O MPT (Ministério Público do Trabalho) decidiu abrir inquérito civil sobre a Caixa Econômica Federal (CEF) e o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães, por denúncias de assédio sexual. A decisão ocorre após funcionárias do banco público afirmarem que foram alvo de investidas por parte de Guimarães em eventos e viagens de trabalho.
O escândalo levou à queda dele da presidência da Caixa. De acordo com informações obtidas pelo R7 e pela Record TV, uma notícia de fato foi aberta após o recebimento de 14 denúncias de assédio sexual, discriminação em processos seletivos internos para promoção de servidores e assédio psicológico contra Pedro Guimarães.
A notícia de fato, agora convertida em inquérito civil, corre na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, sediada em Brasília. De acordo com as acusações, o ex-presidente do banco era uma pessoa instável, que praticava diversas ofensas contra seus subordinados, perseguia quem se opunha às determinações e impedia a ascensão profissional de colaboradores.
A defesa de Guimarães informou que o ex-presidente nega ter praticado ou estimulado qualquer ato de abuso, motivo pelo qual não concorda com a posição do MPT. "Quando lhe for dada a oportunidade ainda no processo investigatório, ele vai apresentar provas da correção de seu comportamento", disse a defesa por meio de nota.
Pedro foi nomeado para o cargo mais elevado da instituição bancária em 2019, e desde então recebeu mais de R$ 3 milhões em salários, com média de R$ 76 mil por mês. De 2021 a 2022, o salário dele teve um crescimento de 53%, quando comparado ao do período anterior, chegando a um rendimento anual de R$ 1.441.761,28.
R7
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