O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira (15) que o governo federal está fazendo um trabalho que vai além de suas capacidades no socorro ao sistema de saúde de Manaus, que está sobrecarregado em razão do aumento expressivo dos casos de Covid-19.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reconheceu o colapso no sistema de saúde da capital amazonense. Segundo o ministro, 480 pessoas que contraíram Covid-19 esperam por um leito hospitalar na capital do Amazonas.
"O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe. Agora, eu já falei aqui para vocês várias vezes a respeito de Amazônia. Na Amazônia as coisas não são simples," afirmou o vice-presidente.
De acordo com Mourão, a localização da cidade, dentro da floresta amazônica, dificulta operações de envio de suprimentos. O vice também apontou problemas de orçamento da Aeronáutica.
"Você só chega lá de barco ou de avião. Qualquer manobra logística para você, de uma hora para outra, aumentar a quantidade de suprimentos lá requer meios que, vamos colocar aí, a Força Aérea até alguns anos atrás tinha, Boeings", disse Mourão, se referindo a aeronaves de transporte.
"Por problemas aí de orçamento, ela (FAB) teve que se desfazer dessas aeronaves", afirmou.
Nova cepa
Questionado se não faltou planejamento logístico, o vice-presidente declarou que não se era possível prever o colapso no sistema de saúde em Manaus que, na avaliação dele, está associado à aparição de uma nova cepa do coronavírus.
Transporte de pacientes
Na manhã desta sexta, começaram a Força Aérea Brasileira (FAB) começou a transferir, de avião, pacientes graves de Covid-19 de Manaus para hospitais em outros estados. Ao todo, 235 pacientes de Manaus deverão ser deslocados.
O Ministério da Defesa informou que há voos programados ainda nesta sexta para Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. Hospitais de Goiás, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal também deverão receber os pacientes.
As transferências ocorrem em meio ao colapso do sistema de saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 no estado. Sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênios para pacientes.
O G1 registrou nesta quinta-feira (14) cenas de médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
G1
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