Dá-nos a Paz!
Dá-nos, Senhor,
aquela Paz estranha
que brota em plena luta
como uma flor de fogo;
que rompe em plena noite
como um canto escondido;
que chega em plena morte
com o beijo esperado.
Dá-nos a Paz dos que caminham
sempre nus de toda vantagem,
vestidos pelo vento da Esperança.
Aquela Paz dos pobres,
vencedores do medo.
Aquela Paz dos livres,
amarrados à vida.
A Paz que se partilha
em igualdade como a água e a hóstia.
Aquela Paz do reino,
que vem vindo, inviável e certo...
Dá-nos a Paz,
a outra Paz, a tua!
Tu que és nossa Paz!
Pedro Casaldáliga, do livro: "Mensagens para o ano todo", Paulinas Editora.
Comece o Dia Feliz
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Eventos históricos
79 — Erupção do Monte Vesúvio: o Monte Vesúvio entra em erupção, destruindo Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis. A marinha romana (baseada em Miseno), comandada por Plínio, o Velho, evacua os refugiados. Plínio morre após inalar vapores vulcânicos.
367 — Graciano, filho do imperador romano Valentiniano I, é nomeado coaugusto aos oito anos de idade por seu pai.
394 — É escrito o Grafito de Esmet-Akhom, a última inscrição conhecida em hieróglifos egípcios.
410 — Os visigodos sob comando do rei Alarico começam a saquear Roma.
455 — Os vândalos, liderados pelo rei Genserico, começam a saquear Roma. O Papa Leão I pede a Genserico que não destrua a cidade antiga nem mate seus cidadãos. Concorda e os portões de Roma são abertos. No entanto, os vândalos roubam uma grande quantidade de tesouros.
1185 — Saque de Tessalônica pelos normandos.
1200 — Rei João da Inglaterra, signatário da primeira Magna Carta, casa-se com Isabel de Angoulême na catedral de Bordeaux.
1215 — Papa Inocêncio III emite uma bula pontifícia declarando a Magna Carta inválida.
1339 — Celebração do casamento do herdeiro do trono português D. Pedro, o Justiceiro, com Constança Manuel.
1349 — Seis mil judeus são mortos em Mainz depois de serem culpados pela peste bubônica.[1]
1516 — O Império Otomano sob o comando de Selim I derrota o Sultanato Mameluco e captura o que hoje é a Síria na Batalha de Marj Dabiq.
1561 — Guilherme de Orange se casa com a duquesa Ana da Saxônia.
1608 — O primeiro representante oficial inglês na Índia desembarca em Surat.
1643 — Uma frota holandesa estabelece uma nova colônia nas ruínas de Valdivia no sul do Chile.[2]
1662 — O Livro de Oração Comum de 1662 é legalmente aplicado como a liturgia da Igreja da Inglaterra.
1812 — Guerra Peninsular: uma coalizão de forças espanholas, britânicas e portuguesas consegue erguer o cerco de dois anos e meio de Cádis.
1814 — Tropas britânicas invadem Washington, D.C. e durante a Batalha de Washington, a Casa Branca, o Capitólio e muitos outros edifícios são incendiados.
1815 — Assinada a moderna Constituição dos Países Baixos.
1820 — Tem início a Revolução liberal do Porto.
1821 — Assinado o Tratado de Córdoba em Córdoba, no atual Veracruz, México, concluindo a Guerra da Independência do México.
1857 — Começa o Pânico de 1857, desencadeando uma das crises econômicas mais severas da história dos Estados Unidos.
1870 — A Expedição de Wolseley chega a Manitoba para acabar com a Rebelião de Red River.
1909 — Os trabalhadores começam a despejar concreto para o Canal do Panamá.
1911 — Manuel de Arriaga é eleito e empossado como primeiro Presidente da República Portuguesa.
1914
1929 — Segundo dia do massacre de dois dias em Hebron durante os tumultos na Palestina de 1929: ataques árabes à comunidade judaica em Hebron no Mandato Britânico da Palestina, resultam na morte de 65 a 68 judeus; os judeus restantes são forçados a fugir da cidade.
