar a MP como chegou da Câmara. Deixa o Coaf longe do Moro e perto lá do ministro Paulo Guedes. E digo mais, ninguém perdeu nada com isso não", reafirmou Bolsonaro, ao explicar que se uma mudança na versão da MP fosse aprovada no Senado, o texto teria que voltar para Câmara e a medida perderia validade, obrigando o governo a ter que recriar a estrutura ministerial do governo anterior, de Michel Temer, como 29 pastas, pondo em risco a reforma administrativa em vigor.
"O Coaf continua com o governo ou alguém acha que o Paulo Guedes vai ser uma pessoa que, em precisando dados lá na Justiça, não vai fornecer. Vai fornecer", acrescentou.
Previdência
No início da transmissão, Bolsonaro citou investimentos de empresas multinacionais no Brasil, como montadoras e redes de supermercados, para argumentar a retomada da confiança dos setores empresariais, e voltou a defender a reforma da Prfevidência.
"Nós só podemos sonhar com dias melhores na economia essa reforma. Nós temos de demonstrar para o investidor do mundo e aqui de dentro que estamos preocupados, sim, e fazendo a nossa parte, porque o Brasil gasta muito mais do que arrecada. Vindo a reforma da Previdência, um Nova Previdência, o Brasil tem tudo para deslanchar", disse.
Agência Brasil
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O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse nesta quinta-feira (30) que uma proposta de alteração no programa Minha Casa, Minha Vida será apresentada na próxima semana em audiência na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a ampliação do número de faixas de renda atendidas e o próprio nome do programa estão entre as mudanças.
O ministro deu a declaração após uma cerimônia no Palácio do Planalto em que foi assinado um decreto que atualiza a Política Nacional de Desenvolvimento Regional, elaborada em 2007, no governo Lula.
Segundo o ministro, o Minha Casa, Minha Vida passa por uma avaliação desde o período de transição do governo do ex-presidente Michel Temer para o governo Jair Bolsonaro. Os diagnósticos, ainda de acordo com o ministro, mostraram falhas na execução do projeto.
“Foram dez anos de execução do programa e o que vai acontecer, a nossa proposta é um maior número de faixas, maior número de categorias para atender as diferentes demandas”, afirmou Canuto.
O ministro afirmou que existem questões que o “governo não pode aceitar”, como a comercialização irregular dos lotes, a invasão dos lotes por facções criminosas, conflitos sociais nos condomínios e problemas relacionados à violência doméstica.
“Isso será apresentado. Tem uma audiência na comissão de Desenvolvimento Urbano na terça-feira em que a proposta vai ser apresentada aos parlamentares em detalhes. Uma apresentação, uma coisa mais robusta que vai poder ficar mais claro a todos”, afirmou o ministro.
Canuto usou a reformulação de pontos da política habitacional para justificar a futura mudança de nome do programa.
“Por uma questão de que é o novo governo, novo programa, ele está sendo reformulado. Não é apenas a mudança do nome por mudar. É uma nova visão”, destacou o ministro.
“O governo atual tem uma outra visão de mundo e ele quer que os programas sociais reflitam isso. A necessidade de produzir habitação social é ímpar, é um fato. Há um déficit habitacional e não podemos ficar alheios a isto, mas a maneira de resolver este problema é diferente”, concluiu Canuto.
G1
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O governo federal lançou nesta quinta-feira (30), em Brasília, a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), com as divulgações dos planos de desenvolvimento das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Amazônia. Os planos serão definidos por decreto presidencial, que deve ser publicado na edição desta sexta-feira (31) do Diário Oficial da União. Já a política nacional será instituída via projeto de lei e se baseia em seis eixos estratégicos focados na inovação tecnológica e capacitação da mão de obra.
Após a cerimônia de assinatura das medidas, no Palácio do Planalto, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, ministros e parlamentares, o titular da pasta de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, destacou alguns objetivos dos planos apresentados. Veja aqui a galeria completa de imagens.
