Fevereiro 01, 2025
Arimatea

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A Câmara dos Deputados aprovou projeto que concede novo prazo de um ano para proprietários de arma de fogo pedirem o registro, devendo comprovar a posse lícita da mesma. O Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) permitiu essa regularização apenas até 31 de dezembro de 2008.

A norma consta do Projeto de Lei 9433/17, do Senado, que disciplina a destinação de armas apreendidas a órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. Devido às mudanças feitas pelos deputados, o projeto retorna ao Senado para nova votação.

O texto aprovado pelo Plenário nesta quarta-feira (11) é um substitutivo do relator, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO).

Segundo o texto, poderá ser regularizada qualquer arma em posse do interessado, mesmo antes da data prevista no Estatuto do Desarmamento. O possuidor ou proprietário da arma poderá pedir inclusive o registro provisório.

Como o texto retira a referência à Polícia Federal enquanto órgão registrador, isso abriria a possibilidade de regulamentar a competência de outro órgão federal para emitir o certificado provisório, como o Comando do Exército, que já autoriza a compra de arma de uso restrito por parte de militares e policiais.

Requisitos para compra
O substitutivo também muda requisitos para a compra de arma de fogo, limitando a alguns tipos de crimes a exigência de não estar respondendo a qualquer inquérito policial ou processo criminal.

A partir do texto de Alexandrino, poderão comprar arma de fogo e registrá-la em seu nome aqueles que estiverem respondendo a inquérito policial ou processo criminal, exceto por:

  • crime doloso contra a vida;
  • crime qualificado como hediondo ou a este equiparado;
  • crime contra a dignidade sexual, tentado ou consumado;
  • crime tipificado na Lei Maria da Penha;
  • crime cometido contra o patrimônio com o uso de violência; ou
  • crime de ameaça ou cometido com grave ameaça.

Assim, quem estiver respondendo por furto poderá comprar uma arma.

Por outro lado, o texto deixa mais claro que, além de continuar a ter de fornecer certidões negativas de antecedentes criminais, o interessado não poderá ter sido condenado por sentença com trânsito em julgado e não poderá estar sob restrição por medida protetiva, como a relacionada a violência doméstica (manter distância da vítima).

Outras condições exigidas em lei não são mudadas, como comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo.

Renovação
Quanto à periodicidade de renovação do certificado de registro de arma de fogo, o texto aprovado prevê o aumento de três para cinco anos. Contrariamente ao regulamento atual, o prazo para comprovar a manutenção dos requisitos contará a partir da emissão do certificado anterior.

O regulamento prevê que o processo de renovação deve começar antes do fim do prazo do certificado vigente a fim de não haver interrupção da autorização de posse.

Disparo em público
Quanto ao crime inafiançável de disparar arma de fogo em público, haverá uma exceção: se for para legítima defesa ou de outra pessoa.

Atualmente, o Estatuto do Desarmamento prevê reclusão de 2 a 4 anos para quem disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.

Armas de uso restrito
Em artigo que remete ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a compra de armas de fogo de uso restrito, o substitutivo aprovado inclui nova exceção em que não se aplica a autorização, atualmente apenas dispensada para os comandos militares.

Assim, as instituições policiais federais e estaduais não precisarão dessa autorização.

Armas ligadas a processo
Segundo o Código de Processo Penal, coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.

Com o projeto aprovado, aquelas, inclusive armas, que tiverem sido objeto de exame pericial definitivo deverão ser restituídas ou ter a destinação definida em lei.

A fim de especificar situações em que a coisa não deverá ser mantida para o andamento do processo, o relator cita aquelas cuja conservação for impossível, custos ou desaconselhável (como armas de grosso calibre) ou armas apreendidas por contrabando ou descaminho e ainda as coisas sujeitas a pena de perdimento.

Destruição ou doação
O texto aprovado pela Câmara estipula outras regras sobre destinação de armas apreendidas, diferentes daquelas propostas pelo Senado, e cria uma lista de prioridades de órgãos destinatários.

O armazenamento em instalações do Poder Judiciário só poderá acontecer em casos excepcionais e desde que devidamente justificados pelo juiz. No geral, as armas devem ficar na delegacia policial ou nas dependências do órgão encarregado de realizar o exame pericial.

