Mai 13, 2025
Arimatea

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Para conhecer melhor a saúde da população brasileira, estilo de vida e incidência de doenças, o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciam nesta segunda-feira (26) a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS). Até fevereiro de 2020, 1.500 agentes de pesquisa irão visitar 108 mil domicílios em mais 3 mil municípios do país, em áreas rurais e urbanas. As informações coletadas devem orientar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças. A PNS é realizada a cada cinco anos e está na sua segunda edição. Os primeiros resultados estão previstos para serem divulgados em 2021.

A PNS 2019 terá temas adicionais aos investigados na edição anterior, como questões sobre paternidade e exames pré-natal, direcionado aos homens; além de um módulo sobre atividade sexual para maiores de 18 anos, o que inclui, por exemplo, o uso de preservativos. Outra novidade da PNS 2019 é a ampliação das perguntas relacionadas à utilização do SUS no âmbito da Atenção Primária, o que permitirá uma avaliação mais detalhada do atendimento recebido. Os serviços de saúde que compõem este nível de atenção são a principal porta de entrada no SUS e onde as doenças mais frequentes do cidadão são acompanhadas, como diabetes, hipertensão e tuberculose, evitando que evoluam para estágios mais graves.

A Pesquisa Nacional de Saúde investiga a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na população, como diabetes, câncer e doenças do aparelho circulatório e respiratório, que respondem a cerca de 36 milhões (63%) das mortes no mundo e estão associadas a fatores como maus hábitos alimentares, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo – que também fazem parte do escopo da pesquisa. A percepção da população sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o acesso aos serviços também serão mensurados. A pesquisa também investiga se os moradores sofreram algum tipo de violência e monitora a realização de exames preventivos.

Outro módulo novo será o das Relações e Condições de Trabalho, que segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também é parceira da realização da PNS 2019. O objetivo é detectar condições insalubres no ambiente de trabalho, além de problemas de saúde relacionados.

Entrevistadores Identificados
Pela relevância da pesquisa para o país, é muito importante que as pessoas atendam e colaborem com os entrevistadores, que estarão devidamente identificados com crachá e equipamento eletrônico para coleta dos dados. Para confirmar a identidade do entrevistador, o morador pode ligar gratuitamente para 0800 721 8181. Todas as informações coletadas pela PNS têm sua confidencialidade garantida pela lei do sigilo da informação estatística (Lei nº5534) e só podem ser utilizadas para fins estatísticos.

Etapas da Entrevista
Os pesquisadores do IBGE vão utilizar um smartphone, dispositivo móvel no qual os dados informados serão inseridos. Organizada em três etapas (perguntas sobre domicílio, morador entrevistado e demais moradores), a entrevista durará, em média, 30 minutos para ser concluída.

Entre as perguntas relacionadas ao domicílio estão características do imóvel como bens e presença de animais, além do funcionamento da rede de esgoto, coleta de lixo, entre outros serviços.

O entrevistado também será perguntado sobre temas como estilo de vida (prática de atividade física, consumo alimentar, hábito de fumar, consumo de álcool), doenças crônicas não transmissíveis, saúde da mulher ou homem, doenças transmissíveis, acidentes e violências, etc. Além disso, haverá coletas de medidas físicas (peso e altura) em uma sub amostra (aproximadamente 8 mil indivíduos) do morador selecionado.

Por fim, serão feitas perguntas sobre educação e rendimentos dos demais moradores do domicílio, saúde da criança, do idoso, da pessoa com deficiência, uso de serviços de saúde, entre outros.

Fonte: Ministério da Saúde
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A partir desta quinta-feira (22), as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o país. Essa medida preventiva deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhão de doses a mais para os estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.

A ação é uma resposta imediata do Ministério da Saúde em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados. Nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou novo boletim com os casos de sarampo. O Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 19 de maio a 10 de agosto de 2019, 1.680 casos confirmados de sarampo, em 11 estados: São Paulo (1.662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,80 por 100.000 habitantes.