"A gente quer investir em infraestrutura, educação e inovação. Há muitas cadeias produtivas que já existem nessas regiões. Biodiversidade na região Amazônica, no Nordeste a gente tem cada vocação específica das cidades. A gente quer identificar qual o investimento prioritário para que essa cadeia produtiva tenha maior agregação de valor, gere mais renda, mais riqueza", explicou.
Não há recursos reservados para os projetos ainda. O que os planos regionais e a PNDR fazem é estabelecer um planejamento de curto, médio e longo prazos, e os investimentos deverão estar previstos no Plano Plurianual 2020-2023, que estabelece diretrizes para aplicação de recursos.
"Serve como guia, um norte. Vai ser uma parceria com os governos dos estados, com o Parlamento, com o orçamento, com o PPA [Plano Plurianual]. Ele foi feito para embasar e planejar o PPA. É um instrumento de planejamento", acrescentou Canuto.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que, entre os objetivos da nova Política estão a promoção da competitividade regional para geração de emprego e renda nas próprias localidades, especialmente aquelas que apresentem declínio populacional e elevadas taxas de emigração. A ideia é fortalecer uma rede de cidades policêntricas, buscando a desconcentração e interiorização dos recursos. "Dessa maneira, espera-se criar oportunidades em centros urbanos de médio porte que possam apoiar o desenvolvimento de municípios menores em seu entorno", diz a pasta.
Ineditismo
Em um rápido discurso lido durante a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro disse que os planos regionais de desenvolvimento cumprem um dispositivo constitucional e, por isso, representam um "marco histórico" para seu governo.
"Estamos trabalhando pelo desenvolvimento e valorização de todas as regiões do Brasil. Nesse sentido, a entrega dos planos regionais de desenvolvimento da Amazônia, do Centro-Oeste e Nordeste, já aprovados pelos respectivos conselhos deliberativos, é ato inédito e representa um marco histórico para o nosso governo, que irá ajudar muita gente no Brasil, a trazer benefícios e justiça para essas regiões", afirmou.
Presente ao lançamento, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, comemorou a iniciativa que, segundo ele, dará ênfase a projetos prioritários das regiões. Ele citou a interligação ferroviária e rodoviária com o estado vizinho de Mato Grosso como um dos projetos previstos no planos regionais.
"Vamos colocar uma travessia de 80 quilômetros na Ilha do Bananal, uma economia 1,2 mil quilômetros de estrada, que liga ferrovias, transforma a região do Mato Grosso, do Tocantins e do Brasil", disse.
Agência Brasil
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na quinta-feira (30), um pedido para que o relator da Lava Jato no tribunal, João Pedro Gebran Neto, se declare impedido de julgar o recurso de Lula na ação do sítio de Atibaia. Na primeira instância, Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, estipuladas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
G1 tenta contato com a defesa de Lula para esclarecer os motivos do pedido. A petição será analisada pela 8ª Turma, formada pelo relator João Pedro Gebran Neto e outros dois desembargadores.
O TRF-4 é responsável por julgar os recursos. A sentença do sítio de Atibaia chegou ao tribunal no dia 15 de maio. O recurso de Lula, contra a condenação, ainda não foi protocolado no TRF-4. O sistema informa que o prazo para que isso ocorra vai até o dia 4 de junho.
Sobre a condenação em primeira instância na ação do sítio de Atibaia, a defesa de Lula nega as acusações. Em nota, destacou que "uma vez mais a Justiça Federal de Curitiba atribuiu responsabilidade criminal ao ex-presidente tendo por base uma acusação que envolve um imóvel do qual ele não é o proprietário, um 'caixa geral' e outras narrativas acusatórias referenciadas apenas por delatores generosamente beneficiados".
Denúncia do sítio de Atibaia
De acordo com o Ministério Público Federal, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.
A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS.
Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.
