Depois de empossar o general Marcos Antônio Amaro dos Santos no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o presidente Lula recebeu a sugestão e vai unificar a própria segurança sob o órgão.

Hoje, a segurança imediata do presidente Lula é feita pela Polícia Federal e está subordinada ao gabinete presidencial. Já a atuação à média e longa distância ficam com o GSI.

O presidente também pretende concentrar os diferentes serviços de inteligência do governo sob a Casa Civil. Além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também há áreas com trabalho similar nas Forças Armadas e na Polícia Federal.

Segurança presidencial
O processo de unificação da segurança será feito de forma gradual e conduzido pelo general Amaro, que tem a confiança de Lula para reestruturar esse serviço.

O presidente foi alertado que, na situação atual, se alguma falha ocorrer, poderá haver um jogo de empurra para encontrar o responsável.

Por isso, ele foi aconselhado a fazer a unificação, que deve ser concluída pelo novo ministro do GSI até junho, quando vence o atual prazo da estrutura em vigor, com a segurança imediata a cargo da PF.

Serviços de inteligência
No caso da inteligência, prevaleceu a posição da ala do governo que defendia que o serviço de inteligência deve ser comandado por um civil. Com isso, por enquanto, a Abin continuará na Casa Civil e não voltará para o GSI.

O governo vai ainda estudar uma forma de criar uma coordenação para unificar todos os serviços de inteligência.

A avaliação da equipe de Lula é que os atos golpistas do dia 8 de janeiro mostraram que havia uma falha tanto na segurança do Palácio do Planalto, como na coleta de informações sobre possíveis ameaças.

O diagnóstico feito pelo ex-ministro-interino do GSI Ricardo Cappelli é de que esses serviços estão fragmentados e, com isso, não são eficazes. Ninguém é o responsável oficial e fica um jogo de empurra sobre quem deve realmente tocar essas áreas.

g1
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