“O Ministério da Saúde está fazendo uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não afetadas ”, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

O Ministério da Saúde tem um planejamento de compra da vacina, tendo como base o número de pessoas que devem ser vacinadas, considerando as ações de rotina (média de 2,5 milhões de doses/mês); as ações de bloqueio para interromper a cadeia de transmissão; além das doses adicionais para crianças de seis meses a menores de um ano. O Ministério da Saúde já reiterou junto aos estados e municípios a orientação para que as estratégias sejam restritas a essas situações, evitando que ocorra possível desabastecimento da vacina.

É importante esclarecer que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.

Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério, já enviou para os estados 10,5 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do país, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade. Desse total de vacinas, 71% foi enviado para o estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos de sarampo no país. A vacina é a principal forma de tratamento do sarampo.

Bloqueio vacional
Além de vacinar as crianças na faixa etária prioritária, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, também orienta aos estados e municípios a realizarem o bloqueio vacinal. Ou seja, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que tiveram ou tem contato com aquele caso suspeito em até 72 horas. Neste caso, recomenda-se que sejam realizadas de forma seletiva, ou seja, não há necessidade de revacinação das pessoas que já foram vacinadas anteriormente e que tem comprovação vacinal.

O Ministério da Saúde tem atuado ativamente junto aos estados e municípios no enfretamento do surto de sarampo, sendo realizado recomendações para interrupção da circulação do vírus no país.

Fonte: Ministério da Saúde
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (28) que o programa Future-se não significa a privatização nem a interferência na autonomia das universidades e institutos federais. Segundo a pasta, a medida quer incentivar a captação de recursos próprios pelas instituições federais de educação superior.

“Não se trata de privatização, não se trata de ferir a autonomia, não se trata absolutamente de diminuir recursos”, afirmou o ministro, ao participar de audiência pública sobre o Future-se, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Weintraub ressaltou que a adesão ao programa é voluntária. “As universidades e os institutos que quiserem ficar como estão podem ficar. Não haverá nenhum dano ou prejuízo para quem quiser ficar [como está]. Simplesmente, a gente vai permitir às universidades e aos institutos fazerem parcerias, convênios, associações, buscar patrocinadores para que eles possam fazer investimentos e melhorar a situação financeira.”

MP ou projeto de lei
Weintraub afirmou aos deputados que o governo está estudando se vai enviar medida provisória (MP) ou projeto de lei para a implantação do Future-se. Inicialmente, a ideia era encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei para viabilizar as mudanças.

“A gente está discutindo se quer mandar projeto de lei ou MP. Por que não projeto de lei? Porque a gente tem pressa, urgência de liberar a quem quiser aderir de conseguir rapidamente recursos. Já existem patrocínios prontos para várias universidades”, disse. “Eu gostaria de mandar projeto de lei, mas existe o ganho de alguns meses [com a medida provisória] que essas universidades já receberiam recursos.”

A proposta foi disponibilizada para consulta pública que se encerra amanhã (29). A sociedade poderá colaborar com sugestões. Mais de 55 mil pessoas se cadastraram para participar da consulta. Segundo o Ministério da Educação, as universidades seguirão contando com orçamento público.

Future-se
O Ministério da Educação quer criar um fundo de natureza privada, cujas cotas serão negociadas na Bolsa de Valores, para financiar as universidades e institutos federais. Esse fundo contará, inicialmente, com R$ 102,6 bilhões. A maior parte desses recursos, R$ 50 bilhões, virá do patrimônio da União. A intenção é que esse esses recursos financiem pesquisa, inovação, empreendedorismo e internacionalização das instituições de ensino. O fundo é a principal estratégia do programa Future-se.