O MPF afirma que a Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. Já Bumlai fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil, ainda conforme o MPF.
Segundo o MPF, Lula ajudou as empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.
Primeira condenação
A sentença do sítio de Atibaia é a segunda condenação de Lula na Lava Jato. O ex-presidente cumpre pena na Polícia Federal de Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP), desde abril do ano passado.
Em abril deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve condenação e reduziu pena para 8 anos e 10 meses, em decisão unânime.
Antes disso, o recurso em segunda instância havia sido negado no TRF-4, que aumentou a pena da primeira instância, de 9 anos e 6 meses, para 12 anos e 1 mês.
A prisão do ex-presidente ocorreu após o esgotamento dos recursos no TRF-4. O andamento do processo tramitou durante cinco meses na segunda instância, até a decisão.
G1
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O ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha deixou o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta sexta-feira (31), para ser transferido para o Rio de Janeiro, onde continua cumprindo a pena de 14 anos e seis meses de prisão à qual foi condenado na Operação Lava Jato.
Ele deixou o presídio paranaense às 8h desta sexta-feira. De acordo com a Polícia Federal (PF), Cunha ficará detido no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8.
Cunha estava preso no Paraná há mais de 2 anos e sete meses, desde outubro de 2016. Em março de 2017, ele foi condenado na 1ª instância a 15 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O processo apurou o recebimento de propina pelo ex-deputado, por um contrato de exploração de Petróleo em Benin, na África, e o uso contas no exterior para lavar o dinheiro. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) diminuiu a pena de Cunha para 14 anos e 6 meses, em novembro de 2017.
Em abril deste ano, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, anular a pena de lavagem de dinheiro imposta ao ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Os advogados argumentavam que, em razão do mesmo ato, Cunha foi condenado por corrupção passiva e lavagem. Mas, na avaliação de todos os ministros da turma, as instâncias inferiores consideraram que há provas do cometimento dos dois crimes.
A transferência
No início de abril, após um pedido da defesa de Eduardo Cunha, a juíza Luciani Maronezi, da 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, pediu que as autoridades do Rio de Janeiro fossem consultadas para saber se havia vagas disponíveis para receber Cunha.
No dia 23 de maio, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido e, na última quarta-feira (29), a Justiça Estadual do Paraná autorizou a transferência.
Após a aceitação da transferência pela Justiça do Rio de Janeiro, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) reiterou que é contra a transferência de Cunha para um presídio carioca. A justificativa foi a influência política do ex-deputado que, segundo a Promotoria, acarretou na prática dos crimes pelos quais o ex-deputado foi condenado.
Em nota divulgada após a autorização, a defesa de Cunha disse que "a decisão é justa e adequada aos preceitos legais e constitucionais".
Outros processos
Na Operação Lava Jato no Paraná, Cunha ainda responde a uma ação penal, que aguarda sentença. O processo apura a suspeita de o ex-deputado tenha recebido propina de US$ 5 milhões em contratos de construção de navios-sonda da Petrobras. Ele nega as acusações.
Eduardo Cunha tem outra condenação, na 1ª instância, a 24 anos e dez meses de prisão na Justiça Federal de Brasília, por envolvimento em desvios de recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
À época da condenação, a defesa de Eduardo Cunha informou que ia recorrer, acrescentando que a sentença é "fantasiosa" e baseada em delações premiadas sem provas.
G1
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O presidente Jair Bolsonaro denunciou que sofre "sabotagens" no governo, com ministérios aparelhados e políticos inexperientes que esperavam dele resolver problemas "no peito e na raça". Em entrevista à revista Veja, publicada na manhã desta sexta-feira, o presidente criticou a influência da esquerda sobre o Ministério da Educação e até o da Defesa.
— É uma luta de poder. Há sabotagens às vezes de onde você nem imagina. No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda... Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo é no Ministério da Educação — disse o presidente.
