O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste sábado (24) de dois comícios da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo (SP). Serão as primeiras participações do petista na corrida eleitoral do candidato, que tem a ex-prefeita da capital paulista Marta Suplicy (PT) como vice — Lula foi ao lançamento da chapa em julho, mas a campanha deste ano começou oficialmente em 16 de agosto, dia marcado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o início das propagandas eleitorais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi prefeito da cidade entre 2013 e 2016, também deve comparecer às agendas. O primeiro turno deste ano está marcado para 6 de outubro e, se necessário, o segundo turno será em 26 de outubro.
Pela manhã, o comício será na Praça do Campo Limpo, na Zona Sul de SP. De tarde, a Praça do Forró em São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital, recebe o evento. A eleição de Boulos para a prefeitura da maior cidade do país é prioridade de Lula e do PT, tanto para as eleições municipais de outubro quanto para o cenário eleitoral do pleito presidencial de 2026.
Na capital paulista, a corrida está polarizada entre Boulos e o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O candidato Pablo Marçal (PRTB) tem crescido nas últimas pesquisas. Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nessa sexta-feira (23) mostra Boulos e Nunes empatados tecnicamente dentro da margem de erro e Marçal logo em seguida.
No 1º turno, o atual prefeito de São Paulo aparece com 24,1% das intenções de voto e Boulos, com 21,9%. Marçal tem 17,9%. A lista considera o cenário estimulado, quando o eleitor é apresentado a uma lista de candidatos. A Paraná Pesquisas ouviu 1.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de agosto, e a margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos. O estudo eleitoral tem nível de confiança de 95% e foi protocolado no TSE sob o registro SP-06659/2024.
Direitos de resposta
Nessa quinta (22), o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) suspendeu a determinação que garantia dois direitos de resposta a Boulos, após a publicação de vídeos supostamente ofensivos nas redes sociais de Marçal. A defesa do empresário alegou que o vídeo teria 11 segundos a mais e não “se limitou a contrapor o conteúdo supostamente ofensivo”. A defesa do deputado federal afirma que a suspensão é temporária e que o mérito do caso ainda será avaliado.
Propaganda eleitoral antecipada
Em julho, Lula foi condenado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) a pagar multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada. Em evento das centrais sindicais alusivo ao 1º de Maio, na capital paulista, o presidente pediu votos para Boulos em discurso. Lula afirmou que Boulos enfrenta uma “verdadeira guerra” e destacou que “cada pessoa que votou no Lula tem que votar no Boulos”. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos nas próximas eleições”, declarou o petista.
A legislação eleitoral veda, de forma clara, o pedido explícito de voto antecipado em torno de eventual candidato. A campanha começou, oficialmente, em 16 de agosto, quando a propaganda eleitoral passou a ser permitida. O juiz responsável pela decisão entendeu que Boulos foi beneficiado pela conduta e concordou com o ato de Lula, mesmo que não soubesse previamente da declaração do presidente. Por isso, o pré-candidato também foi multado, em R$ 15 mil.
Dias depois da condenação, também na capital paulista, Lula afirmou não poder falar o nome de Boulos. “Eu não posso falar o nome do Boulos, porque já fui multado uma vez. Não posso falar”, declarou.
R7
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