Após se reunir com Joe Biden e participar da Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro vai inaugurar, neste sábado (11), o vice-consulado do Brasil em Orlando, na Flórida. Há a previsão que o chefe do Executivo participe, ainda, de uma motociata, segundo organizadores do evento, na cidade estadunidense, reduto de brasileiros.
A nova repartição consular é subordinada ao Consulado-Geral em Miami e terá funções exclusivamente consulares para auxiliar os brasileiros lá residentes e os de passagem — estima-se que cerca de 475 mil brasileiros moram na Flórida.
Numa primeira fase, o vice-consulado processará atestado de vida, registro de nascimento, autorização de retorno para o Brasil, autorização para viagem de menores de idade, autorização para concessão de passaporte a menor de idade.
O Vice-Consulado em Orlando é o primeiro dos cinco criados para atendimento dos brasileiros no exterior a ser aberto. As outras quatro repartições a ser instaladas são Marselha (França), Edimburgo (Reino Unido), Chengdu (China) e Cusco (Peru).
No mesmo dia, apoiadores do presidente vão fazer uma motociata a favor de Bolsonaro. O ato é organizado pelo movimento Yes Brasil, que afirma que o presidente deve comparecer na manifestação e pede para os interessados irem com a camisa e bandeira brasileira.
Joe Biden e Cúpula das Américas
Bolsonaro embarcou para Los Angeles na última quarta-feira (8). No dia seguinte, encontrou-se com o presidente Joe Biden por cerca de 35 minutos e depois participou da Cúpula das Américas, evento que reúne líderes de todo o continente.
Durante o primeiro encontro entre os líderes desde que o democrata assumiu a Casa Branca, em janeiro do ano passado, foram discutidos temas como preservação do meio ambiente e defesa do regime democrático.
Bolsonaro disse que deixará a Presidência da República "de forma democrática" em eventual derrota nas eleições deste ano.
Na conversa, Bolsonaro também afirmou ao presidente dos Estados Unidos que o Brasil sente a sua soberania sobre a Amazônia ameaçada. O chefe do Executivo brasileiro garantiu ao estadunidense que o governo faz o possível para preservar a floresta e não desrespeita legislação ambiental no país.
Bolsonaro recebe diversas críticas de vários líderes em relação à gestão de combate ao desmatamento na região amazônica, que registra alta. Em abril deste ano, 1.013 km² de floresta foram devastados, conforme os dados do sistema de alertas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Esse é o maior número para o mês desde o início da série histórica, em 2016.
Já na sexta-feira (10), Bolsonaro se reuniu com os presidentes Iván Duque Márquez (Colômbia) e Guillermo Lasso (Equador), além de ter participado da segunda sessão plenária da Cúpula das Américas.
R7
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