Bolsonaro disse não ser contra os estudos nas escolas e universidades sobre Che Guevara, o guerrilheiro líder da Revolução Cubana, contanto que também se fale aos estudantes sobre o coronel Brilhante Ustra (apontado como torturador durante a ditadura militar).
Na visão do presidente, falta "patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil". Contou que sente uma pressão "muito grande" no cargo, sob as acusações de não ter governabilidade. "Mas o que é governabilidade?", questionou. Para Bolsonaro, a maioria dos parlamentares já entendeu a mudança de como se faz política em sua gestão.
— Já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também. Angústia, né? Tá faltando o mínimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil — relatou. — Imaginava que ia ser difícil, mas não tão difícil assim. Essa cadeira aqui é como se fosse criptonita para o Super-Homem. Mas é uma missão.
A entrevista à Veja foi atrasada em 15 minutos porque o presidente, sem avisar assessores com antecedência, decidiu prestigiar a sessão solene de homenagem a Carlos Alberto da Nóbrega, na Câmara dos Deputados. Ele foi a pé do Palácio do Planalto até o plenário da Casa para celebrar os 60 anos de carreira do humorista, de quem diz ser fã.
Flávio, Queiroz e Carlos
Durante as duas horas de entrevista, Bolsonaro considerou já ter concluído as promessas de campanha de indicar "um gabinete técnico, respeitar o Parlamento e cumprir o dispositivo constitucional de independência dos Poderes". O presidente ressaltou o alcance da publicação dos atos de governo nas redes sociais e atribuiu o "sucesso" de engajamento ao filho Carlos Bolsonaro, mas reconheceu a "impetuosidade" do vereador do Rio, responsável por abrir discussões até com aliados do pai e tensionar o Executivo.
— O Carlos tem muita impetuosidade, quer resolver as coisas muito rapidamente. De vez em quando há um atrito entre mim e ele em função da velocidade com que ele quer resolver as coisas — argumentou.
Bolsonaro reconheceu se preocupar com a quebra de sigilo do filho senador Flávio Bolsonaro. "Se alguém mexe com um filho seu, não interessa se ele está certo ou errado, você se preocupa", explicou. Ele destacou que soube do caso pela primeira vez ao assistir ao Jornal Nacional, da TV Globo, ao lado do filho deputado Eduardo. Argumentou que os documentos das transações atribuídas a Flávio estão em cartório e disse não ver nada de errado na situação. Reconheceu, no entanto, que há dinheiro de funcionários na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz.
— Estou chateado porque houve depósitos na conta dele, ninguém sabia disso, e ele tem que explicar isso daí. Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi meu soldado, recruta, paraquedista. Ele era um policial bastante ativo — contou. — E você sabe que lá no Rio você precisa de segurança. Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes. Então existe essa amizade comigo, sim. Pode ter coisa errada? Pode. Mas tem o superdimensionamento porque sou eu, porque é meu filho.
O presidente negou que o guru Olavo de Carvalho tenha influência no governo, embora tenha sido "pessoa importante" na campanha. Disse que raramente conversa com o ideólogo, a quem defendeu pelas recentes discussões com políticos.
— Quantas vezes eu fui chamado de ladrão, safado, sem-vergonha, homofóbico, racista. Eu fico quieto? Agora, se ele responde às agressões de lá... O Olavo não faz por maldade. Ele, pela idade talvez, quer as coisas resolvidas mais rápido — disse.
Amor eterno ao PSL, sem compaixão por Lula
Sobre o PSL, destacou que a legenda foi criada em março do ano passado e se engajou num "trabalho hercúleo" de buscar pessoas. Segundo o presidente, ele e a equipe foram então "pegando qualquer um" para "quebrar o galho". Nesta esteira, o chefe do Executivo disse que "muita gente" se elegeu com a estratégia que ele adotou na internet, gente que depois lhe confidenciou estar surpresa por conseguir mandato.
