O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com auditores fiscais da Receita Federal nesta quinta-feira (13) para negociar o fim do movimento da categoria, que tem dificultado a liberação de cargas nos postos de fronteira do país, mas saiu do encontro sem acordo.
De acordo com o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), o ministro não quis aceitar algumas reivindicações da categoria, em especial a regulamentação do bônus de eficiência e produtivdade. Presidente da organização, Isac Falcão disse que a reunião foi frustrante e que o movimento dos auditores fiscais, em decorrência da insensibilidade do governo, tende a intensificar.
"A reunião, infelizmente, não correspondeu às expectativas dos auditores fiscais, dada a gravidade do problema orçamentário da Receita Federal e dada a necessidade de resolução do problema do bônus de eficiência, que já se arrasta há cinco anos sem regulamentação", lamentou Falcão.
Ele lembra que a lei que instituiu o bônus de eficiência e produtividade, de 2017, previa a criação de um comitê gestor do programa de produtividade da Receita Federal, a ser formado por membros do governo. O comitê, no entanto, não foi formado até hoje. Os auditores fiscais levaram essa demanda a Guedes, que se recusou a instituir o grupo neste momento.
"O ministro se manifestou no sentido de compreender o pleito e até de achar justo, mas disse que não pode dar um prazo para sua implementação [do comitê gestor] e que entende que este não é o momento da solução dessas questões. Enfim, a gente está agora na expectativa de que o movimento se acirre", ponderou Falcão.
O protesto dos auditores fiscais começou no fim de 2021, quando o governo federal prometeu reajuste salarial a forças de segurança federais, como Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Desde então, ao menos 1.288 servidores já entregaram cargos em comissão e funções de confiança em todo o país.
Atividades aduaneiras, de fiscalização nas fronteiras, também foram suspensas. Como consequência, diversos caminhões estão parados em postos de fiscalização aguardando liberação aduaneira da Receita Federal para seguirem com o transporte de cargas que estão sendo importadas ou exportadas do país.
Nesta quinta-feira, os auditores fiscais da Receita Federal suspenderam a emissão de novas certificações de OEA (operador econômico autorizado), um programa de controle aduaneiro.
R7
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.