1932 — Amelia Earhart torna-se a primeira mulher a voar sem escalas nos Estados Unidos (de Los Angeles a Newark, Nova Jersey).
1936 — Criação do Território Antártico Australiano.
1937
1938 — Incidente de Kweilin: um avião de guerra japonês abate o Kweilin, um avião civil chinês, matando 14 pessoas. É o primeiro caso registrado de um avião civil sendo abatido.[3]
1941 — Adolf Hitler ordena a cessação do programa sistemático de eutanásia T4 da Alemanha Nazista de doentes mentais e deficientes devido a protestos, embora os assassinatos continuem pelo restante da guerra.
1944 — Segunda Guerra Mundial: as tropas aliadas começam o ataque a Paris.
1949 — Entra em vigor o tratado que cria a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
1954 — Getúlio Vargas, presidente do Brasil, comete suicídio e é sucedido por Café Filho.
1960 — Acidente do Rio Turvo: 59 estudantes morrem em um acidente perto de Guapiaçu, quando o ônibus em que viajavam cai de uma ponte no rio Turvo.
1963 — Crise budista: como resultado dos ataques ao Pagode Xá Lợi, o Departamento de Estado dos EUA envia um telegrama à Embaixada dos Estados Unidos em Saigon para encorajar os generais do Exército da República do Vietnã a lançar um golpe contra o presidente Ngô Đình Diệm se não removesse seu irmão Ngô Đình Nhu.
1967 — Liderado por Abbie Hoffman, o Partido Internacional da Juventude interrompe temporariamente a negociação na Bolsa de Valores de Nova York, jogando notas de dólar da galeria de visualização, fazendo com que as negociações parassem enquanto os corretores lutavam para pegá-las.
1970 — Manifestantes da Guerra do Vietnã executam um atentado ao Sterling Hall na Universidade de Wisconsin-Madison, levando a uma caçada internacional aos perpetradores.[4]
1971 — O Aeroporto da Horta (Açores) é inaugurado na Freguesia de Castelo Branco, na Ilha do Faial.
1981 — Mark Chapman é condenado à prisão perpétua pelo assassinato de John Lennon.
1989 — Tadeusz Mazowiecki é escolhido como o primeiro primeiro-ministro não comunista na Europa Central e Oriental.
1991
1992
1995 — É lançado ao público, na América do Norte, o sistema operacional Microsoft Windows 95.
1998 — É testada no Reino Unido a primeira implantação humana de identificação por radiofrequência (RFID).
2006 — A União Astronômica Internacional (UAI) redefine o termo "planeta" de tal forma que Plutão é agora considerado um planeta anão.
2010 — O voo 8387 da Henan Airlines, um Embraer E190, cai no aeroporto de Yichun Lindu em Yichun, Heilongjiang, China, matando 44 das 96 pessoas a bordo.[5]
2012 — Anders Behring Breivik, autor dos atentados na Noruega em 2011, é condenado a 21 anos de prisão preventiva.[6]
2016 — Um sismo atinge a região central da Itália com uma magnitude de 6,2, com tremores secundários até Roma e Florença.
2023 — Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã aderem ao grupo dos BRICS.
Wikipédia
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São Bartolomeu, o verdadeiro israelita
Origens
Sobre São Bartolomeu, tudo o que sabemos sobre a sua vida vem dos textos evangélicos, especialmente do Evangelho de São João. Bartolomeu era um pescador de Caná, mas conhecia bem Nazaré, situada a apenas 8 km de distância, mas não confiava naqueles montanheses. Por isso, era um pouco cético quando seu amigo Filipe lhe falou sobre Jesus. Mas ele lhe respondeu simplesmente: “venha e veja”. Assim, Bartolomeu foi e, logo que Jesus o viu, lhe demonstrou ter uma confiança sem precedentes: finalmente um israelita sincero.
Natanael
No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra “bar” que dizer “filho” e “tholmai” significa “agricultor”. Por isso, os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa.
Encontro com Jesus
No primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus.
Ele era um homem concreto, apegado à tradição e que meditava diariamente a Bíblia, conforme a Lei exigia. Contudo, depois de toda aquela desconfiança, a adesão de Bartolomeu a Jesus foi total: “Vós sois o Rei de Israel!”, exclamou!
Depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. A melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: “Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento”.
Devido à sua origem, presume-se que Bartolomeu podia estar presente nas Bodas de Caná, palco do primeiro milagre de Jesus, mas não há provas nos textos.
Conversão de Povos
Após a morte de Jesus, sabemos quais Apóstolos estavam reunidos em oração no Cenáculo, porque os Atos mostram uma lista precisa de nomes. Entre eles também estava Bartolomeu.
O que este apóstolo fez depois não se sabe historicamente, mas parece que foi pregar a Palavra em várias regiões do Oriente, da Mesopotâmia à Índia. Realizou milagres e curas milagrosas até chegar à Armênia.
Ali, além de converter as populações de 12 cidades, conseguiu até evangelizar o rei Polímio e sua esposa, causando ira entre os sacerdotes das divindades locais.
Páscoa
Astiage, irmão do rei Polímio, convencido pelos próprios sacerdotes, mandou condená-lo à morte. Seu martírio ocorreu em Albanópolis, por volta do ano 68.
Ao longo dos séculos, depois de milhares de peripécias, suas relíquias chegaram a Roma. Graças à mediação do imperador Otão III, onde descansam na Basílica a ele dedicada na Ilha Tiberina.
A Igreja comemora São Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.
Minha oração
“À grande testemunha do ressuscitado, rogamos que nos torne testemunhas da vida de Cristo hoje. Que Ele seja amado, adorado e acolhido acima de tudo e todos. A partir da nossa vida, todos vejam que Ele vive e Reina. Amém.”
São Bartolomeu, rogai por nós!
Canção Nova
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse nesta sexta-feira (23) que vai agir com muita prudência para avaliar eventual pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao falar a jornalistas em Belo Horizonte, após receber homenagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pacheco disse que a questão não pode ser pautada em “lacração de rede social, em engajamento de rede social, no desequilíbrio e em medidas de ruptura”.
Um grupo de parlamentares no Senado e na Câmara se mobilizou para pedir a abertura de um processo de impedimento de Moraes depois da publicação de uma série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo, que mostrou a troca de mensagens entre assessores do ministro no STF e o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral quando ele presidia o TSE. As informações colhidas pelo TSE teriam sido abusivas, segundo os parlamentares, e abastecido inquéritos contra os invasores das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
— Como presidente do Senado Federal depois de 3 anos e sete meses, vou ter muita prudência em relação a esse tipo de tema para não permitir que esse país vire uma esculhambação de quem quer acabar com ele. Tenho responsabilidade com meu cargo, tenho responsabilidade com a democracia, tenho responsabilidade com o estado democrático de direito, tenho responsabilidade com o equilíbrio do Brasil. E qualquer medida drástica de ruptura entre Poderes nesse momento afeta a economia do Brasil, afeta a inflação, afeta o dólar, afeta o desemprego, afeta o nosso desenvolvimento — afirmou.
Pacheco disse estar tranquilo para decidir a questão e lembrou que, em 2021, negou um pedido semelhante feito contra Moraes pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro. Na ocasião, o presidente do Senado negou o pedido por não enxergar viabilidade jurídica nem política no processo.
— Uma coisa que não me falta é decência e caráter de poder decidir com justiça aquilo que me chegar pra decidir — disse.
O presidente do Senado também reagiu às pressões que vem sofrendo de parlamentares sobre o assunto. Ele enfatizou que o Judiciário tem de agir dentro dos limites constitucionais e ressaltou, neste sentido, que defendeu e aprovou no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que limita as decisões monocráticas (individuais) no Supremo. Mas apontou a necessidade de agir com responsabilidade em relação ao país.
— É incrível que estes mesmos que agora pedem o impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal se calaram durante oito meses depois de eu ter aprovado no Senado essa PEC das decisões monocráticas do Supremo. Como se pretendessem não a solução do problema de limitar poderes institucionais, mas a lacração de rede social, o engajamento de rede social, pautada no desequilíbrio e em medidas de ruptura.
