Fevereiro 08, 2025
Arimatea

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A fabricante chinesa GAC Motors anunciou na quarta-feira (18) sua chegada oficial ao Brasil.

Ainda sem data para vender o primeiro carro no país, a montadora tem planos para fabricação de veículos em território nacional e vem com portfólio não só elétrico, mas também com híbridos e a combustão, como rival da BYD e GWM.

“É com grande entusiasmo que anunciamos a chegada da GAC Motor Brasil ao mercado nacional! Acreditamos no potencial do Brasil e estamos comprometidos em contribuir para o desenvolvimento do setor automotivo no país”, disse a empresa em publicação em seu perfil no LinkedIn.

A GAC não disse qual será seu primeiro veículo vendido no Brasil, mas o SUV Aion Y Plus já foi visto circulando no país. Ele é um SUV totalmente elétrico, com motor capaz de gerar 204 cv de potência e 22,9 kgfm para torque.

O conjunto de baterias tem 63,2 kWh, entregando autonomia de 490 km no ciclo de medições da Europa (NEDC).

Por dentro, o carro esbanja inspiração nos carros da Tesla, apostando no minimalismo. Vem com central multimídia de 14,6 polegadas.

O SUV tem 4,53 metros de comprimento, 1,87 metro de largura, 1,65 metro de altura e 2,75 metros de entre-eixos. Estes números são maiores que concorrentes importantes já presentes no Brasil, como o BYD Song Plus.

GAC investirá mais de R$ 5 bilhões no Brasil
A empresa chinesa divulgou recentemente seus planos para o Brasil. Em junho, durante reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, a montadora prometeu US$ 1 bilhão em investimentos no país nos próximos cinco anos, cerca de R$ 5,46 bilhões em conversão direta.

“Nos próximos cinco anos, a GAC e sua cadeia de suprimento investiram US$ 1 bilhão no Brasil, incluindo planos para estabelecer fabricação, pesquisa e desenvolvimento no país, junto de armazéns para peças sobressalentes”, disse a Feng Xingya, presidente da GAC Motors.

Completamente nova no mercado nacional, a GAC Motors (Guangzhou Automobile Group Motor) é quinta maior fabricante de carros da China. Por lá a companhia atua desde 1955 e não só cria seus veículos, como também produz para as japonesas Mitsubishi, Honda e Toyota.

Outra parceira da GAC é a BYD, com a união das duas montadoras chinesas resultando no desenvolvimento e produção de ônibus para o mercado local.

Na China, a GAC comercializou 2,52 milhões de carros apenas em 2023 e conta com 110 mil funcionários. Os planos da montadora envolvem alcançar 4,75 milhões de veículos comercializados e somar lucro de cerca de US$ 137 bilhões até 2030.

Para isso, a companhia aposta forte na expansão para mercados fora da China. Este movimento começou em 2021 e atualmente ela está presente em países do Oriente Médio, Europa, Ásia, África e na América Latina, onde tem presença em locais como Chile, Bolívia e Panamá.

g1
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Chuvas fortes estão causando enchentes e muita destruição na região da Emilia-Romagna, no norte da Itália, nesta quinta-feira (19). Duas pessoas estão desaparecidas depois que o telhado onde elas se abrigavam desabou, na cidade de Bagnacavallo.

Após causar destruição e pelo menos 24 mortes em países do Leste Europeu e da Europa Central, o sistema de baixa pressão Boris chegou ao território italiano e prefeituras de várias cidades orientaram a população para não sair de casa e se manter em lugares altos.

Escolas foram fechadas e serviços ferroviários suspensos em várias províncias.

Na cidade de Lugo, perto de Ravenna, autoridades ordenaram a evacuação de todas as residências térreas, depois que o rio Senio transbordou.

Em Traversara di Bagnacavallo, a fúria das águas do rio Lamone, que também transbordou, e o rompimento de um dique, causaram o desabamento das paredes de algumas casas.

"Estamos trabalhando para salvar todas as pessoas que pudermos. A situação não é muito boa", afirmou o prefeito da cidade à agência de notícias italiana ANSA.

