O presidente Lula (PT) assinou o decreto que concede aposentadoria a Ricardo Lewandowski do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir da próxima terça-feira (11). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (6).
Lewandowski completa 75 anos, em 11 de maio, idade-limite para permanecer no cargo. O ministro, porém, decidiu antecipar a aposentadoria em um mês, em razão de compromissos acadêmicos.
"Eu pedi que a minha aposentadoria fosse tornada efetiva a partir do dia 11 de abril. Esta minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam. Eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo", disse o ministro em 30 de março, ao anunciar a saída.
Com a vaga aberta no tribunal, caberá a Lula fazer a primeira indicação para a Corte no terceiro mandato presidencial. Lewandowski disse que não conversou com o presidente da República sobre nomes para sucedê-lo no tribunal.
"Penso que meu sucessor deverá ser fiel à Constituição, fidelíssimo à Constituição, aos direitos e garantias fundamentais nas suas várias gerações, mas precisa ser, antes de mais nada, corajoso e enfrentar as enormes pressões que um ministro do STF tem que enfrentar no seu cotidiano".
Perfil
Antes de ingressar no STF, Lewandowski foi desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e juiz do Tribunal de Alçada Criminal do estado.
O ministro presidiu o STF de 2014 a 2016. No último ano, como manda a Constituição, ele presidiu no Senado, na condição de presidente do STF, o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Lewandowski foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições de 2010, a primeira em que vigorou a Lei da Ficha Limpa. Atualmente, é vice-presidente da Corte.
g1
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