A rotina de trabalho do presidente Jair Bolsonaro depois de ter contraído o novo coronavírus terá videoconferências e assinatura digital de atos normativos, para evitar o contato dele com outras pessoas. A agenda oficial do presidente desta terça-feira já apontou dois compromissos em que ele se reuniria com ministros remotamente, do Palácio da Alvorada.
Das 15h às 15h30, Bolsonaro teve audiência com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A outra será com o titular da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, entre as 17h e as 17h30. Na noite de segunda-feira, antes de o resultado do exame ficar pronto, o encontro com Ramos constava na agenda como se fosse ocorrer no Palácio do Planalto.
Na tarde desta terça, a assessoria da Secretaria-Geral explicou como seria o despacho entre o ministro e o presidente. Oliveira mandará as propostas de atos normativos ou outras pautas a Bolsonaro por e-mail e os dois discutiriam posteriormente por videoconferência. "Concluído o despacho, os atos serão assinados digitalmente, sem qualquer contato pessoal. Dessa forma, mantém-se a rotina normal de trabalho da Secretaria-Geral da Presidência da República", informou a pasta.
O presidente informou que contraiu a Covid-19 em entrevista no Palácio da Alvorada. Ele realizou o teste nesta segunda após apresentar febre de 38 graus e mal-estar. Ele contou que os compromissos externos que estavam agendados para esta semana serão cancelados para evitar o "contágio em terceiros". Entre eles, estão uma viagem à Bahia, onde ele e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, iriam inaugurar obras na sexta-feira, e uma visita a Paracatu, em Minas Gerais, no sábado.
O resultado positivo do teste levou a cúpula do governo a fazer um novo exame para conferir se também estão infectados pelo novo coronavírus. Ministros que tiveram contato com o presidente na segunda-feira passaram por novas checagens nesta terça. Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Jorge de Oliveira (Secretaria Geral da Presidência) fizeram testes rápidos pela manhã e, após terem resultado negativo, decidiram manter as agendas de atendimento em seus gabinetes no Planalto.
— Todo mundo sabia que mais cedo ou mais tarde ia atingir uma parte considerável da população. Eu, por exemplo, se não tivesse feito o exame, não saberia do resultado. E ele acabou de dar positivo — disse o presidente.
Bolsonaro relatou que começou a sentir os sintomas no domingo. No dia seguinte, ele afirmou ter tido dores musculares e cansaço. Antes mesmo de o diagnóstico ser confirmado, ele começou a tomar hidroxicloroquina com azitromicina.
O Globo
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