A PolÃcia Federal vai primeiro analisar todo o material apreendido na operação Hora da Verdade, realizada nesta quinta-feira (8), antes de decidir os próximos passos em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PF).
A orientação é checar tudo o que foi recolhido para buscar reforçar ou até mesmo aprofundar a linha principal da investigação, de que o ex-presidente participou ativamente da elaboração de uma minuta de decreto golpista, o que ele vinha negando.
Além disso, a PF busca mais provas sobre a participação da equipe de Bolsonaro na operação de militares das Forças Especiais do Exército, os "kids pretos", nos atos de 8 de janeiro de 2023 e no planejamento de uma prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os investigadores buscam, por exemplo, saber a origem dos R$ 100 mil que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid prometeu ao militar Rafael Martins, para financiar a atuação dos "kids pretos".
A avaliação dos investigadores é que a operação já colocou o ex-presidente na "cena do crime", mas que é preciso aprofundar as investigações antes de decidir propor uma denúncia contra o ex-presidente ao STF.
A determinação é tomar todo cuidado e não tomar nenhuma atitude sem bases concretas.
No material apreendido na quinta, está um documento coletado na sala de Bolsonaro na sede do PL, contendo uma linha de discurso que justificava uma intervenção militar no paÃs. A PF quer investigar a origem do texto.
Bolsonaro nega conhecer o documento, mas é o mesmo, com ajustes, encontrado no celular de Mauro Cid, cuja delação foi a base da operação. A equipe da PF procurou checar todas as informações contidas na delação e no celular de Cid antes de pedir autorização para a ação.
g1
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