O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (1°) que gestores talvez tenham se adiantado nas medidas de restrição para conter as contaminações pelo novo coronavírus e que a população "se cansou antes do tempo". Por isso, para ele vacinar é a “única saída” para superar a pandemia.
Mourão fez o comentário em entrevista no Palácio do Planalto. Ele foi perguntado sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro a governadores que adotaram medidas mais restritivas, como toque de recolher e lockdown, na tentativa de frear os contágios pela Covid-19.
Segundo consórcio de imprensa, o Brasil tem 255 mil mortes desde o começo da pandemia, sendo que no domingo (28) a média móvel de óbitos dos últimos 7 dias chegou a 1.208, o segundo recorde consecutivo registrado nessa média.
Mourão evitou criticar a posição de Bolsonaro e comentou que governadores e prefeitos devem adotar as medidas consideradas necessárias.
“Existe um ditado antigo, que a gente não pode cansar a noiva antes da festa. Então, às vezes, em tempos passados, alguns dos gestores talvez tenham se adiantando, a população se cansou antes do tempo, muita gente foi para rua. A gente tem visto protesto por parte de parcela da população. Uma situação complicada, não é simples isso aí", disse Mourão.
O vice-presidente deu como exemplo jovens que frequentam festas com aglomerações e, depois, têm contato com pais e avós.
"O mais novo, na maioria das vezes, não tem sintomas, mas ele continua transmitindo. São os problemas que cada gestor tem que buscar impedir que determinado tipo de atividades ocorram", declarou.
Para o vice-presidente, as restrições, como fechamento do comércio, servem de “paliativo”, já que a saída é vacinar a população.
"A única saída é vacinar todo mundo, o resto tudo é paliativo. A saída é a gente conseguir ir vacinando todos aí, consequentemente teremos condições de ter uma vida normal”, disse.
Balanço da vacinação contra Covid-19 deste domingo (28) aponta que 6.576.109 pessoas receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19. O número representa 3,11% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 1.933.404 pessoas (0,91% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
O Brasil abre a semana com risco de colapso nos hospitais. O DF e 11 capitais estão com mais de 90% de ocupação nos leitos de UTI para pacientes com Covid, com casos de lotação de 100%, como em Porto Alegre.
Segundo Mourão, o Brasil o problema de falta de leitos de UTI é anterior à pandemia e que a "preocupação" era manter a Covid-19 "dentro da capacidade" do sistema de saúde.
"Cada gestor, seja governador, seja prefeito, ele toma as medidas que julgar necessárias para impedir que a doença se alastre e ele não tenha condições de tratar as pessoas. Então, é isso que está acontecendo", afirmou.
G1
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