A Secretaria Nacional de Justiça informou em ofÃcio ao Itamaraty que não recebeu nenhuma informação nem tem ciência de casos similares à s denúncias feitas pela ex-ministra Damares Alves.
Senadora eleita pelo DF, a apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) acusa que haja tráfico de crianças, tortura e abuso infantil no Arquipélago de Marajó. As informações teriam sido obtidas enquanto ela era ministra da Mulher, FamÃlia e Direitos Humanos.
Em ofÃcio obtido pelo blog, o procurador federal Bruno de Andrade Costa responde solicitação do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap), feito ao Itamaraty, formado por organizações da sociedade civil que atuam no combate ao abuso de crianças e adolescentes.
Segundo Bruno, a Coordenação-Geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoa e Contrabando de Migrantes (CGETP,) "não recebeu informações ou tem ciência sobre casos especÃficos de tráfico de pessoas, exploração sexual e tortura de crianças no Arquipélago do Marajó".
Damares fez a suposta denúncia durante campanha para a reeleição do presidente Bolsonaro, uma delas dentro de uma igreja. Em Goiás, Damares disse que tinha a informação de que crianças eram traficadas para o exterior e submetidas a mutilações.
A ex-ministra disse que o ministério teria "imagens de crianças brasileiras que cruzam as fronteiras sequestradas". Depois, Damares recuou e disse que sua fala tinha como base relatos sobre estupros e tráfico de crianças que ouviu "nas ruas".
A agora senadora eleita e o ministério da Mulher foram instados por órgãos internacionais para apresentar provas. Em resposta, oficiaram o Ministério da Justiça e suas respostas são de que a história não existe.
O Ministério da Justiça afirma que o ofÃcio "não esgota a possibilidade de haver registros desse tipo de crime em outros órgãos estaduais e federais."
Procurado, o Ministério da Mulher, da FamÃlia e dos Direitos Humanos não comentou o ofÃcio da Secretaria Nacional de Justiça nem a denúncia de Damares, mas diz que já recebeu mais de 5 mil queixas sobre violência sexual ou tráfico de crianças no Pará nos últimos 7 anos, e que as encaminhou para os órgãos responsáveis.
g1
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