— Por isso o pessoal chegou aqui completamente inexperiente, alguns achando que vou resolver o problema no peito e na raça. Não é assim — ponderou Bolsonaro, que pareceu negar uma futura mudança de partido. — Quando a gente casa, a gente jura amor eterno.
O presidente ressaltou que, caso consiga promover uma boa reforma política, "topa ir para o sacrifício" e não disputar a reeleição. Ele detalhou que não disputaria a recondução ao cargo se o número de parlamentares fosse diminuído para 400.
Questionado sobre as críticas contra ele e seus filhos publicadas nas redes sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro relembrou os 15 nos quais ficou preso por publicar um artigo na Veja para defender o aumento de salário de militares. O presidente ressaltou ter sido punido acertadamente e ter "sentido" a reclusão, mas negou ter qualquer tipo de "compaixão" pelo líder petista.
— Mesmo dentro do quartel você sente. Imagine o Lula dentro de uma cela. O cara sente. Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade — disse.
O Globo
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O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), enviou para os responsáveis pela segurança presidencial relato em que Adélio Bispo de Oliveira afirma que pretender matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Michel Temer assim que conseguir liberdade.
Segundo o magistrado, Adélio disse a peritos que os dois fazem parte de uma conspiração para tomar o poder e riquezas do Brasil e entregá-las ao Fundo Monetário Internacional, à maçonaria e à máfia italiana.
Adélio tentou assassinar Bolsonaro com uma facada durante a campanha presidencial, em 6 de setembro do ano passado, na cidade de Juiz de Fora (MG).
A Folha teve acesso à decisão do juiz sobre o caso. Ele conclui que o réu tem transtorno mental e é inimputável —incapaz de entender o caráter de crime que cometeu e, por isso, de responder por seus atos.
Savino decidiu enviar a documentação para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para “medidas que entendesse pertinentes”, pois psicólogos e psicanalistas apontaram “alta periculosidade do réu”.
Adélio está preso desde setembro. Ele passou por avaliações de psiquiatras oficiais e indicados pela defesa e pela acusação.
De acordo com trechos da peça judicial, Adélio afirmou que Bolsonaro fazia parte de uma “conspiração da maçonaria para tomar o poder e entregar as riquezas do país ao FMI, aos maçons e à máfia italiana”.
O autor da facada disse ainda que, se eleito, o político mataria “os simpatizantes da esquerda, pobres, pretos, índios quilombolas e homossexuais para que as riquezas do Brasil ficassem apenas com os maçons” e citou uma entrevista em que Bolsonaro falava em "fuzilar petralhas" ou mandá-los para a Venezuela.
Para o juiz, as afirmações sobre matar Bolsonaro e Temer reforçam o diagnóstico de Adélio, demonstrando que ele pouco se importa com o fato de estar encarcerado e com eventuais consequências penais ou processuais de seus atos, o que faz parte de seu transtorno.
Savino diz em sua conclusão que os profissionais que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, “foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente”.
Para tomar a decisão, o juiz traçou um perfil de Adélio, com base nas investigações e nos laudos médicos.
Dos pontos mais importantes, o magistrado destaca que a boa articulação do réu em depoimentos, em vez de afastar a possibilidade da doença, na verdade, confirma o diagnóstico, pelo “comportamento não extravagante ou estranho”.
Adélio era visto como “totalmente isolado”, não falava de seus amigos ou de familiares, de acordo com os trechos da peça judicial.
Ao todo, o autor da facada em Bolsonaro teve quase 40 empregos em cerca de 20 anos de carteira assinada, sendo que em vários lugares não chegou a trabalhar nem por mais de um mês.
Além de trocar muito de ocupação, o réu também se mudou diversas vezes de cidade, não criando vínculo por onde passou.
Ao longo do período de investigação da situação de Adélio, houve uma médica que apontou em laudo a possibilidade de que parte dos sintomas da doença fosse apenas uma simulação, o que foi refutado pelo juiz.
