O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou, nesta sexta-feira (28), que estão "comprovadas" as denúncias sobre eventuais irregularidades nas inserções em emissoras de rádios de todo o país. A ação, contudo, foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Essa questão das inserções. Está comprovado. O que o TSE faz? Nada. Ainda diz que o partido não poderia contratar auditoria com dinheiro do fundo partidário e que nós queremos tumultuar o Estado Democrático de Direito", disse, em entrevista a um influenciador.
Na reta final do segundo turno, Bolsonaro acionou o TSE sobre eventuais irregularidades nas inserções de propagandas em rádios do Norte e do Nordeste. Segundo a campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 154.085 veiculações a mais que o candidato à reeleição.
O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido, citou tentativa de tumultuar as eleições a quatro dias do segundo turno e alegou que o relatório apresentado pela campanha de Bolsonaro tem uma série de divergências, como a base de dados utilizada pelas empresas.
Moraes determinou, ainda, que a denúncia fosse incluída no inquérito das milícias digitais, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro, por sua vez, criticou a decisão do ministro e informou que vai recorrer.
Após a denúncia de suposto desequilíbrio entre as candidaturas, surgiu a ideia de adiamento do segundo turno. O PL, partido de Bolsonaro, no entanto, negou ter cogitado a proposta e disse que a medida apenas beneficia Lula, sem explicar como.
PT
Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a criticar Lula e o PT. "Os estados administrados pelo PT são os mais pobres do país", disse o presidente, sem apresentar os dados usados para declarar a afirmação. "O PT é especialista em reproduzir pessoas mais pobres", continuou.
Segundo o candidato à reeleição, a legenda tem intensificado na reta final do segundo turno inserções de propaganda eleitoral em rádio e televisão com "mentiras".
"Por exemplo, dizem que vou congelar o salário mínimo, que vou diminuir o valor das aposentadorias. É em cima disso o tempo todo. Só mentiras. O que eles pretendem fazer é o que estão me acusando. Logicamente, com as redes sociais bastante ativas, a maior parte da população não entra nessa, sabe que é mentira, mas uma minoria acaba acreditando, e isso pode ser decisivo por causa das eleições", completou.
R7
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