Após passar por perícia do Exército, as armas, acessórios e munições poderão ser doadas às Forças Armadas e aos órgãos de segurança pública segundo o padrão de uso de cada instituição, com preferência na seguinte ordem, exceto aquelas de uso proibido ou de uso restrito:

  • órgãos de segurança pública do estado em que se deu a apreensão;
  • órgão de segurança pública que tiver a menor relação de armas por integrante efetivo da instituição solicitante;
  • órgão de segurança pública cuja sede se localize em área de maior criminalidade;
  • guardas municipais; e
  • Polícia Legislativa Federal.

Entretanto, a critério do Comando do Exército, armas de fogo, acessórios e munições fora do padrão de qualquer das instituições, mesmo aquelas de uso proibido ou de uso restrito, poderão ser doados com “razoável justificação”.

Sem número
No caso de arma de fogo apreendida sem número de série ou sem outros elementos de identificação, mas que estiver em perfeito estado de conservação e própria para uso, será renumerada pelo Comando do Exército, que providenciará novo registro para doação aos órgãos de segurança.

Boa-fé
Ficam de fora das regras de doação após apreensão, as armas apreendidas pertencentes ao ofendido ou a terceiro de boa-fé. Nesse caso, deverão ser restituídas ao legítimo proprietário em 30 dias depois da decisão judicial correspondente.

O relator do projeto, deputado Ismael Alexandrino, afirmou que um país com grandes dificuldades financeiras e de equilíbrio fiscal, como o Brasil, "não pode se dar ao luxo" de destruir armamento que pode ser empregado pelas forças de defesa e de segurança pública.

Alexandrino também defendeu a possibilidade de renovar o registro de armas. "Impossibilitar o registro não extinguirá a existência das armas, elas continuarão a existir, permanecendo na ilegalidade como 'armas frias', na clandestinidade, muitas vezes sendo usadas na criminalidade ou para 'esquentar' supostos conflitos", disse.

Debate em Plenário
Durante a discussão do projeto em Plenário, a deputada Delegada Katarina (PSD-SE) defendeu o cadastro de armas recebidas de herança e de colecionadores. "Armas que estavam na clandestinidade passam a poder ser monitoradas", explicou.

Já o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do governo, criticou o projeto por flexibilizar o Estatuto do Desarmamento. "Tem uma lista de crimes que, antes, uma pessoa com inquérito não poderia registrar. A partir de agora, poderá registrar", disse.

Segundo ele, seu partido defende uma linha de controle rígido sobre armas e munições. "Entendemos que mais armas circulando é mais violência contra nosso povo."

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) disse ser contra flexibilizar a legislação porque a proposta vai ampliar a mobilidade de armas na sociedade.

Agência Câmara
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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, por 31 votos a 20, proposta que estabelece o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação de votos da urna eletrônica. O projeto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico. 

O texto aprovado é substitutivo do deputado José Medeiros (PL-MT) ao Projeto de Lei 1169/15, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A proposta, que muda a Lei das Eleições, segue para a análise do Plenário.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Recontagem obrigatória
De acordo com o texto, imediatamente após o encerramento da votação, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas aleatoriamente para a contagem pública dos votos.

Essa escolha será feira por meio de sorteio público não-eletrônico, com a presença de representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades interessadas. 

A urna será aberta pela mesa receptora diante dos fiscais, e cada voto será retirado individualmente do repositório e lido em voz alta. Em seguida, apresentado pelo membro da mesa para exame visual e subsequente registro no boletim de urna. 

Os resultados da contagem pública e sua comparação com os dados eletrônicos serão registrados em ata, assinada por todos os presentes, e disponibilizados ao público para consulta.

Se houver discrepância na amostragem entre a apuração eletrônica e a apuração pública, prevalecerá o resultado do escrutínio público. Uma nova amostragem, de 10% das seções eleitorais do País, será selecionada, para novo escrutínio.  

Os votos conferidos serão guardados em urna com lacre assinado pelos participantes da apuração e preservados por um ano para eventuais recontagens.

Credibilidade
“Ao adotar essa medida, o processo eleitoral brasileiro reforçará sua credibilidade, assegurando aos eleitores que os resultados refletem fielmente a vontade popular”, defendeu o relator, José Medeiros.

Segundo ele, a presença de diversas entidades durante a seleção e recontagem das urnas promove a participação cidadã e o controle social, "elementos fundamentais em uma democracia sólida”.