A profissional falava especificamente sobre as alucinações auditivas em que o autor da facada dizia ouvir a voz de de Deus, que lhe teria dado a missão de matar Bolsonaro e salvar o Brasil.
“Não se mostra crível que o réu tenha empreendido um complexo ardil que envolvesse a simulação de sintomas que correspondessem ao critério de diagnóstico para o Transtorno Delirante Persistente”, escreveu Savino.
Um dos pontos citados pelo juiz para a formação de sua convicção é o de que nada foi achado nas buscas policiais indicando ter havido algum planejamento por parte dos advogados para tais simulações.
O magistrado destacou outro ponto que, em sua visão, corrobora o diagnóstico de Adélio.
“Interessante notar que mesmo durante o planejamento do atentado, conduta que poderia ser interpretada como um indicativo de sua plena capacidade de cognição e autodeterminação, o réu demonstrou encontrar-se totalmente enfurnado em sua realidade delirante”.
Segundo a peça judicial, as imagens do celular do autor do atentado contra Bolsonaro comprovam a relação do réu com seus delírios. Ele tinha fotos que faziam referência, o tempo todo, à maçonaria.
“O réu entrelaça em sua certeza psicótica, a um só tempo, delírios místicos-religiosos, políticos-ideológicos, persecutórios e de referência para criar uma interpretação própria e totalmente distorcida da realidade”.
Savino fala em sua decisão que teve dificuldades em encontrar profissionais para atuar no incidente de insanidade, entre outros motivos porque alguns alegaram suspeição, por vínculo profissional ou filiação partidária.
Folha de S. Paulo
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, quinta-feira, que é bom que o governo não vença todas as pautas na Câmara de Deputados e no Senado, porque neste caso ele "não seria um presidente, seria um ditador". A declaração foi dada em transmissão ao vivo nas redes sociais, ao comentar a decisão do Congresso de tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) do Ministério da Justiça e devolvê-lo ao Ministério da Economia , na votação da medida provisória (MP) 870, que reestruturou o governo, reduzindo de 29 para 22 ministérios.
— Nós não podemos ganhar tudo na Câmara e no Senado. Não existe. Até é bom que não ganhe. Passaria a ser um presidente que não seria presidente, seria um ditador. Tudo que ele manda é aprovado, como acontece no parlamento cubano. Lá 612 parlamentares. É impressionante. Se reúnem poucas vezes por ano, e tudo é aprovado.
O presidente reafirmou que partiu dele a decisão de pedir que sua base no Senado votasse o texto conforme aprovado na Câmara para não correr o risco da reforma administrativa perder o prazo e ser invalidada.
— Deixa o Coaf longe do Moro e perto lá do Ministro Paulo Guedes. Ninguém perdeu nada com isso — disse o presidente. — O Coaf continua com o governo. Ou alguém acha que o Paulo Guedes vai ser uma pessoa que, em precisando de dados lá na Justiça, não vai fornecer? Ele vai fornecer. Sem problema nenhum — garantiu.
Bolsonaro saiu em defesa da deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) e da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que passaram a se criticadas pela votação da MP 870. As duas estavam ao lado dele na transmissão ao vivo. Ele classificou as críticas como "um verdadeiro massacre de pessoas"
O presidente justificou que a primeira faltou à votação na Câmara por estar em viagem à China com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A segunda, disse, apoiou a ida do Coaf para a Economia a pedido dele.
— Se alguém errou fui eu. Se bem que não errei também. Pedi que a MP prosseguisse sem acolhimento qualquer emenda se não perderíamos toda a reforma — disse o presidente.
Bolsonaro pediu que os apoiadores não façam julgamentos de imediato. Segundo ele, as críticas fazem parte de uma minoria.
— Nós estamos aqui, eu principalmente, para ser criticado ou elogiado. Não tem problema nenhum — disse.
O Globo
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