O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou da inauguração do Hospital de Campanha de Águas Lindas, em Goiás, nesta sexta-feira (5) e afirmou torcer para que os leitos fiquem vazios, em referência ao combate da pandemia do novo coronavírus e, consequentemente, da covid-19.
"A gente torce para que pouca gente venha para cá, porque é sinal de que pouca gente precisa de atendimento", disse o presidente.
Sem máscara, Bolsonaro participou da cerimônia ao lado do governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM). Em março, Caiado, que era apoiador de Bolsonaro desde a campanha presidencial, havia rompido com o presidente por divergências sobre o isolamento social.
No entanto, Bolsonaro e Caiado sinalizaram a reaproximação, o que foi confirmado nas palavras do presidente. "Sempre fomos amigos e morrerremos amigos", disse Bolsonaro sobre Caiado.
O presidente reafirmou que as quarentenas impostas nos estados e municípios prejudicam a economia. "O governo federal, apesar dessa pandemia que atingiu o mundo todo, vem trabalhando arduamente para buscar soluções, fazer com que a economia volte a girar o mais rápido possível", disse.
Para Bolsonaro, o isolamento social provoca o aumento do desemprego e, consequentemente, da violência. "A gente espera que essa questão do vírus se atenue rapidamente", afirmou Bolsonaro.
Durante o evento, Caiado afirmou que o hospital está pronto para receber os pacientes. O governador agradeceu a presença do presidente e afirmou que o governo federal muito tem feito pelo estado.
"O governo federal já investiu em Goiás em R$ 1,4 bilhão", afirmou. O governador citou obras na saúde, emendas aprovadas para Goiás e também a concessão da ferrovia Norte-Sul.
Manifestações de rua
Bolsonaro aproveitou o evento para falar sobre as manifestações marcadas para o próximo domingo. O presidente voltou a chamar de "marginais" e "terroristas" os manifestantes que participaram de atos contrários ao governo federal e pediu que seus apoiadores não saiam às ruas nos mesmos dias em que a oposição.
"Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas, querendo se movimentar para quebrar o Brasil", afirmou Bolsonaro, fazendo menção a atos que aconteceram em São Paulo e Curitiba.
Segundo o presidente, os manifestantes não zelam pela democracia. "Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados, que não sabem o que é economia, que não sabem o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia e querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que eles nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela", explicou o chefe do executivo federal.
Novo hospital de campanha
A unidade irá atender, exclusivamente, casos suspeitos e confirmados da covid-19 do Distrito Federal. Serão 200 leitos de internação, sendo 190 de enfermaria e 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Bolsonaro havia visitado as obras do hospital no dia 11 de abril deste ano.
R7
Portal Santo André em Foco
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