O Corpo de Bombeiros nacional diz que já realizou mais de 500 operações de resgate na região, usando inclusive helicópteros.

Inundações e deslizamentos de terra também estão afetando regiões vizinhas como a Toscana e Marche.

Segundo a imprensa local, 350 milímetros de água caíram na região nas últimas 48 horas e mais de 1.000 moradores tiveram que ser evacuados de suas casas.

g1
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O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse nesta quinta-feira (19) que a série de explosões de pagers e "walkie-talkies" do grupo extremista foi uma declaração de guerra por parte de Israel e prometeu vingança.

Nasrallah culpou o governo israelense, que não se pronunciou sobre os casos. E admitiu que as explosões foram um "golpe sem precedentes" para o grupo, mas disse que isso não será o fim do Hezbollah.

Também nesta quinta, Israel começou a colocar em prática a nova ofensiva no norte do país, na fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua. O Exército israelense atacou posições do grupo extremista, que revidou, matando dois soldados de Israel. Na quarta, o governo de Israel anunciou que a movimentação faz parte de uma "nova fase da guerra" focada no Hezbollah.

Em pronunciamento, Nasrallah afirmou estar pronto para uma ofensiva de Israel no sul do Líbano e disse que a operação seria uma "oportunidade histórica" para o Hezbollah. "Estamos em nosso território", afirmou.

O grupo extremista controla boa parte do sul do Líbano, embora não tenha nenhuma ligação formal com o governo do país.

"Recebemos um golpe severo, mas eu asseguro que nossa estrutura não foi afetada", declarou. "É verdade que, tecnologicamente, eles são muito inteligentes. Mas também são muito estúpidos, porque nunca conseguem alcançar seus objetivos".

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que "o país está comprometido a defender Israel contra terroristas como o Hezbollah e os outros grupos armados ligados ao Irã". No entanto, os EUA não querem uma maior escalada nos conflitos do Oriente Médio, segundo Miller.

O chefe do Hezbollah disse também que fará de tudo para que os cidadãos israelenses que vivem no norte do país não consigam voltar para suas casas. Eles foram retirados de suas residências nas últimas semanas, quando os conflitos entre Israel e o Hezbollah aumentaram, e, na quarta-feira, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que os moradores retornariam às suas casas. (Leia mais abaixo)

Sobre os pagers que explodiram na terça-feira (17), Nasrallah afirmou ainda que o grupo extremista tinha mais de 4.000 dispositivos do tipo — pequenos aparelhos de recebimento de mensagem por texto usados nas décadas de 1980 e 1990 —, mas que nenhum deles pertencia ao alto escalão.

Explosões coordenadas detonaram uma série de pagers, na terça-feira (17), e de "walkie-talkies", na quarta-feira (18) no Líbano. Os dispositivos pertenciam a membros do Hezbollah, que os portavam no momento das explosões.

No total, 37 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas no ataque, que se tornou o mais mortal para o Hezbollah desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Ambos os grupos, financiados pelo Irã, lutam contra Israel.

Também nesta quinta, o governo do Líbano proibiu a entrada de pagers e "walkie-talkies" em voos do país. Pelas ruas de Beirute, moradores se mostram temerosos em usar telefones celulares, e alguns até deixaram o aparelho, segundo a imprensa local.

Ofensiva de Israel
Na quarta-feira, após as explosões, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que o foco da guerra está mudando para o norte do país (que faz fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua) e que vai concentrar tropas na região.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em pronunciamento que vai garantir que moradores do norte de Israel realocados por conta dos conflitos com o Hezbollah, voltariam para casa.

"Eu já disse isso antes, nós retornaremos os cidadãos do norte para suas casas em segurança e é exatamente isso que faremos", disse Netanyahu.

As duas explosões, que ocorreram em um intervalo de 24 horas, aumentaram as tensões na região e repercutiu na Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, condenou o uso de "objetos civis" como arma de guerra, e o governo libanês pediu uma reunião no Conselho de Segurança, que será realizada na sexta-feira (20).

Líbano, Irã e Hezbollah acusaram Israel, que ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Aliado do Hezbollah, o Irã disse em carta enviada à ONU que Israel violou a soberania do Líbano e prometeu resposta às explosões.

