O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lamentou, em evento nesta quarta-feira, a queda do Brasil no ranking sobre percepção de corrupção da Transparência Internacional. Ele citou a Operação Lava-Jato como um esforço no sentido contrário.
— Eu vi com certo pesar na semana passada os resultados dos indicadores da Transparência Internacional que revelam algo que já vinha de outros anos, apesar de todos os esforços que o Brasil tem realizado contra a corrupção nos últimos anos, foram esforços significativos.
O Brasil caiu uma posição no ranking de 2019, divulgado na semana passada. O país passou a ocupar 106ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Esse é o quinto recuo seguido do país e representa o pior resultado desde 2012. A pesquisa mede a percepção da população sobre a corrupção. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.
— Eu destacaria aqui os trabalhos anticorrupção que foram feitos no âmbito da Operação Lava-Jato, em que houve prisões e condenações de pessoas envolvidas em alta corrupção. Poucos países do mundo fizeram o que o Brasil fez.
Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro, segundo Moro, rompeu com uma prática que "se deturpou" com o tempo, o loteamento político-partidário da administração pública. O ministro diz que sua presença na Esplanada se deve a esse fato.
— Não que indicações políticas sejam um mal em si, mas elas foram utilizadas no passado para fins de enriquecimento ilícito e financiamento ilegal de partidos políticos. O presidente teve esse grande mérito de romper com isso.
No evento, o ministério lançou um canal para receber denúncias de atos ilícitos praticados contra a administração pública em parceria com a ICC (Câmara Internacional de Comércio), uma plataforma voltada para empresas. As denúncias serão analisadas pela ouvidoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Globo
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