A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (28) que os valores apontados pelo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) "são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores" e têm "origem absolutamente lícita".
"A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal", disse a defesa em nota.
Os advogados informaram ainda que nos próximos dias tomarão as providências na esfera criminal cabíveis para a apuração da autoria da divulgação de tais informações.
Relatório do Coaf
Segundo o Coaf, só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente da República teria recebido mais de 769 mil transações via Pix — que totalizaram R$ 17.196.005,80. Na época, ele fez uma "vaquinha" virtual para pagar multas. Fontes próximas ao ex-chefe de Estado confirmaram os valores ao R7.
Bolsonaro assumiu neste ano o cargo de presidente de honra do PL. O salário é de R$ 39 mil. Além desse valor, ele recebe aposentadoria do Exército e da Câmara dos Deputados. Os rendimentos somam mais de R$ 75 mil mensais.
Em 14 de junho, a Justiça de São Paulo mandou bloquear mais de R$ 500 mil das contas bancárias do ex-presidente, em razão do descumprimento da regra sanitária imposta em meio à pandemia de Covid-19 sobre o uso de máscaras. A dívida de Bolsonaro com o Governo do Estado de São Paulo já passa de R$ 1 milhão.
R7
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