O presidente Jair Bolsonaro negou que tenha responsabilidade sobre o preço do combustível no país e voltou a criticar a Petrobras. A estatal de economia mista anunciou na última terça-feira (11) novo aumento no preço da gasolina (4,85%) e do diesel (8%) que passou a valer a partir desta quarta-feira (12).
O mandatário ressaltou que não tem controle sobre a política de preços da Petrobras e, por isso, não pode ser responsabilizado pelas altas. "Ou alguém acha que eu sou o malvadão? Foi aumentado o preço da gasolina, do diesel, porque eu sou o malvadão? Primeiro que eu não tenho controle sobre isso. Eu já falei algumas svezes, se eu pudesse eu ficava livre da Petrobras", afirmou.
Bolsonaro afirmou que "o preço do combustível encareceu no mundo todo" e pediu que haja compreensão por parte da população de que não é culpado. O mandatário pontuou, ainda, que a crise hídrica vivida pelo país também influenciou no preço do combustível. "Daí, aparecem as bandeiras, amarela, vermelha, e o pessoal culpa a mim. Quem decide as bandeiras não sou eu, é a Agência Nacional de Energia Elétrica, agência independente criada em 1999", justificou, em entrevista ao site Gazeta do Brasil.
O presidente da República já criticou a Petrobras em diversos momento, sempre apontando não ter responsabilidade sobre a alta dos preços. Ao longo do seu mandato, são diversos episódios de embate com a empresa. Em novembro do ano passado, por exemplo, ele criticou a política de preços da Petrobas, que adota a Preço de Paridade de Importação (PPI), que faz com que o valor no Brasil acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no exterior, com a cotação em dólar.
No mesmo mês, ele tinha dito que os dividendos da empresa são muito altos."Os dividendos são, no meu entender, absurdos. Trinta e um bilhões [de reais] em três meses. Eu não quero na parte da União ter esse lucro fantástico", disse.
R7
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