Agência Brasil
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O Programa Inovação Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vai conectar mais de 8 mil escolas rurais e beneficiar mais de 3 milhões de alunos com conexão à internet em banda larga até o fim do ano. A nova meta do programa foi anunciada na cerimônia de repasse do valor de R$ 60 milhões do MEC para o MCTIC relativos à instalação de infraestrutura de conexão no período deste ano.

O MCTIC coordena o programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) que tem o objetivo de levar conexão em banda larga para locais isolados do país. A instalação da conexão e da infraestrutura é feita pela Telebras, empresa vinculada ao MCTIC, utilizando o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). O satélite tem alcance em todo o território nacional e capacidade para mais de 50 mil pontos de conexão em sua estrutura de operação civil. Até o momento, o programa Gesac já conectou 9 mil pontos e 7.800 escolas, com mais de 2,2 milhões de alunos conectados à internet com capacidade de 10 MB/s.

A cerimônia foi realizada na última sexta-feira (23), na sede do MEC, em Brasília. Na ocasião, o ministro do MCTIC, Marcos Pontes, recebeu do ministro do MEC, Abraham Weintraub, um cheque simbólico no valor do repasse entre ministérios. O ministro Pontes destacou a sinergia entre as pastas. “Ciência e tecnologia aliadas à educação são ferramentas poderosas para o desenvolvimento do país”, disse. “E o MCTIC servirá como uma caixa de ferramentas para alavancar o ensino, a pesquisa e a inovação”.

O ministro da Educação por sua vez afirmou que a educação é um dos pilares da liberdade. “Esse cheque é simbólico pela prioridade que ele representa”, declarou. “Queremos universalizar o acesso à internet nas escolas do Brasil”. Weintraub falou ainda sobre iniciativas do MEC em educação à distância (EAD). Segundo ele, o ministério estuda a criação de uma Universidade Federal Digital e um Instituto Técnico Digital, que oferecerão cursos de qualidade à distância.

O ministro Pontes também deu destaque ao potencial de desenvolvimento regional trazido pela conexão à internet, destacando os programas do MCTIC Centelha, para incentivar negócios inovadores, e o Computadores para Inclusão, que trata resíduo eletrônico nos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), dando novo uso ao material na forma de computadores e equipamentos que são destinados a escolas e telecentros.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
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Um grupo de arqueólogos descobriu os restos de 227 crianças oferecidas em um ritual da cultura pré-colombina Chimu, na costa norte do Peru. Esta é a maior descoberta de sacrifícios de menores do mundo.

"Até agora encontramos os restos de 227 crianças sacrificadas da cultura Chimu", disse o arqueólogo Feren Castillo, que fez parte da equipe. As escavações começaram em 2018.

O local de sacrifício foi descoberto no setor Pampa La Cruz em Huanchaco, um município litorâneo de Trujillo, a terceira cidade do Peru, a 700 km ao norte de Lima.

Castillo afirmou que os menores, com idades entre 4 e 14 anos, foram sacrificados em um ritual aos deuses da cultura Chimu (de 1.200 a 1.400 anos de antiguidade) com a finalidade de aplacar as catástrofes naturais ligadas ao fenômeno climático El Niño.

“Os restos das crianças estão de frente para o mar. Alguns têm protetores de pele, cabelo e prata. A maioria está na posição de decúbito dorsal, isto é, deitada. O interessante é que eles têm marcas de corte externas, cortes muito finos. Encontramos no ano passado a faca com a qual eles fizeram esses sacrifícios, e o que suspeitamos é que a pessoa que executou deve ter tido muita experiência porque os cortes feitos nas crianças no esterno são muito bem feitos", explica o arqueólogo em entrevista à RFI.

Datação por carbono
"Fizemos datação por radiocarbono e pudemos verificar que são da cultura Chimu, porque as datas correspondem à época em que os Chimus controlavam a costa norte do Peru", continua Castillo.

A equipe acredita que é possível que esses sacrifícios tenham como objetivo aplacar os desastres naturais ligados ao fenômeno climático El Niño:

"Encontramos evidências de chuva, o que sugere que esse sacrifício foi feito durante um fenômeno de El Niño, um evento climático em a costa norte do Peru".