Desconfiança
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou a votação da proposta. “A urna eletrônica é uma conquista democrática e civilizatória”, disse. “Não vejo o projeto como o fim do mundo, mas ele tem como substrato um ambiente de desconfiança na urna eletrônica”, criticou. 

A deputada Bia Kicis (PL-DF), por outro lado, defendeu o texto. “É uma tentativa de trazer mais transparência ao processo eleitoral. Quem pode se opor a mais transparência? Não existe nenhum processo impassível de ser melhorado”, afirmou.

PEC rejeitada
Em 2021, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições (PEC 135/19).

Agência Câmara
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O governador João Azevêdo manteve, nesta quarta-feira (11), em Brasília, audiências nos Ministérios das Relações Institucionais e da Saúde, na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e Secretaria do Tesouro Nacional (STN), ocasião em que discutiu investimentos em turismo, saúde, segurança hídrica e agricultura para o estado.

No Ministério das Relações Institucionais, o chefe do Executivo estadual se reuniu com o ministro Alexandre Padilha, oportunidade em que tratou de investimentos em saúde e tramitação de operações de crédito.

No Ministério da Saúde, João Azevêdo manteve audiência com o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha. Na reunião, foi debatida parceria com o Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba (Lifesa).

Na STN, o gestor foi recebido pelo secretário Rogério Ceron, oportunidade em tratou de operações de crédito em andamento na Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), dentre eles, o Procase II, destinado a investimentos na agricultura familiar e a segunda etapa do Projeto de Segurança Hídrica (PSH), em parceria com o Banco Mundial.

Por fim, João Azevêdo se reuniu com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ocasião em que apresentou o projeto do Polo Turístico Cabo Branco e o bom momento do turismo na Paraíba. Ele também pleiteou o apoio da Embratur para atração de voos internacionais para o estado.

“Tivemos uma agenda bastante intensa e produtiva durante todo o dia, nossos pleitos foram acolhidos pelos Ministérios e órgãos do governo federal e tenho certeza de que avançaremos nas demandas apresentadas que irão garantir mais investimentos para mantermos esse ritmo de desenvolvimento, de geração de emprego e renda que tem melhorado a vida da população paraibana”, frisou.

As audiências foram acompanhadas pelo secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga; pelo secretário executivo da Representação Institucional, Adauto Fernandes; e pelo chefe de Gabinete do Governador, Ronaldo Guerra.

Governo da Paraíba
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A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,75 ponto.

Em comunicado, o Copom atribuiu a elevação acima do previsto às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.

“O comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa”, destacou o comunicado.

Essa foi a terceira alta seguida da Selic. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, caiu para 0,39%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração foi puxada pela bandeira verde nas contas de luz e pela queda nos combustíveis, mas o preço dos alimentos, principalmente da carne, e das passagens aéreas continuou a subir.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 4,31% a previsão para o IPCA em 2024, mas a estimativa pode subir ainda mais mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%, acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,71%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 4,9% em 2024 (acima do teto da meta), 4,5% em 2025 e 4% no acumulado em 12 meses no fim do segundo trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,6% em 2024, de 3,9% em 2025 e de 3,6% no acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026

Crédito mais caro
O mercado projeta crescimento maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 3,39% do PIB em 2024.

O número foi revisado após o crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Agência Brasil
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O governo interino da Síria disse que suspenderá a Constituição e o Parlamento do país por um período de três meses, durante a fase de transição, informou a agência France Presse (AFP) nesta quinta-feira (12).

A oposição na Síria, que negocia a transição de governo com a equipe de Assad, havia nomeado o líder oposicionista Mohamed al-Bashir para o cargo de primeiro-ministro interino e indicado que a transição duraria até 1º de março de 2025.

Ainda não foram publicados mais detalhes sobre as suspensões da Constituição do Parlamento até a última atualização desta reportagem. Ainda não se sabe se o corpo parlamentar continuará o mesmo após a transição.

O governo do ditador Bashar al-Assad foi derrubado no último final de semana, após 25 anos da ditadura, pelo grupo rebelde juhadista HTS, que faz parte da oposição síria. Desde então, a oposição negocia termos da transição com membros remanescentes da gestão Assad para uma transição tranquila, como ordenada pelo agora ex-ditador.