O Hezbollah, grupo extremista fundado no Líbano, tem atacado o norte de Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Assim como o Hamas, o Hezbollah é financiado pelo Irã. Nas últimas semanas, as tensões entre o grupo extremista e Israel aumentaram, após um ataque do grupo a cidades israelenses no norte.

Explosão de pagers
As explosões dos pagers na terça-feira (17) ocorreram em um intervalo de cerca de uma hora em locais como lojas, praças e supermercados. Doze pessoas, entre elas uma menina de 4 anos, morreram, e cerca de 3.000 ficaram feridas.

O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista.

Israel não se pronunciou, e os EUA negaram terem tido qualquer participação no ataque. Mas a imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.

Segundo o jornal "The New York Times", a suspeita é que Israel implantou explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. Os explosivos foram implantados em um chip, eram indetectáveis e tinham um algoritmo específico para serem ativados, segundo disse nesta quarta a TV libanesa Al Mayadeen.

A publicação afirmou, em reportagem na terça, que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente.

Os equipamentos haviam sido importados ao Líbano da Gold Apollo, fabricante de pagers com sede em Taiwan. A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.

g1
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Uma brasileira de 44 anos, que ainda não teve a identidade confirmada, atropelou sete pessoas, deixando dois mortos e cinco feridos, em Lido di Camaiore, uma cidade litorânea de Lucca, na Itália, nesta quarta-feira (18).

Segundo o jornal italiano "Il Messaggero", ao ser abordada pela polícia e pelas equipes de resgate, a mulher afirmou:

"Não me lembro do que aconteceu. Vocês estão errados. Não fui eu, não é minha culpa".

O relato bate com o de uma testemunha ouvida por outro jornal, o "La Nazione". Um rapaz que passava pelo local contou que ela parecia não ter consciência do que fez e teria dito: "Mas eu não percebi nada".

"Parecia completamente ausente, os olhos perdidos em um vazio difícil até de explicar. Alguém tentou sacudi-la. Parecia não se dar conta de tudo o que havia acabado de acontecer”.

De acordo com o prefeito local, Marcello Pierucci, que postou fotos do acidente em uma rede social, ela trafegava em alta velocidade por uma das vias mais movimentadas da cidade, a via Itálica, quando avançou dois sinais vermelhos e atropelou turistas que atravessavam a rua.

As duas vítimas fatais, jovens turistas da Alemanha de 18 e 19 anos, foram atingidas no primeiro cruzamento. Outra pessoa, uma mulher de 60 anos, também foi atingida e, em estado grave, foi levada de ambulância aérea para um hospital em Pisa.

Uma testemunha, funcionária de um hotel próximo ao local onde estavam as garotas alemãs, contou ao jornal "La Nazione":

“Ouvi um último suspiro, depois mais nada e, diante daquele drama, a motorista não parou".

Depois do primeiro impacto, no segundo cruzamento, a brasileira ainda atropelou outras pessoas, turistas franceses que voltavam da praia: dois deles foram esmagados contra uma coluna de concreto e foram levados para um hospital em Massa; os outros dois foram encaminhados ao hospital local.

O carro da brasileira, que mora na região, só parou quando bateu contra veículos que estavam estacionados na rua. Ela estava acompanhada de outra mulher no banco do carona, que ficou paralisada no assento com o rosto machucado

Após descer do veículo, a motorista esperou a chegada da polícia e foi presa. Segundo a imprensa local, exames toxicológicos foram feitos para saber se ela havia ingerido álcool ou alguma outra substância, mas o resultado foi negativo. Agora ela está em prisão domiciliar e vai responder por duplo homicídio.

Nas fotos postadas pelo prefeito de Camaiore é possível ver a força do impacto dos atropelamentos pela destruição do veículo que a brasileira dirigia.

"As imagens do gravíssimo acidente desta noite em Lido são chocantes. Algo nunca visto antes. O choque pelo ocorrido se une ao pesar pelas duas pobres garotas que morreram e à solidariedade com as famílias dos feridos", lamentou Marcello Pierucci.

