O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para a próxima quarta-feira (29) o julgamento que avalia se o presidente Jair Bolsonaro deve depor presencialmente ou por escrito à Polícia Federal. O caso se refere a suposta interferência do chefe do Executivo na corporação, de acordo com acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro.
Os magistrados avaliam se em razão do cargo Bolsonaro poderá prestar esclarecimentos por escrito. O presidente figura na condição de investigado e uma das provas é um vídeo de uma reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto em 22 de abril de 2020. No encontro, o chefe do Executivo disse que iria "intervir" na superintendência da corporação no Rio de Janeiro, para beneficiar familiares, mas alega que fez referência à segurança pessoal da família dele, e não à Polícia Federal.
No mesmo dia, o Supremo também deve continuar a análise de ações penais que estão em curso contra o ex-deputado André Moura (PSC-SE) e se o governo deve levar em consideração a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) na hora de ressarcir hospitais privados por serviços prestados a pacientes da rede pública.
A decisão sobre a oitiva de Bolsonaro é o terceiro item da pauta. Caso não seja julgado no mesmo dia, pode ficar para a quinta-feira (30).
R7
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