Retomada inesperada e fim da guerra na Síria
O grupo rebelde jihadista HTS tomou a capital síria Damasco no último final de semana e derrubou o governo de Bashar al-Assad. O ditador se mantinha no poder com apoio militar de aliados como a Rússia e o Irã.

A guerra civil na Síria começou em 2011 e, nos últimos quatro anos, parecia estar adormecida. Após um período sangrento de confrontos, que deixaram cerca de 500 mil mortos e causaram um enorme êxodo de sírios, o ditador conseguiu manter o controle sobre a maior parte do território graças ao suporte da Rússia, do Irã e da milícia libanesa Hezbollah.

No entanto, agora a Rússia está em guerra com a Ucrânia, e o Irã vive um conflito com Israel. O Hezbollah, por sua vez, perdeu seus principais comandantes neste ano, mortos em ataques israelenses.

Para os analistas, essa situação faz com que nem Putin nem o regime iraniano estejam dispostos a entrar de cabeça em mais uma guerra.

Um porta-voz do governo da Ucrânia disse que a escalada do conflito na Síria mostra que a Rússia não consegue lutar em duas guerras ao mesmo tempo.

Informações publicadas no sábado indicam que o Hezbollah e o regime iraniano estão retirando tropas que mantêm na Síria.

O cientista político Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas, diz que não é uma coincidência a ofensiva ter sido lançada agora.

"Aqueles que eram os três principais aliados do governo Assad, Hezbollah, Irã e Rússia, estão meio que fora desse envolvimento direto com o conflito, o que abriu uma oportunidade para que os rebeldes tentassem retomar certas posições estratégicas dentro do país. Aleppo, sendo a segunda maior cidade da Síria, é o primeiro destino que eles ocuparam."

Segundo o professor, o acirramento do conflito pode ter consequências em todo o Oriente Médio. Se Assad cair, afirma ele, isso pode criar um vácuo de poder e escalar ainda mais as guerras que envolvem Israel, Hamas, Hezbollah e Irã.

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Campeão da Conmebol Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o Botafogo é o único clube a acumular mais de R$ 200 milhões em premiações entre os times da Série A do Brasil. Considerando os títulos das duas competições e as participações na Copa do Brasil e Copa Intercontinental, o Botafogo recebeu R$ 261.410.250,00. Só na Libertadores, o clube embolsou cerca de R$ 202 milhões.

O segundo clube na lista de mais premiados no Brasil é o rival Flamengo. A Copa do Brasil foi a competição que mais ajudou o Rubro-Negro a chegar aos R$ 178.355.770,00 já que a CBF deu ao clube R$ 93 milhões pelo título conquistado na Arena MRV em cima do Atlético-MG.

O Galo vem logo atrás nas premiações. Por mais que tenha batido na trave tanto na Conmebol Libertadores quanto na Copa do Brasil, acumulou duas premiações robustas e, se tivesse ido melhor no Brasileirão, poderia estar na segunda colocação. No total, a equipe mineira recebeu R$ 6 milhões a menos que o algoz Flamengo na competição nacional.

Campeão da Supercopa do Brasil, o São Paulo é o quarto na lista de times e quem fecha as equipes com premiação acima de R$ 100 milhões em 2024 entre os times da Primeira Divisão. A maior parte é oriunda da campanha na Libertadores, quando foi eliminado nas quartas de final para o campeão Botafogo.

*O valor final pode variar por causa do câmbio nas premiações internacionais. Os cálculos desta reportagem foram feitos tendo como base o dólar a R$ 6,05, valor no dia 10 de dezembro.

  1. Botafogo: R$ 261.410.250,00
  2. Flamengo: R$ 178.355.770,00
  3. Atlético-MG: R$ 172.468.950,00
  4. São Paulo: R$ 101.800.785,00
  5. Palmeiras: R$ 95.573.435,00
  6. Corinthians: R$ 77.517.430,00
  7. Fluminense: R$ 76.337.670,00
  8. Fortaleza: R$ 69.195.637,00
  9. Cruzeiro: R$ 62.613.197,50
  10. Grêmio: R$ 54.678.420,00
  11. Internacional: R$ 54.549.397,50
  12. Bahia: R$ 49.420.607,00
  13. Vasco: R$ 49.300.000,00
  14. Bragantino: R$ 39.894.580,00
  15. Juventude: R$ 30.300.000,00
  16. Athletico-PR: R$ 29.303.780,00
  17. Vitória: R$ 25.422.705,00
  18. Cuiabá: R$ 15.949.397,50
  19. Atlético-GO: R$ 9.000.000,00
  20. Criciúma: R$ 5.600.000,00