O sítio de Huanchaco não representa a primeira descoberta maciça de crianças sacrificadas em Pampa La Cruz. Em junho de 2018, foram encontrados restos de 56 crianças.

Pampa la Cruz fica a dois quilômetros de Huanchaquito, onde em abril de 2018 foram descobertos os restos de 140 crianças e 200 lhamas oferecidas em um ritual similar, cujos restos datam do período entre os anos 1400 e 1450.

A civilização Chimu se estendeu ao longo da costa peruana até o atual Equador. Ela desapareceu por volta do ano 1475 ao ser conquistada pelo império inca.

RFI
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A onda de incêndios na porção brasileira da Floresta Amazônica vem concentrando holofotes e críticas de outros países, mas o fogo ignora fronteiras e as queimadas se espalham também pela vizinha Bolívia.

Os focos de queimada dobraram nos últimos cinco dias, segundo estimativas, e têm dominado o debate político local. Adversários do presidente da Bolívia, Evo Morales, têm exposto controvérsias na política ambiental do governante.

Morales adotou um caminho diferente do colega brasileiro Jair Bolsonaro, alvo de pressão crescente de países como a França. O boliviano decidiu aceitar ajuda internacional no combate aos incêndios, a exemplo de um Boeing 747 americano usado para despejar água sobre queimadas e da ajuda financeira oferecida pelo G7, grupo das sete maiores economias do mundo.

"Ela (a natureza) pode viver sem nós, mas não podemos viver sem ela", tuitou Evo, que suspendeu por uma semana sua campanha eleitoral em busca de um quarto mandato presidencial.

Mas para adversários políticos do presidente boliviano, essa postura ambientalista é uma reviravolta repentina, dado o histórico de seu governo.

"Embora Morales se mostre internacionalmente como incrivelmente defensor do ambiente, sua política está indo na direção oposta", disse Jhanisse Daza, ativista ambiental que mora perto da área atingida pelos incêndios.

Em julho, por exemplo, o governo boliviano passou a permitir que agricultores limpem mais terras do que antes por meio de queimadas controladas - ampliando a permissão de 5 para 20 hectares.

Ao sobrevoar a região das queimadas, Morales reconheceu a gravidade dos danos causados, mas também defendeu o "chaqueo", prática adotada por agricultores para queimar áreas de bosque a fim de ampliar o espaço de cultivo.

"O controle do 'chaqueo' é importante, mas também quero que saibam: de que vão viver as pequenas famílias, os pequenos produtores sem 'chaqueo'? É para o milho, meio hectare, é a situação do pequeno produtor, no máximo um hectare de arroz para sobreviver", afirma o presidente boliviano.

Incêndios propositais?
Na Bolívia, a maioria das áreas atingidas pelos incêndios fica próxima da fronteira com o Brasil - cerca de 1 milhão de hectares.

Daza diz acreditar que essas queimadas na Bolívia tenham sido propositais.

"O uso de incêndios controlados em agosto, quando estamos passando por uma estação seca, não é apenas negligência", afirmou. "Eu acredito que eles sabiam o que estavam fazendo."

Acusações semelhantes são feitas no Brasil, onde investiga-se que incêndios tenham sido coordenados por fazendeiros e outros pequenos grupos motivados pela impunidade.

Morales também tem sido acusado de ter reagido com lentidão no início dos incêndios.

"O governo reagiu tarde e mal, levou quase duas semanas e eles não tinham um plano estratégico. Evo Morales colocou sua campanha em primeiro lugar, em vez de governar a Bolívia", afirmou Carlos Mesa, rival de Morales na corrida presidencial.

Sob crescente pressão interna, o governo boliviano recuou e passou a aceitar apoio estrangeiro para combater os incêndios. Segundo a agência de notícias Reuters, a reviravolta ocorreu depois que autoridades de províncias (estados) e líderes de vilarejos pediram ao governo central que aceitasse essa ajuda.