Outras testemunhas ouvidas pela imprensa italiana dizem que quem passava pelo local acreditou que se tratasse de um ataque terrorista.

"Pensamos que era um ataque. O carro viajava a uma velocidade vertiginosa, atropelando os pedestres na calçada como se fossem pinos. Cenas horríveis! Nunca esqueceremos. E aquela mulher ao volante ficava dizendo que não tinha feito nada... É um absurdo".

g1
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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abriu 1.100 vagas para cursos de graduação a distância para o 2025.1. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 23 de setembro até o dia 16 de outubro, pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), em https://sigaa.ufpb.br/public/processo-seletivo.

As oportunidades estão distribuídas nos seguintes cursos:

  • Licenciatura em letras Libras – 100 vagas
  • Licenciatura em pedagogia – 100 vagas
  • Licenciatura em ciências agrárias – 150 vagas
  • Licenciatura em letras espanhol – 150 vagas
  • Licenciatura em letras inglês – 150 vagas
  • Licenciatura em letras português – 100 vagas
  • Licenciatura em matemática – 100 vagas
  • Licenciatura em ciências biológicas – 100 vagas
  • Bacharelado em administração pública – 150 vagas

Os cursos são destinados para pessoas que tenham terminado o ensino médio.

Para participar da seleção, também é necessário preencher o formulário de inscrição, informando o número do RG e CPF, e enviá-lo eletronicamente.

Toda a documentação exigida deve ser digitalizada em formato PDF e inserida em arquivo único.

O resultado preliminar da classificação será publicado, no dia 22 de novembro, em uma lista com os nomes dos candidatos aprovados e classificados tanto pela ampla concorrência quanto pela reserva de vagas.

g1 PB
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A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) abriu 1.874 vagas para os processos de transferência voluntária, reingresso e reopção de curso, reopção de turno e ainda para ingresso de graduado.

As inscrições começam nesta quinta-feira (19) e podem ser feitas até o dia 18 de outubro, pela internet, em https://concursos.ufcg.edu.br:8443/PsedPsig2024_2/. A taxa para se inscrever no processo seletivo é de R$ 75.

O resultado final dos classificados na 1ª chamada será publicado até o dia 31 de outubro. O envio da documentação para cadastramento acontecerá de 4 de novembro até às o dia 8 de novembro.

Já a 2ª chamada está prevista para ser publicada no dia 18 de novembro, com o envio da documentação necessária para o cadastramento de 18 a 20 de novembro.

A matrícula em disciplinas será feita nos dias 12 e 13 de novembro, junto às coordenações de curso. O estudante deverá entrar em contato com a coordenação de cada curso para orientações. O começo das aulas está prevista para 18 de novembro de 2024.

g1 PB
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Um homem foi preso em Campina Grande após tentar agredir o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Cunha Lima (União), na noite desta quarta-feira (19). O incidente ocorreu após um debate entre os candidatos à prefeitura, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Agreste da Borborema (Sintab).

O suspeito é João Paulo Frutuoso de Sousa, de 44 anos, candidato a vereador pelo partido Agir 36. Ele teria arremessado uma lata de cerveja contra Bruno Cunha Lima, segundo testemunhas. João foi detido e levado à Central de Polícia.

A Polícia Militar e a Polícia Civil de Campina Grande foram oficiadas pelo partido para apurar o caso.

Em nota, o partido Agir 36 condenou qualquer ato de violência, mas segundo o diretório, a atitude de João Paulo teria sido provocada por gestos feitos pelo prefeito em direção à militância do partido. O Agir também questionou a detenção do candidato, alegando que não haveria justificativa clara para a prisão.

A campanha de Bruno Cunha Lima divulgou nota criticando o "crescimento da violência política retórica na política brasileira, sempre com desdobramentos e consequências condenáveis". E afirma que reforça o "compromisso de fazer uma campanha propositiva e respeitosa".

g1 PB
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A prisão de Eduardo dos Santos Pereira, o mentor da “Barbárie de Queimadas”, completa seis meses nesta quinta-feira (19). Após três anos foragido, o condenado foi preso em março deste ano, em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Apesar dos pedidos de recambiamento para que ele cumpra pena na Paraíba, a transferência de Eduardo ainda não foi cumprida.