Os valores do Campeonato Brasileiro foram divulgados pelo site da CNN em matéria publicada no último dia 8 de dezembro. A ausência de premiação no Brasileirão para os clubes rebaixados faz com que eles figurem entre os cinco times com menores premiações em 2024. Inclusive, a diferença de premiação entre o primeiro colocado e o último é de 45 vezes.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou na manhã desta quinta-feira (12) um novo procedimento cirúrgico em um hospital particular de São Paulo, a fim de evitar novos sangramentos na cabeça. De acordo com a equipe médica, a cirurgia começou por volta de 7h10. “O procedimento acabou de terminar. Começou às 7h10, 7h15. Foi um sucesso, conseguiu nebulizar aquela artéria. Na coletiva, vocês vão ter mais detalhes. O presidente está acordado, conversando”, disse Roberto Kalil Filho.

A necessidade de complementação da cirurgia foi divulgada pela equipe do presidente em boletim médico na tarde desta quarta-feira (11). “Como parte da programação terapêutica, fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)”, detalhou o texto. A intervenção é pouco invasiva, segundo os médicos de Lula. O procedimento é feito em uma sala de cateterismo.

Kalil havia afirmado que a nova operação estava prevista no cronograma inicial. Porém, a data para realização do procedimento só foi definida pela equipe médica na última quarta-feira. Segundo o médico, partiu de Lula a ordem para divulgar à imprensa essa segunda operação. Ainda nesse contexto, os profissionais não citaram a nova cirurgia até que a informação vazou para a imprensa.

Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, o procedimento ao qual Lula será submetido nesta quinta é feito por cateterismo. “Não tem incisão, corte, nada. É uma punção que a gente faz para poder chegar até a artéria meníngea média, que é a artéria que normalmente irriga a cápsula responsável pelo sangramento do hematoma que o presidente teve”, explicou. A equipe médica do presidente informou que a intervenção será feita a partir da artéria femoral, com uma punção na virilha.

Entenda o quadro
O petista sentiu dor de cabeça e indisposição durante a agenda da última segunda-feira (9). Na sequência, deu entrada em um hospital privado em Brasília e foi transferido para a unidade de São Paulo. Na capital paulista, passou por uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma. O procedimento ocorreu sem intercorrências e Lula está bem e sob monitoramento em leito de UTI.

De acordo com os médicos, a hemorragia de Lula decorre da queda sofrida no banheiro, no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro. Na ocasião, o acidente doméstico resultou em um ferimento na parte de trás da cabeça, que exigiu cinco pontos de sutura. Após o episódio, diversas viagens internacionais foram canceladas por recomendação médica. O presidente tem 79 anos.

“Esse tipo de complicação pode acontecer, principalmente em pessoas de maior idade. E o que acontece é que a pessoa tem a queda, às vezes nem lembra e o hematoma pode aparecer meses depois. Como o presidente foi acompanhado, fez exames de rotina e conseguimos ver a evolução toda do hematoma, sendo diminuído e, com a queixa da dor de cabeça, fizemos exame e comparamos com o exame anterior, e aumentou... A gente fez o procedimento para que esse hematoma não comprima o cérebro, então fica sem sequela. O cérebro está livre de qualquer compressão ou lesão. O hematoma foi drenado totalmente”, informou o médico Rogério Tuma.

R7
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Devido à internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um hospital particular em São Paulo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin vai presidir nesta quinta-feira (12) a quarta reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, chamado de Conselhão.

O encontro será conduzido pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. De acordo com o governo, serão assinados decretos e acordos de cooperação de propostas estabelecidas no contexto da atuação do Conselhão. A agenda prevê, ainda, uma série de painéis e mesas temáticas.

O órgão vai anunciar também pontos da missão 5 do Nova Indústria Brasil. O programa tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033. A missão 5 da iniciativa aborda projetos industriais de bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas.

É a quarta vez que o grupo se reúne de forma ampla. O Conselhão foi retomado em maio de 2023. O grupo conta com 246 integrantes e é responsável por assessorar o chefe do Executivo na formulação de políticas e diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico social sustentável.