Houve um certo avanço no combate às queimadas, já que agora quase 2.000 bombeiros e militares atuam nas frentes criadas - mas o estrago já está feito.

'Expansão da fronteira agrícola'
Alex Villca, líder indígena na região amazônica e porta-voz do grupo de direitos indígenas Contiocap, disse que o governo era culpado pelos incêndios.

"Precisamos convencer Evo Morales a explicar essa situação. Quando ele vai cuidar de tudo isso? Ele precisa ser responsabilizado por todas as vezes em que os direitos dos povos indígenas foram violados, assim como os de Mãe Natureza ", disse.

A ambientalista Cecilia Requena, do mesmo grupo, também responsabiliza diretamente o governo central, porque este "tem aprovado consistentemente nos últimos anos leis de anistia (para desmatadores), promoção e expansão da fronteira agrícola".

Segundo ela, há influência de diversos outros aspectos, como transgênicos, combustíveis verdes e exportação de carne à China. A soja está entre os principais produtos exportados pela Bolívia, segmento avaliado em quase US$ 450 milhões.

O Brasil é o principal parceiro comercial do país, comprador de metade do gás boliviano exportado - algo em torno de US$ 1,4 bilhão por ano.

BBC
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A rainha Elizabeth II, do Reino Unido, aceitou nesta quarta-feira (28) o pedido do primeiro-ministro Boris Johnson para prorrogar a volta do Parlamento britânico.

Johnson fez isso porque o dia 31 de outubro é a data limite para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. O premiê quer que ele aconteça mesmo sem um acordo com os europeus, mas tem receio de que o Parlamento impedisse que isso acontecesse.

A suspensão começa a valer entre os dias 9 e 12 de setembro e acaba em 14 de outubro.

Johnson disse que não queria esperar até depois do Brexit para "continuar com os planos para levar o país adiante" e afirmou que ainda haveria "tempo suficiente" para os parlamentares debaterem a separação da União Europeia.

Crise institucional
Boris Johnson chegou ao poder defendendo a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de outubro, respeitando a promessa feita pelo Partido Conservador após referendo decidir pelo divórcio.

O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, considerou a prorrogação de “um ultraje constitucional”. “É óbvio que o objetivo da prorrogação seria impedir o Parlamento de debater o Brexit e cumprir seu dever", disse.

O conservador Dominic Grieve chamou a iniciativa de "ato escandaloso".

O plano de Johnson é “um escândalo e uma ameaça à democracia”, disse o principal opositor do governo, o líder trabalhista Jeremy Corbyn.
“Estou chocado pela imprudência do governo de Johnson, que fala de soberania e no entanto busca suspender o Parlamento para evitar o escrutínio de seus planos para um Brexit sem acordo”, disse ele.

O líder da oposição chegou a pedir um encontro com a rainha, de acordo com fontes ouvidas pela agência Reuters.

Praxe
Não é raro que novos governos suspendam o Parlamento. A prorrogação, no entanto, costuma ter um prazo mais curto –em 2016, foram quatro dias úteis, em 2014, foram 13 dias.

Este ano, serão 24 dias úteis, a partir do dia 9 de setembro até do discurso da rainha, marcado para em 14 de outubro -- e num momento em que está sendo definido um dos processos mais conturbados e controversos da história recente do Reino Unido, que é o Brexit.