Sobre a possibilidade de haver a anulação de inquéritos conduzidos pelo STF contra os invasores dos três Poderes, Pacheco disse ser difícil avaliar, a partir de uma matéria de jornal, se há elementos suficientes para haver a nulidade de provas. Ele apontou que esse julgamento cabe ao Ministério Público e ao Judiciário.
— Nunca vou abrir mão de exigir o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa. Por outro lado, há muito pouco tempo estávamos enfrentando o 8 de janeiro, em que pessoas invadiram a sede dos três Poderes, pretendiam intervenção militar, invocavam o AI-5 [Ato Institucional no 5], que gerou no Brasil uma excepcionalidade muito grande, e pretendiam inclusive sacrificar, prender, autoridades públicas nesse golpe de estado que desenhavam e ensaiavam.
Compromisso com a educação
Rodrigo Pacheco foi homenageado nesta sexta por seu apoio ao longo dos últimos anos à UFMG. Também obteve reconhecimento do Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (FORIPES) em razão de seu empenho na destinação de emendas a instituições de ensino do estado.
Após o evento, na entrevista coletiva, o senador disse que poderá ajudar na negociação entre as instituições de ensino e o governo federal para destravar os orçamentos das universidades, contingenciados com o objetivo de reduzir as despesas da União e melhorar o equilíbrio das contas públicas.
— Avisei ao presidente Lula ontem [22], em um evento de que participamos no STJ [Superior Tribunal de Justiça], que viria a Minas Gerais para esse encontro com as universidades federais. E que gostaria de tratar com ele a respeito disso porque a educação deve ser concebida como uma prioridade nacional.
Agência Senado
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A comissão de juristas responsável por elaborar o anteprojeto da Lei do Processo Estrutural promoveu, nesta sexta-feira (23), a terceira audiência pública sobre o tema no Senado Federal. Para o advogado-geral da União adjunto, Flávio José Roman, o tema é complexo e exige muita reflexão.
— Um eventual ativismo a partir desse processo judicial estrutural, dessa intervenção do Judiciário em matérias que, tradicionalmente e constitucionalmente, são da competência, a priori e exclusiva, do Legislativo e do Executivo, podem transformar o processo estrutural em um palco de disputa indesejável entre os Poderes — ressaltou Roman.
A expressão processo estrutural surgiu entre as décadas de 1950 e 1970 nos Estados Unidos. O termo se refere a demandas que chegam ao Poder Judiciário quando políticas públicas ou privadas são insuficientes para assegurar determinados direitos. Nesses casos, a discussão é transferida para a Justiça, que usa técnicas de cooperação e negociação para construir uma solução efetiva para o problema.
O processo estrutural tem relação, ainda, com o conceito de ativismo judicial. Isso ocorre quando o Poder Judiciário é chamado a se posicionar sobre temas que seriam originalmente de competência dos Poderes Legislativo ou Executivo. O projeto de lei sobre processo estrutural deve estabelecer parâmetros para o posicionamento da Justiça em situações como essas.
Conceituação
A professora da Universidade de Brasília (UnB), Daniela Moraes, disse que a comissão se preocupa com a conceituação do litígio estrutural, não necessariamente do processo estrutural.
— Nossa proposta é que haja uma reflexão sobre a delimitação do conceito para os casos que tratam de reestruturação de instituições públicas e privadas e que também recaiam sobre a delimitação de reestruturações de políticas públicas e também de políticas internas ou privadas — afirmou.
A secretária de Altos Estudos Institucionais do Supremo Tribunal Federal (STF), Patrícia Perrone, chamou a atenção dos presentes para um ponto que considera crucial na discussão.
— O Judiciário não é o local, por excelência, para formulação de políticas públicas. E formular políticas públicas significa alocar recursos que são escassos. A intervenção do Judiciário tem problemas de legitimidade democrática, uma vez que os juízes não foram os eleitos para fazer escolhas dentro da impossibilidade de atender todo mundo. A despeito disso, o poder Judiciário vem sendo chamado a interferir sobre vários temas. E não dá para negarmos que a interferência eventualmente faz, também, essas agendas andarem — avaliou a representante do STF.
O desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Edilson Vitorelli, é o relator da comissão. Segundo ele, o debate no Senado se dá a partir de algo já existente, mas que necessita de uma lei para regular os processos que tenham como objeto específico o processo estrutural.
— O processo estrutural já existe, a escolha que temos que fazer aqui é se ele continuará a existir como é atualmente, sem regras específicas, ou se haverá um regramento específico para o tema. Além de já existirem, esses processos têm um rito próprio. Aqui somos convidados a pensar em ajustes procedimentais que sejam necessários para esses ritos — argumentou o relator.
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Augusto César Leite de Carvalho, afirmou compreender o processo estrutural a partir de algo que signifique um problema estrutural. De acordo com ele, o conflito estrutural implica em multipolaridade, no sentido de que há uma organização de vários interesses que, não necessariamente, seriam convergentes.
Comissão
Presidente da comissão, o subprocurador-geral da República Augusto Aras elogiou a iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de organizar o grupo para elaborar o anteprojeto sobre o tema.
— Essa não é a primeira vez que o Parlamento brasileiro senta com pessoas de toda natureza para discutir grandes casos. Temos experiência, trazemos todo o histórico do processo civil brasileiro. Aqui buscamos a construção de um novo momento legislativo capaz de pôr em prática soluções negociadas para grandes questões, não só naturais, mas também sociais — afirmou Aras.
Formada por 15 juristas, a comissão sobre processo estrutural foi criada por ato do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O colegiado deve propor um anteprojeto de lei sobre o assunto até o dia 12 de dezembro.
Agência Senado
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Para a diretora de Relações Internacionais da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Sueme Mori, a importação de produtos do agro brasileiro para a Europa vive uma situação crítica. A diretora falou aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Roberto Fonseca, na edição do CB.Agro — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta sexta-feira (23/8).
O setor agrícola brasileiro enfrenta um momento de preocupação com a entrada da legislação de desmatamento da União Europeia, conhecida como EUDR (Regulamento da União Europeia sobre Produtos Livres de Desmatamento). Embora a legislação já esteja em vigor, a cobrança efetiva começará em 1º de janeiro de 2025. Esta legislação impõe regras ambientais rigorosas para a entrada e circulação de produtos de sete cadeias agrícolas na União Europeia: soja, carne bovina, café, óleo de palma, borracha, cacau e chocolate.
Sueme destaca que a postura do governo brasileiro tem sido buscar o diálogo, conversar, mostrar o lado brasileiro e apoiar o setor privado para fazer essa ponte com a Europa. “Mas é como é uma medida unilateral. O governo leva a pauta e argumenta, tentando dialogar com a outra parte que até o momento disse assim não vai mudar oque está posto”, afirmou.
Sobre o Código Florestal brasileiro, Suemi afirma que o conjunto de regras já é muito rígido e que para que áreas florestais sejam abertas, devem seguir várias condições. “A legislação da União Europeia não faz distinção entre desmatamento legal e ilegal. Então, mesmo que a abertura tenha sido feita de forma legal, a partir do ano que vem, esses produtos provenientes de áreas abertas após 2020 não poderão mais entrar na União Europeia”, diz.
"Essa é a medida como está colocada hoje, há questões que são impeditivas para o agro brasileiro. Essa data de corte é uma preocupação, assim como no Brasil, o Reino Unido e os Estados Unidos têm sinalizado para uma solução em que possa haver uma diferenciação entre o desmatamento legal e o ilegal. Esse é um ponto muito central na medida e nas conversas que a CNA tem tido com representantes da União Europeia. Esse é um ponto que eles não querem nem discutir, mesmo com o nosso Código Florestal permitindo a abertura", explica.
Correio Braziliense
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Ucrânia e Rússia trocaram 115 prisioneiros de guerra neste sábado (24), após uma negociação mediada pelos Emirados Árabes. Esta é a primeira troca realizada desde que a Ucrânia lançou sua ofensiva militar na Rússia neste mês.
O Ministério da Defesa russo confirmou a libertação de militares capturados na região de Kursk - eles foram para Belarus. Do lado da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky informou o retorno dos compatriotas e agradeceu aos Emirados Árabes por agir como intermediário no caso.
