O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quinta-feira (5) que o Brasil está em fase final de negociação de um acordo militar com os EUA.
"[O acordo] nos abriria a possibilidade de participar de fundos de investimento, nessa parte de tecnologia militar, muito vultosos, que chegam a US$ 100 bilhões", afirmou Araújo.
A declaração foi dada pelo ministro no Senado, após participação em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Ele falou sobre a posição do Brasil diante do tratado de paz proposto pelos EUA para o conflito entre Israel e Palestina.
O ministro não deu mais detalhes sobre o que prevê o acordo. Procurado, o Ministério da Defesa informou que "a assinatura do acordo RDT&E com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos" "engloba atividades conjuntas nas áreas de Pesquisa, Desenvolvimento, Testes e Avaliação, visando novas ou melhores capacidades militares."
Entretanto, de acordo com o ministério, o "pacto" com o os EUA "não se trata do fundo RDT&E (RDT&E funding), mas sim um ato de cooperação entre os dois países."
"O acordo irá permitir a ampliação do acesso da BID ao mercado americano, bem como a formalização de outros pactos no setor de Defesa, reduzindo processos burocráticos no comércio de produtos do segmento entre Brasil e Estados Unidos."
Sobre o fundo RDT&E, o ministério da Defesa informou que vai "proporcionar que as Empresas de Defesa (ED) e Estratégicas de Defesa (EED) brasileiras tenham acesso às melhores práticas internacionais em seus processos produtivos. Além disso, permitirá o desenvolvimento de projetos em conjunto com as empresas norte-americanas. Tudo sob a supervisão do Ministério da Defesa brasileiro e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos."
Araújo disse que a expectativa é que ele seja firmado na próxima semana, quando o presidente Jair Bolsonaro fará viagem oficial aos EUA. A data para a conclusão das negociações não foi informada.
"Acreditamos que será possível concluir [a negociação] com os EUA, mas não quero antecipar. Mas é uma perspectiva muito animadora para nós", disse.
Caso o acordo internacional seja firmado, para ter validade ele precisaria ser ratificado pelos Congressos dos EUA e do Brasil.
G1
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