O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta quarta-feira (15) em Dallas, nos EUA, com o ex-presidente americano George W. Bush e disse que tem se informado pela internet sobre as manifestações contra os cortes na educação que acontecem em dezenas de cidades brasileiras.
“Tem o General Heleno aqui, que é o chefe do gabinete de segurança institucional, que periodicamente me passa informações do que está acontecendo lá”, acrescentou o presidente, que mais cedo chamou de “idiotas úteis” e “massa de manobra” os participantes dos protestos.
Bolsonaro afirmou que falou com Bush sobre os assuntos “mais variados possíveis”. “Logicamente, é tradição dos ex-presidentes não se envolver na política atual, nem criticar, ou elogiar o presidente de momento. Mas o que ele nos falou mostra uma democracia bastante amadurecida aqui, gostaria que isso chegasse ao Brasil”, disse.
Bolsonaro afirmou ainda que conversou com o ex-presidente americano sobre a Venezuela e sobre a Argentina. “Rapidamente passei da Venezuela pra Argentina, porque na Argentina há possibilidade de voltar a senhora ex-presidente (Cristina Kirchner). E, em voltando, nós podemos correr risco de a economia deles não indo bem e o populismo voltar àquele local, nós temos uma nova Venezuela no sul da América do Sul”, afirmou. Perguntado se Bush compartilhava dessa preocupação com o futuro da Argentina, Bolsonaro respondeu: “Com toda certeza, pelo semblante, acredito que sim”.
Convite
O presidente está em Dallas para receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA que originalmente estava prevista para ser entregue em Nova York. Ele mudou a viagem após o local escolhido em Nova York desistir de receber o evento e empresas também desistirem de patrocinar a homenagem.
Consultado na última quinta-feira (9) sobre se o prefeito de Dallas havia convidado Bolsonaro para visitar a cidade texana, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que “o convite inicial realizou-se a partir do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e os outros eventos estão sendo coordenados entre a nossa chancelaria e as autoridades americanas que gostariam de participar desse processo”.
A assessoria de George W. Bush disse nesta quarta (15) que o ex-líder americano “não esteve envolvido na organização da viagem e não fez o convite para a vinda (de Bolsonaro) a Dallas”. “Mas claro que ele concordou em encontrar o Presidente Bolsonaro em seu escritório quando soube de sua visita à cidade – uma cortesia que ele regularmente faz a dignitários quando estão na área – e teve um bom encontro com ele”.
Bolsonaro disse nesta quarta que "quando foi decidido vir pra cá, logicamente o nome do Bush foi levado em conta, e interessava a gente ter esse contato com ele, e pronto ele se manifestou favorável também. Então tivemos uma reunião bastante proveitosa".
G1
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