A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os ministros da Corte não devem interferir na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Congresso – incluindo o valor do fundo que financiará as eleições do próximo ano.
Segundo a AGU, o tema é assunto interno do Congresso e, por isso, decisões sobre isso poderiam afrontar o princípio da separação de poderes.
"As questões ventiladas pelo Impetrante dizem respeito, em última análise, à interpretação e à aplicação de normas regimentais do Congresso Nacional, que consistem em atos de natureza interna corporis [internos]", afirmou a AGU o documento.
"Dessa forma, extrai-se que a interferência, por parte do Poder Judiciário, em assuntos internos do Congresso Nacional, no exercício da sua função típica, pode ensejar afronta ao Princípio da Separação dos Poderes", completou.
Em julho, a ministra Rosa Weber pediu informações ao Congresso sobre o tema – ela é relatora de uma ação de parlamentares que contesta a votação da LDO.
A AGU apresentou parecer em um dos processos apresentados por parlamentares contra a votação do valor do fundo eleitoral, incluída em julho na análise do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Pela proposta aprovada, a verba pode chegar a R$ 5,7 bilhões, valor quase três vezes superior ao gasto nas eleições municipais de 2020.
Há duas ações sobre o tema no Supremo:
G1
Portal Santo André em Foco
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