A Justiça Federal aceitou, nesta quarta-feira (16), denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador Wilson Witzel e outras 11 pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha que teria praticado vários crimes contra o Estado do Rio de Janeiro .
Ao receber a denúncia, a juíza federal Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal, tornou réus o ex-governador, a esposa dele, Helena Witzel, o ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos e outros nomes acusados pelo MPF de integrar uma organização criminosa que praticava corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
Também nesta quarta, o ex-governador foi ouvido na CPI da Covid, no Senado Federal. Na sessão, Witzel acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de deixar os governadores "à mercê da desgraça que viria", se referindo à pandemia de Covid.
Passaram à condição de réus:
O G1 tenta entrar em contato com as defesas dos envolvidos na ação.
Operação Tris in Idem
Em fevereiro deste ano, antes de sofrer impeachment, Witzel já tinha passado à condição de réu em outro processo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ação, decorrente da Operação Tris in Idem, o ex-governador responde a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
A operação, desdobramento da Lava Jato no Rio, apontou que o ex-governador teria recebido, por intermédio do escritório de advocacia da mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.
Denúncias
Ao todo, a Procuradoria-Geral da República apresentou quatro denúncias contra Witzel no STJ. A primeira delas foi recebida pela Corte superior porque o político ainda estava no cargo de governador.
Com o impeachment, Witzel perdeu o foro privilegiado no STJ e todas as outras ações foram enviadas à primeira instância. Duas delas ainda não foram analisadas pela Justiça Federal no RJ.
G1
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