Esta foi a sétima troca do gênero desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. Os Emirados Árabes, um parceiro próximo dos Estados Unidos no campo da segurança, tem mantido boas relações com Moscou durante a guerra, frustrando autoridades Ocidentais. O país também fortaleceu laços com Kiev.
Autoridades do país do oriente médio dizem que a habilidade de dialogar com um grande espectro de atores internacionais significa que eles podem mediar a cooperação entre diferentes partes e promover cooperação e segurança.
Desde que a guerra começou, os Emirados Árabes intermediaram a liberação de 1.788 prisioneiros, incluindo os libertados neste sábado.
No último 6 de agosto, a Ucrânia lançou um ataque surpresa à região russa de Kursk, o maior ataque ao território da Rússia por um estado estrangeiro desde a Segunda Guerra Mundial.
A Ucrânia afirma ter criado zona de proteção em uma região que Rússia utilizou para atacar alvos em territórios ucranianos.
Reuters
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Novidades na convocação do técnico Dorival Júnior para as partidas contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias, os atacantes Luiz Henrique e Estevão aumentam a lista de estreantes na seleção brasileira neste ciclo de Copa do Mundo.
Desde o ano passado, sob o comando de Ramón Menezes e Fernando Diniz, e em 2024 com Dorival, o Brasil já teve 36 caras novas ao longo de oito convocações.
O número representa mais da metade do total de jogadores chamados (68).
Alguns dos novatos conseguiram se consolidar no grupo canarinho, caso por exemplo de André, volante do Fluminense que só não esteve na lista da Copa América, e Endrick, chamado para as últimas quatro datas Fifa.
A maioria, porém, teve apenas uma convocação e não conseguiu voltar mais, como Vitor Roque, Yuri Alberto, Pablo Maia, entre outros.
Enquanto os novatos vão ganhando espaço, nomes outrora consolidados foram desaparecendo aos poucos das listas, casos dos volantes Fred e Casemiro, por exemplo.
Dorival Júnior valoriza o processo de renovação, mas não fecha as portas para as voltas de velhos conhecidos ao grupo. Na convocação da última sexta, ele optou por não chamar Gabriel, Joelinton e Raphinha por eles estarem suspensos do duelo contra o Equador.
– Para se ter uma ideia, temos dez jogadores que estiveram na última Copa do Mundo. Nas convocações anteriores tivemos um número até maior. Temos jogadores que já estão na Seleção há muito tempo: Alisson, Ederson, Danilo, Marquinhos. Outros talvez pudessem estar aqui também. Não descarto nenhuma convocação, independente de idade e clube. Acredito que todas as observações que estão sendo feitas são para nos dar a maior segurança possível – declarou o técnico.
– Para um processo de reformulação, precisa ter uma manutenção. A estrutura está mantida. Mas é natural que um ou outro elemento seja importante para complementar. É tudo que nós queremos.
Novatos na Seleção neste ciclo de Copa:
O Brasil enfrenta o Equador, dia 6 de setembro, no Couto Pereira, em Curitiba, e o Paraguai, dia 10, no Defensores del Chaco, em Assunção. Com sete pontos, a Seleção ocupa a sexta colocação nas eliminatórias, no limite da classificação para a Copa de 2026.
A Seleção vem de três derrotas na competição e busca se reabilitar. Em 2023, ainda com Fernando Diniz, o Brasil perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina. Dorival Júnior terá os seus primeiros jogos pelo torneio classificatório para a Copa do Mundo.
Veja a lista de convocados da Seleção:
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste sábado (24) de dois comícios da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo (SP). Serão as primeiras participações do petista na corrida eleitoral do candidato, que tem a ex-prefeita da capital paulista Marta Suplicy (PT) como vice — Lula foi ao lançamento da chapa em julho, mas a campanha deste ano começou oficialmente em 16 de agosto, dia marcado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o início das propagandas eleitorais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi prefeito da cidade entre 2013 e 2016, também deve comparecer às agendas. O primeiro turno deste ano está marcado para 6 de outubro e, se necessário, o segundo turno será em 26 de outubro.