Ao longo dos últimos meses, a Justiça da Paraíba analisou três pedidos da defesa de Eduardo dos Santos para que o acusado cumpra pena no Rio de Janeiro. Eles alegam a necessidade de garantir a visitação familiar, a melhor ressocialização do preso e garantir sua integridade física. Atualmente, o condenado está preso no Presídio de Benfica, no município do Rio de Janeiro.

Nos primeiros dias após a prisão, a Justiça da Paraíba solicitou uma posição da Gerência Executiva do Sistema Prisional (Gesipe), órgão responsável pelos processos de transferência e recambiamento de presos. A Gesipe informou que o crime ocorreu na Paraíba e que é do interesse do sistema penitenciário paraibano que o condenado cumpra pena no estado.

Além disso, a Gesipe afirmou que o criminoso deve retornar ao Presídio de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1, de onde fugiu em novembro de 2020. Segundo o órgão, o local é adequado para garantir a integridade física do preso.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também foi chamado a se manifestar e negou o pedido da defesa, reforçando que o preso deve cumprir pena na Paraíba.

Ao analisar um dos pedidos, ainda em março, a juíza Andrea Arcoverde ressaltou que não é direito do apenado escolher o local onde deseja cumprir pena, devendo-se observar a conveniência e o interesse da administração penitenciária.

Todos os pedidos da defesa de Eduardo dos Santos foram negados pela Justiça da Paraíba. O último pedido para que Eduardo dos Santos cumpra pena na Paraíba foi assinado no dia 16 de setembro, também pela juíza Andrea Arcoverde. A magistrada encaminhou a decisão para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e reiterou a solicitação de autorização de recambiamento do apenado para o Estado da Paraíba.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), perguntou se receberam a decisão e quais serão os próximos passos para a transferência de Eduardo para a Paraíba, mas não houve resposta até o momento.

Também houve contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, que informou que não foram notificados sobre decisão de transferência de Eduardo dos Santos.

A Gesipe da Paraíba disse que até o momento também não recebeu determinação, autorização ou requerimento formal por parte da Justiça do Rio de Janeiro ou da Paraíba para realizar o recambiamento do acusado.

O g1 também não conseguiu localizar a defesa de Eduardo dos Santos Pereira.

Família das vítimas pedem transferência para presídio federal
Os familiares de Izabelle Pajuçara e Michelle Domingos, vítimas que morreram na "Barbárie de Queimadas", solicitaram à Justiça da Paraíba, ainda em março, que Eduardo dos Santos Pereira seja transferido diretamente para um presídio federal. De acordo com a petição judicial, as famílias vivem assustadas e acreditam que ele tentará fugir novamente se for encaminhado para um presídio estadual.

“O lugar certo para custodiar Eduardo é um presídio federal, onde terá tratamento diferente do que teve (...) dificultará as possibilidades de uma nova fuga, ao tempo que confortará às famílias que, há tanto tempo, vivem com um sentimento de insegurança e angústia”, afirmou a defesa dos familiares das vítimas em petição.

A prisão no Rio de Janeiro
Mentor da "Bárbarie de Queimadas", Eduardo dos Santos Pereira estava sozinho na casa em que morava quando foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Rio das Ostras, município do Rio de Janeiro.

Ele vinha usando um documento falso, em nome de um idoso de 62 anos, e contou com a ajuda operacional e financeira de familiares e, por um período, de um grupo criminoso. Foi depois que a ajuda desse grupo criminoso findou, que a Polícia Civil da Paraíba teve mais facilidade em mapear o paradeiro do fugitivo.

O fugitivo estava morando em uma pequena casa alugada e levava uma vida simples e reclusa, utilizando uma bicicleta como meio de transporte. Eduardo dos Santos estava em Rio das Ostras há aproximadamente seis meses. Anteriormente, ele estava em Macaé, onde teria vivido por cerca de um ano.

Delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo afirmou que Eduardo fugiu da Paraíba direto para a comunidade da Rocinha, no município do Rio de Janeiro, onde o pai dele mora e tem um bar. E onde ele morava antes de se mudar para Queimadas, no interior da Paraíba.

"Ele tinha uma uma vida pregressa no Rio de Janeiro. Chegou em Queimadas e com ele veio o costume de ter, possuir, fazer o que bem queria com a mulher que quisesse. Depois de cometer o crime e conseguir fugir, voltou para o local onde se sentia protegido", explicou o delegado-geral.

André Rabelo destaca que, desde a época de Queimadas, Eduardo já apresentava um estilo incompatível com a sua renda declarada. E que essa realidade continuou depois da fuga, já que Eduardo nunca trabalhou em todo esse tempo. O delegado explicou ainda que a ajuda financeira e operacional de um grupo criminoso do Rio de Janeiro só foi suspenso no primeiro semestre de 2023, pouco depois de o programa Linha Direta, da TV Globo, ir ao ar.

Relembre a fuga do PB1
O criminoso fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1, no dia 17 de novembro de 2020. Eduardo trabalhava na cozinha e quando um policial penal esqueceu um molho de chaves no local onde o detento trabalhava, ele pegou as chaves, abriu o almoxarifado e saiu pela porta lateral do presídio.

No programa Linha Direta no dia 11 de maio de 2023, o delegado da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Tércio Chaves, informou que Eduardo se aproveitou da confiança que adquiriu com o bom comportamento dentro do presídio.

No momento da fuga, quatro policiais penais faziam a segurança do setor e foram encaminhados à Central de Polícia para prestar esclarecimentos. Um deles foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado.

Segundo Tércio Chaves, o policial penal que teria esquecido as chaves foi indiciado, mas o Ministério Público da Paraíba (MPPB), até maio de 2023, não havia oferecido denúncia contra ele.

A ‘Barbárie de Queimadas’
A "Barbárie de Queimadas" aconteceu em 2012 quando cinco mulheres foram brutalmente estupradas durante uma festa de aniversário, por homens que elas consideravam serem seus amigos. Entre elas estavam Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, mortas de forma violenta porque, durante os estupros, identificaram os agressores.

Conforme as investigações, os abusos foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam convidado outros homens para abusar sexualmente das convidadas na festa de aniversário de Luciano. Segundo informações contidas no processo, o crime seria um “presente” para o aniversariante.

Eduardo foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.

Além de Eduardo, outros seis homens foram considerados culpados e receberam sentenças, enquanto três adolescentes foram sentenciados a cumprir medidas socioeducativas.

O mentor do estupro coletivo foi preso em 2012, condenado em 2014 e estava foragido desde 2020, quando fugiu do presídio estadual de segurança máxima pela porta lateral. O caso foi tema do programa Linha Direta, em maio de 2023.

g1 PB
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A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), de João Pessoa, foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a segunda etapa de uma operação da Polícia Federal (PF) que tinha o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores.

Ela é candidata à reeleição e é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de violência e de outros meios ilegais para tentar obrigar que pessoas de determinados bairros votassem nela. Além de Raíssa, outras três pessoas foram presas. Um quinto suspeito com mandado de prisão ainda está sendo procurada.

As quatro tiveram a prisão mantida após audiência de custódia. Pollyanna, Taciana e Kaline foram encaminhadas para a Penitenciária Júlia Maranhão. Já a vereadora Raíssa Lacerda foi levada para o Quinto Batalhão de João Pessoa.

A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. "Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação 'Território Livre' e a verdade virá à tona e será esclarecida". O g1 tentou contato com a defesa dos demais envolvidos, mas não obteve resposta.

Confira as pessoas já presas:

  • Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa e suspeita de liderar o esquema
  • Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar
  • Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida
  • Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus. Suspeita de ter ligação com facções do bairro.

Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos é suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar. O advogado Aécio Farias, da defesa de Pollyana, informou que ela "nega veementemente qualquer conduta ilícita" e que também entrou com um pedido de habeas corpus.

Taciana Batista do Nascimento era usada para exercer influência na comunidade e é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. A defesa dela foi contatada, mas não havia emitido posicionamento até a última atualização desta notícia.

