O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou nesta terça-feira (14) que o governo federal vai lançar na próxima semana o Mais Médicos, programa que recruta profissionais da saúde para atuação em diversas regiões do país.
Costa relatou que o nome do programa será reformulado e, por enquanto, integrantes do governo chamam a nova versão de 'Mais Saúde Para os Brasileiros'. "Mas ainda será ratificado", disse. Não há, ainda, data para o lançamento.
No novo modelo, o programa deve validar diplomas apenas de brasileiros formados no exterior. Anteriormente, o Mais Médicos aceitava a atuação de médicos estrangeiros com validação pelo Revalida. "A prioridade será para os brasileiros dentro do programa. Vamos voltar, dentro desse escopo, a fazer avaliações de diplomas brasileiros que se formaram no exterior", afirmou.
Além disso, o programa vai contar com a formação de especialidades da atenção básica. "Vamos elevar a oferta de serviços, não apenas de forma quantitativa, mas qualitativa, capacitando ainda mais a assistência básica no nosso país, além de ofertar esses médicos, voltando ao patamar que nós tínhamos", afirmou.
O ministro negou, porém, que haverá aumento salarial para os médicos. "O foco não é aumento de salário. O foco é alcançar as regiões distantes. E o ganho vai ser a introdução de qualificação de especialistas, de complementação da formação básica dos médicos. E no programa vai ter novidades no sentido de incentivos para os médicos recém-formados", relatou, sem dar mais detalhes.
Programa
O Mais Médicos foi criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, desde então, passou por alterações. O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o programa em diversas ocasiões, uma vez que havia uma parceria do governo federal com profissionais cubanos, que foi encerrada durante sua gestão.
Ainda na era Bolsonaro, o programa teve seu nome alterado. Após quase três anos à frente do Executivo, o então presidente lançou o Médicos pelo Brasil, com o objetivo de estruturar a carreira de saúde federal em locais com dificuldade de provimento de profissionais e com alta vulnerabilidade da população.
Bronca de Lula
Costa deu as declarações após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros da área social. No encontro, o petista deu uma bronca nos titulares e afirmou que os projetos precisam do aval da Casa Civil e da Presidência da República. Parte da reunião foi transmitida pela estatal TV Brasil. Nas imagens, Lula afirmou que ia dar início ao encontro e contar os casos específicos. De acordo com Costa, Lula não detalhou quais são.
"Fica à criatividade de vocês. Não citou [os casos específicos]", rebateu Costa. Recentemente, um dos anúncios que não tiveram o aval do Palácio do Planalto envolveu o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França. O titular afirmou em entrevista que o governo pretende fechar acordo com companhias aéreas para vender passagens a R$ 200 para aposentados, estudantes e servidores públicos.
Na sequência, Costa foi questionado se a Casa Civil recebeu França para conversar sobre o programa. "Ainda não recepcionamos o detalhamento desse programa, e haverá o momento ainda de ter essa reunião", garantiu o ministro. Depois, disse que já conversou com todos os ministérios.
"O presidente quer que as boas ideias sejam apresentadas, mas que sejam divulgadas na medida em que haja validação do governo. O que o presidente pediu é que todos os atos sejam validados nos ambientes próprios para evitar a ansiedade, o desejo de materializar alguma boa proposta, atropele o passo a passo que tem que ser feito para validação das propostas".
R7
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