O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou nesta quarta-feira (10) da ausência de ministros em reuniões interministeriais, geralmente realizadas no Palácio do Planalto, em Brasília. O petista não citou nomes específicos, mas cobrou do chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que ligue para os colegas a fim de garantir a presença de cada um nas agendas.
“Eu tenho muita preocupação porque a gente cria muita reunião interministerial. Eu sou informado das reuniões e nem todos os ministros participam das reuniões. Às vezes, participa da primeira. Na segunda, já manda um segundo colocado [do ministério]. Na terceira, manda um terceiro colocado. Na quarta, manda um quarto colocado”, disse Lula.
“Primeiro, é preciso que quando houver reuniões, todos os ministros que fazem parte têm que participar. E você [Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral] tem a responsabilidade de pegar o telefone e ligar para cada ministro”, acrescentou.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, avaliou a cobrança de Lula como genérica. “O presidente estava falando em tese, não estava se dirigindo especificamente a nenhum ministro. Estava se referindo ao fato de que ele quer que, uma vez estabelecida a comissão, que ela funcione no mais alto nível de prioridade”.
“O presidente tem dito a todos os ministros que todos os investimentos que forem anunciados sejam monitorados para que eles possam acontecer na prática. Então, o que ele disse hoje é uma determinação que vem sendo dada a todos nós. E ele também determinou que os ministros que compõem o CIISC possam participar das reuniões. São 18 ministros”, informou Macêdo.
Catadores de recicláveis
As declarações foram dadas por Lula durante reunião do CIISC (Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis), realizada em Brasília. De acordo com o Palácio do Planalto, estima-se que o número de catadores em atividade no país seja de 800 mil e, desses, 70% sejam do gênero feminino.
Na ocasião, o governo anunciou uma série de medidas, que somam R$ 425,5 milhões, voltadas para os profissionais. O objetivo é fortalecer a estruturação de cooperativas e associações, com reforço em cidades do Rio Grande do Sul, além de programa de gestão de resíduos sólidos e lei de incentivo à reciclagem.
Lula argumentou que é preciso acompanhar a evolução das políticas voltadas para os catadores de recicláveis. Nesse sentido, o comitê interministerial vai se reunir à tarde para criar um grupo de acompanhamento dessas medidas, segundo apurou o R7.
Além disso, o presidente da República voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Quando nós deixamos a presidência, aquilo que eles tinham que parecia que era garantido não foi garantido. Não existiram. Porque entraram aqui um bando de destruidor, que destruíram praticamente tudo o que a gente tinha acertado com vocês durante 13 anos. E é uma demonstração que a gente precisa fazer mais para consolidar definitivamente”, disse.
R7
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