Kaline Neres é articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e suspeita de ter ligação com facções do bairro. O advogado Emanuel de Alcântara, responsável pela defesa de Kaline, informou que "não tem nenhum material comprobatório que incrimine e nem que caracterize os crimes incrutados a ela". A defesa comunicou também que entrou com um pedido de habeas corpus.

Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão em diferentes bairros da cidade. Policiais federais compareceram mais cedo ao centro comunitário Ateliê da Vida, localizado no São José, que é um dos alvos dos mandados. Documentos foram levados do local para auxiliar nas investigações e para servir como provas eventuais.

A Procuradoria-Geral da Câmara Municipal de João Pessoa, por meio de nota, informou que "vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre" e que "confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal".

Operação Território Livre
A operação é batizada de "Território Livre", em referência à liberdade que os eleitores devem ter de ir e vir e também de exercer o seu voto. No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada. Naquele dia, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos e R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos.

Naquela oportunidade, Raíssa já era alvo da operação, porque um dos mandados de busca aconteceu na residência da vereadora. Ela alegou à época que era vítima de perseguição.

Na atual legislatura, Raíssa Lacerda ficou como suplente, mas assumiu a titularidade da vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que morreu no fim de maio deste ano devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral isquêmico. Antes de retornar à Câmara Municipal, Raíssa era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.

Ela foi presa dois dias antes da proibição de prisão de candidatos estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitor (TSE) durante o período eleitoral. A partir deste sábado (21), candidatos não podem ser presos, salvo no caso de flagrante delito.

O que é o aliciamento eleitoral, de acordo com o TRE?
Aliciamento de eleitor é a prática adotada por candidato, partido ou correligionário que consiste na tentativa de convencer o eleitor, utilizando-se de meios ilegais, a votar em candidato ou partido diferente daquele em que naturalmente votaria, não fosse a ação de convencimento.

O aliciamento é crime eleitoral, e é punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a 15 mil UFIRs.

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A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraíba (OAB-PB) realizou ao longo desta quarta-feira (18) a eleição do quinto constitucional, que definiu a lista sêxtupla para escolha de novo desembargador ou nova desembargadora do Tribunal de Justiça da Paraíba. De acordo com o presidente da OAB-PB, os nomes escolhidos foram:

  • ANNA CARLA LOPES CORREIA LIMA DE FREITAS
  • BRENO WANDERLEY CESAR SEGUNDO
  • BRUNO AUGUSTO ALBUQUERQUE DA NÓBREGA
  • THIAGO LEITE FERREIRA
  • NEVITA MARIA PESSOA DE AQUINO FRANCA
  • FLÁVIA DE PAIVA MEDEIROS DE OLIVEIRA

A votação começou às 8h e seguiu até 17h. A eleição aconteceu em João Pessoa, no Clube Cabo Branco, e também nas 11 subseções da entidade no interior paraibano, localizadas nas cidades de Mamanguape, Campina Grande, Guarabira, Patos, Monteiro, Princesa Isabel, Sousa, Cajazeiras, Pombal, Catolé do Rocha e Piancó.

Podiam participar da disputa advogados e advogadas em dia com as obrigações financeiras com a OAB-PB e que comprovassem um período de 10 anos de efetivo exercício profissional. Era necessário também pagar uma taxa de inscrição de R$ 1,5 mil. Ao todo, 22 candidatos disputam o cargo.

Em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), a eleição vai contou com 63 urnas eletrônicas.

Cada advogado eleitor escolheu entre um e seis nomes para votar. Ao término do processo, todos os votos foram computados e a lista sêxtupla vai ser formada pelos três homens e pelas três mulheres mais votadas. Essa é a primeira vez que a formação da lista sêxtupla para escolha de desembargador na Paraíba será paritária.

Pelas regras do processo, a lista com seis nomes será enviada para o Tribunal de Justiça da Paraíba, que vai definir uma lista tríplice a ser enviada ao governador. É o chefe do Poder Executivo quem define o nome para ocupar uma cadeira no TJ.

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