G1
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Os cartões movimentaram R$ 850 bilhões no 1º semestre do ano, com crescimento de 18% em relação aos seis primeiros meses de 2018. Os cartões de crédito registraram R$ 534,4 bilhões (alta de 18,8%), os cartões de débito, R$ 308 bilhões (alta de 16%), e os cartões pré-pagos, R$ 7,4 bilhões (alta de 70,4%). Os dados, divulgados hoje (28) são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Apenas no 2º trimestre, a alta do setor foi 19% – maior crescimento em sete anos (desde março de 2012) –, com destaque para o uso do cartão de crédito, que cresceu 19,7%. “Estamos vivendo um processo de digitalização dos pagamentos, no qual temos cada vez mais consumidores de todo o País usando os cartões e outros meios digitais, seja presencialmente, seja pela internet ou aplicativos, e também cada vez mais lojas e prestadores de serviços aceitando esse tipo de transação”, afirma o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.

A quantidade de compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos no período ultrapassou a marca de R$ 10,3 bilhões, o equivalente a 40 mil transações a cada minuto.

CPMF
A possível aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto sobre transações financeiras, pode, porém, segurar o crescimento do setor. “A CPMF pode atrapalhar, sim. Mas não acho que a população vai deixar de usar cartão, depois de aprender a usar um meio de pagamento sem fricção, e voltar a encher o bolso de dinheiro”, afirmou o presidente da Abecs, Pedro Coutinho. Ele disse ainda que o assunto é novo e não foi colocado em assembleias da associação.

Concessão de crédito
Análise dos dados da Abecs e do Banco Central mostra que o volume movimentado pelo cartão de crédito no primeiro semestre foi responsável por 68,4% de todo o crédito concedido à pessoa física para o financiamento ao consumo de bens e serviços no Brasil.

Em paralelo ao crescimento dos meios eletrônicos de pagamento, a parcela de brasileiros que usam o cartão de crédito de forma consciente continua alta. Pesquisa da Abecs mostra que 9 em cada 10 consumidores pagam o valor integral da sua fatura e, portanto, não recorrem a nenhum tipo de financiamento. Além disso, dados do Banco Central mostram que o índice de inadimplência do cartão mantém-se em baixa, chegando a 5,8% em junho de 2019, um dos menores patamares da série histórica e abaixo da taxa de atraso do crédito pessoal (7,4%).

Para o diretor executivo da Abecs, Ricardo Vieira, o resultado dessa pesquisa mostra que o brasileiro vem usando o cartão de crédito de forma consciente. “Quando se tem 90% da população que liquida a sua fatura integralmente no vencimento, mostra que o brasileiro usa o cartão de uma forma inadequadamente como se costuma atribuir. Tem um percentual de 2% que usam o rotativo, mas a grande maioria liquida sua fatura no vencimento, dos 10% que não liquidam, 8% desses parcelam, com juros muito menores que do rotativo”, analisa Vieira.

Segundo Vieira, outro fator é a queda nos juros do rotativo. “O saldo do rotativo tem caído ao longo do tempo, isso significa que cada vez menos tem gente usando o rotativo, e quando usa o prazo médio é 15 dias por ano”.

Compras
Os pagamentos realizados pela internet ajudaram a impulsionar o resultado do setor e, ao lado de outras compras não presenciais, já representam 21% do volume movimentado com cartões de crédito. Foram R$ 112,2 bilhões transacionados em canais remotos, com crescimento de 26% em comparação com o 1º semestre de 2018.

Citado por 69% dos consumidores, o celular é o canal de acesso preferido pelos usuários para as compras pela internet, segundo pesquisa da Abecs realizada pelo Datafolha. Em junho do ano passado essa participação era de 58%. Em seguida, estão o laptop (33%), desktop (30%) e tablet (3%). A pesquisa aponta ainda que, independentemente do meio de acesso, 83% dos consumidores usam o cartão de crédito como meio de pagamento nas compras online.

Uso internacional
Segundo dados do Banco Central, o uso do cartão de crédito por brasileiros no exterior somou R$ 16,7 bilhões (US$ 4,3 bilhões), registrando um avanço de 5,3% em relação ao 1º semestre do ano passado. Por outro lado, os gastos de estrangeiros no Brasil tiveram incremento de 2%, chegando a R$ 8,5 bilhões (US$ 2,2 bilhões).