Pela manhã, o comício será na Praça do Campo Limpo, na Zona Sul de SP. De tarde, a Praça do Forró em São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital, recebe o evento. A eleição de Boulos para a prefeitura da maior cidade do país é prioridade de Lula e do PT, tanto para as eleições municipais de outubro quanto para o cenário eleitoral do pleito presidencial de 2026.
Na capital paulista, a corrida está polarizada entre Boulos e o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O candidato Pablo Marçal (PRTB) tem crescido nas últimas pesquisas. Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nessa sexta-feira (23) mostra Boulos e Nunes empatados tecnicamente dentro da margem de erro e Marçal logo em seguida.
No 1º turno, o atual prefeito de São Paulo aparece com 24,1% das intenções de voto e Boulos, com 21,9%. Marçal tem 17,9%. A lista considera o cenário estimulado, quando o eleitor é apresentado a uma lista de candidatos. A Paraná Pesquisas ouviu 1.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de agosto, e a margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos. O estudo eleitoral tem nível de confiança de 95% e foi protocolado no TSE sob o registro SP-06659/2024.
Direitos de resposta
Nessa quinta (22), o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) suspendeu a determinação que garantia dois direitos de resposta a Boulos, após a publicação de vídeos supostamente ofensivos nas redes sociais de Marçal. A defesa do empresário alegou que o vídeo teria 11 segundos a mais e não “se limitou a contrapor o conteúdo supostamente ofensivo”. A defesa do deputado federal afirma que a suspensão é temporária e que o mérito do caso ainda será avaliado.
Propaganda eleitoral antecipada
Em julho, Lula foi condenado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) a pagar multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada. Em evento das centrais sindicais alusivo ao 1º de Maio, na capital paulista, o presidente pediu votos para Boulos em discurso. Lula afirmou que Boulos enfrenta uma “verdadeira guerra” e destacou que “cada pessoa que votou no Lula tem que votar no Boulos”. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos nas próximas eleições”, declarou o petista.
A legislação eleitoral veda, de forma clara, o pedido explícito de voto antecipado em torno de eventual candidato. A campanha começou, oficialmente, em 16 de agosto, quando a propaganda eleitoral passou a ser permitida. O juiz responsável pela decisão entendeu que Boulos foi beneficiado pela conduta e concordou com o ato de Lula, mesmo que não soubesse previamente da declaração do presidente. Por isso, o pré-candidato também foi multado, em R$ 15 mil.
Dias depois da condenação, também na capital paulista, Lula afirmou não poder falar o nome de Boulos. “Eu não posso falar o nome do Boulos, porque já fui multado uma vez. Não posso falar”, declarou.
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Antonio Barra Torres, diretor presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicou carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (23). “Necessário é que gestores públicos, responsáveis por gerar condições de trabalho, cumpram com seus deveres e não terceirizem suas próprias responsabilidades”, diz o texto. O trecho faz menção à fala do presidente sobre a demora na avaliação de novos medicamentos por parte da agência.
“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu, porque um remédio que poderia ser produzido aqui e não foi produzido porque eles não permitiram, aí vamos conseguir que ela [aprovação] seja mais rápida”, declarou o presidente.
A resposta de Barra Torres sobre a morte como fator de sensibilização é enfática. “Esclareço que nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, dez servidoras e servidores da ANVISA faleceram trabalhando. Esse triste fato só fez diminuir o já insuficiente efetivo”, escreveu.
A carta cita a falta de servidores como um dos principais problemas da agência. O texto diz também que a gestão Lula está ciente do problema, mas que as providências tomadas foram insuficientes.
Segundo o documento, menos da metade das vagas solicitadas pelo órgão foram aprovadas pelo primeiro escalão do Governo Federal. O texto lembra também que 35 servidores foram requisitados para trabalhar em outros locais na gestão atual.
“Desde o início do atual governo, a ANVISA enviou vinte e seis (26) ofícios expondo o problema da falta de pessoal e participou de reuniões com Ministros, sobre o mesmo tema. Com número insuficiente de trabalhadores e com tarefas de trabalho que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas, só pode se tornar mais longo”, argumentou.
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