O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (25) que avalia enviar um projeto ao Congresso para a criação de uma GLO - Garantia da Lei e da Ordem - do campo para reintegração de posse em áreas rurais.
Bolsonaro falou com jornalistas nesta manhã ao sair do Palácio Alvorada, residência oficial da presidência da República.
“Eu quero inclusive adiantar para vocês, quero uma Glo para o campo”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro explicou que criar a GLO rural serviria "para chegar e tirar o cara [suposto invasor ] da propriedade". De acordo com o presidente, a medida iria acelerar o processo de reintegração.
As operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em situações graves de perturbação da ordem, e são realizadas exclusivamente por ordem da Presidência da República.
Segundo Bolsonaro, a ideia é permitir que o governo dê uma resposta imediata a invasões, algo que, de acordo com o presidente, é protelado por governadores.
“Tem alguns estados que mesmo a justiça determinando a reintegração de posse é o governador que faz. Isso é protelado. E já tem um estado aí, não quero falar qual é, que está em nosso colo pra resolver. Depois de 8 anos que os caras invadiram fica mais difícil de fazer reintegração de posse", disse.
"Tem de ser algo urgente. E você dando uma resposta urgente, você inibe os demais que porventura queiram aquilo. E olha só, eu tô falando, tudo passa pelo parlamento", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse ainda que a ideia é abrir a possibilidade de a União tomar a iniciativa e determinar a reintegração de posse nos Estados após decisão judicial.
"A ideia é também o governador pedir. Deixando uma brecha talvez, está faltando um finalmente ainda, para uma iniciativa nossa.", afirmou.
"A propriedade privada é um dos pilares da democracia. Você não pode comparar um imóvel no campo ou na cidade e de repente alguém vai lá e toma conta. Toma conta não, invade. Ai não é democracia. Onde a propriedade privada não existe é no socialismo, no comunismo. Não chegamos lá ainda", disse o presidente.
Segundo o presidente, a intenção é enviar um projeto para ser votado no Congresso Nacional.
“Deixo bem claro que isso passa pelo parlamento. Não é nenhuma medida impositiva da minha parte. Se o parlamento assim achar que deve ser tratada a propriedade privada ele aprova. Se achar que a propriedade não vale nada, aí não aprova”, disse o presidente.
G1
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