Custo de aceitação
Os números da Abecs mostram que, nos últimos dez anos, a taxa média cobrada nas transações com cartões, conhecida como MDR (Merchant Discount Rate), teve uma redução de quase 25%. Apenas entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019, a taxa saiu de 2,12% para 1,91%. Para a associação, é o reflexo do aumento da concorrência no setor, com a chegada de novas empresas credenciadoras e maior diversificação dos modelos de negócio.

Agência Brasil
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O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje (28) que teve lucro líquido de R$ 13,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, resultado que representa crescimento de 190% em comparação com o lucro de R$ 4,76 bilhões do mesmo período de 2018.

O resultado das participações societárias do banco foi o principal responsável pelo lucro, já que houve crescimento de 228,4%. O produto de intermediação financeira também teve papel destacado pelo BNDES, com aumento de 21,8% de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período de 2018.

A reversão das despesas com provisão foi outro aspecto que contribuiu para o resultado, já que o banco teve despesa líquida de R$ 81 milhões com provisões no primeiro semestre do ano passado e apresentou reversão líquida de R$ 1,161 bilhão em 2019.

Os ativos do BNDES tiveram redução de 0,4%, apesar do pagamento de R$ 30 bilhões em antecipações ao Tesouro Nacional. Com o resultado, os ativos do banco permaneceram perto de R$ 800 bilhões, o que se deve ao resultado positivo da venda de ações, da valorização da carteira de participações societárias e de operações compromissadas de terceiros.

Outro dado divulgado é que a inadimplência superior a 30 dias recuou de 2,96% em 31 de dezembro de 2018 para 1,81% em 30 de junho de 2019. Também houve diminuição da inadimplência superior a 90 dias, de 2,95% para 1,65% nas mesmas datas. Se forem desconsideradas as operações em que as prestações atrasadas estão sendo honradas pela União, a inadimplência de mais de 30 dias cai para 0,42% e a de mais de 90 dias, para 0,25%.

Participação societária
Apesar de ter vendido R$ 8,1 bilhões em operações na Bolsa de Valores entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro semestre de 2019, a carteira de participações societárias do banco alcançou R$ 105,465 milhões em 30 de junho, com alta em relação a dezembro de 2018. O diretor de finanças do BNDES, José Flávio Ramos, explicou que a valorização do Ibovespa, que saltou de cerca de 70 mil para mais de 100 mil pontos no período fez com que a carteira do banco não diminuísse.

Para o futuro, o BNDES estuda reduzir as participações societárias, inclusive com a venda de ações.

O diretor de Crédito e Participações, André Laloni, defendeu a medida, afirmando que, como banco de desenvolvimento, o BNDES não deveria ter seu resultado tão impactado pela volatilidade do mercado de ações. "Essa volatilidade toda pode comprometer os propósitos do banco, que pretendemos resgatar", disse Laloni.

Ele apresentou gráficos mostrando que a carteira do BNDES é mais volátil que a carteira do Ibovespa e poderia sofrer perdas de até R$ 59 bilhões por conta de crises financeiras recentes, como a crise do subprime, em 2008. "Hoje, as participações geram que emprego? Fazem qual desenvolvimento e atingem quantas pessoas diretamente? Hoje, é uma carteira que tem uma configuração muito especulativa", afirmou Laloni.

Devoluções
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que a instituição está em situação confortável para devolver R$ 126 bilhões à União até o fim do ano. Além desse montante, o banco recebeu uma carta do Ministério da Economia em 8 de agosto solicitando que fosse avaliada a possibilidade de antecipar dividendos extraordinários até o limite estatutário, que é de 60% do lucro líquido do primeiro semestre.

"O banco está em uma situação bem confortável de liquidez e capital. A gente está estudando a demanda do ministério e, dentro das nossas possibilidades, no que for viável, vai fazer o melhor possível", disse Montezano.

O BNDES também discute internamente novas regras para os pré-pagamentos, o que pode ser submetido à reunião de diretoria de hoje ou na de semana que vem. De janeiro a agosto, o banco recebeu R$ 15 bilhões em pré-pagamentos.

Em uma previsão que considerou conservadora, Montezano estimou que os desembolsos do banco para empréstimos somem R$ 60 bilhões em 2019. Para os próximos anos, Montezano afirmou que R$ 70 bilhões por ano é um patamar que "faz sentido para a economia brasileira".

Agência Brasil
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O dólar opera com instabilidade nesta quarta-feira (28), em mais um dia de volatilidade no mercado de câmbio em meio a atuações do Banco Central, um dia depois de a autoridade monetária intervir no mercado com venda de dólares das reservas do país pela primeira vez desde 2009.

As disputas comerciais entre Estados Unidos e China e temores sobre seu impacto sobre a economia global ainda se mantinham de pano de fundo, em dia de maior aversão ao risco no exterior, destaca a Reuters.

Às 15h02, a moeda norte-americana recuava 0,06%, vendida a R$ 4,1555. Na mínima, chegou a R$ 4,1310, e máxima a R$ 4,1674.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta quarta as conquistas do real e a necessidade de estabilidade monetária para as taxas de juros convergirem para níveis mais adequados, se esquivando de quaisquer comentários sobre dólar e atuações no câmbio. "Hoje eu posso falar de beija-flor", afirmou ele quando questionado pela imprensa, em alusão à moeda comemorativa de R$ 1, com beija-flor no verso, que está sendo lançada em exposição sobre os 25 anos do Real.

Atuação do Banco Central
Na véspera, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,5%, vendida a R$ 4,1575, renovando máximas desde setembro do ano passado.

Na máxima do pregão do dia anterior, chegou a ser vendida a R$ 4,1923, após o presidente do Banco Central dizer que a recente desvalorização da taxa de câmbio está dentro do padrão normal. A fala foi entendida por analistas como um sinal de que o BC poderia não atuar de forma adicional para conter a depreciação do real. No entanto, a alta perdeu força após atuação do Banco Central para conter a valorização, com um leilão adicional de dólares à vista, com taxa de corte de R$ 4,1250.

O Banco Central não informou o valor de dólares vendidos no leilão extra do dia anterior. A última operação do tipo tinha sido feita em fevereiro de 2009. Na prática, o BC usou as reservas internacionais do país para conter a variação do câmbio.

O BC vendeu 25 milhões dos 550 milhões de dólares em moeda física nesta quarta-feira e negociou ainda 500 contratos de swap cambial reverso dos 11 mil ofertados -- nos quais assume posição comprada em dólar.

Adicionalmente, a autarquia disponibilizará até US$ 1,5 bilhão em linhas de dólares com compromisso de recompra, em operação que visa rolar parte dos US$ 3,8 bilhões com vencimento em 4 de setembro nessa modalidade.

Motivos da alta
Para o economista Jason Vieira, essa montanha russa do dólar tem mais fatores internacionais do que nacionais: guerra comercial entre Estados Unidos e China; temor de uma possível desaceleração da economia americana; e a crise na Argentina fazem os investidores tirarem seu dinheiro de países emergentes como o Brasil em busca de investimentos que consideram mais seguros.

“O cenário ideal é a guerra comercial acabar. A conclusão da eleição argentina, seja para que lado for. E aqui no Brasil a gente consiga avançar as reformas. Esse, literalmente, é o melhor cenário que tem”, disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Alessando Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, destaca o fator de "imprevisibilidade" de atuação do BC com relação ao leilão à vista puro, que acabou por retirar os comprados da zona de conforto. "O cenário externo está recheado de incertezas e isso tudo resulta em fuga de capital estrangeiro. A volatilidade vai continuar sendo grande justamente porque temos uma série de fatores influenciando pra isso", disse à Reuters.

G1
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