Cirurgia de Lula
Alckmin assume o comando do grupo em substituição a Lula, que está internado após uma cirurgia de emergência. O petista sentiu dor de cabeça e indisposição na última segunda-feira (9). Na sequência, deu entrada em um hospital privado em Brasília e foi transferido para São Paulo. Na capital paulista, passou por uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma. O procedimento ocorreu sem intercorrências e Lula se recupera bem.

Nesta quinta, o presidente será submetido a um novo procedimento na cabeça. A intervenção, que deve durar cerca de uma hora, é pouco invasiva e complementa a cirurgia feita na terça (10). A operação está marcada para as 7h, e não será necessária transferência para o centro cirúrgico — o procedimento será feito em uma sala de cateterismo. Apesar de a cirurgia ser simples, Lula terá de ser sedado.

Esse segundo procedimento será feito para evitar novas hemorragias no futuro, segundo a equipe médica que acompanha Lula.

De acordo com os médicos, o sangramento que o presidente teve nesta semana é consequência da queda sofrida no banheiro, no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro. Devido ao acidente, ele sofreu um corte na parte de trás da cabeça e precisou levar cinco pontos.

R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a uma nova cirurgia na cabeça nesta quinta-feira (12), em um hospital particular de São Paulo (SP). Segundo boletim médico divulgado na tarde desta quarta (11), o segundo procedimento é complementar à intervenção feita na terça (10). “Como parte da programação terapêutica, fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)”, explica o boletim.

O petista segue na UTI, mas recebeu visitas de familiares nesta quinta (12), caminhou e fez fisioterapia. “Passou o dia bem, sem intercorrências”, completa o documento. Não há previsão de alta hospitalar, mas a expectativa é que o presidente retorne a Brasília (DF) no início da próxima semana.

O procedimento endovascular é pouco invasivo e envolve o bloqueio do fluxo sanguíneo para impedir a expansão do hematoma. O quadro de Lula decorre da queda sofrida em outubro, em um banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. O acidente doméstico causou uma hemorragia intracraniana.

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A perna pesou, e o Botafogo viu o sonho da Copa Intercontinental durar somente 90 minutos no Catar. Em sua 75ª partida em 2024 e vindo de uma sequência de decisões desgastantes, o Glorioso não foi páreo para o Pachuca, nesta quarta-feira, no Estádio 974, em Doha, pelas quartas de final. Idrissi, com um golaço, Deossa e Rondón construíram o 3 a 0 para os mexicanos no segundo tempo e mandaram os brasileiros para casa.

Real fica na espera...
Com o resultado, o Pachuca mede forças com o Al-Ahly, do Egito, sábado, novamente no Estádio 974, pela semifinal da Copa Intercontinental. A finalíssima está marcada para a próxima quarta-feira, no Lusail, diante do Real Madrid. Já o Botafogo volta para casa e entra de férias após a temporada mais vitoriosa de sua história.

Primeiro tempo
Já na escalação Artur Jorge deixou claro que o Botafogo precisava de fôlego. Ao deixar Alex Telles, Marlon Freitas, Savarino e Almada no banco, o treinador optou por uma melhor condição física que acabou sendo importante para equilibrar um primeiro tempo de muitas disputas de corpo e correria. O Pachuca tentou subir a pressão, dificultar a saída de bola, e o Botafogo tratou de apostar em bolas longas para Luiz Henrique e Matheus Martins. O resultado foi uma etapa inicial sem muita emoção.

Por mais que nitidamente tivesse maior refino no trato com a bola, o Botafogo mal conseguia levar perigo ao gol de Moreno. E o cenário com o Pachuca não foi muito diferente. Os mexicanos tinham mais perna, mais força e menos capacidade técnica. Com um Rondón trombador no ataque para ajeitar a bola para os companheiros, os mexicanos apostaram em arremates de média distância sem muito eficiência em um primeiro tempo de dar sono.

Segundo tempo
Na volta do intervalo, o Pachuca seguiu com ritmo forte, marcação alta e logo saiu na frente com um golaço. O marroquino Idrissi driblou dois, tabelou e driblou mais dois para deslocar John com um chute forte. Foi o suficiente para Artur Jorge lançar sua tropa de choque. Júnior Santos, Marlon Freitas e Almada entraram em campo, pouco depois Savarino e Tiquinho também, mas nada foi capaz de fazer com que o Botafogo sequer lembrasse o time campeão da Libertadores e do Brasileirão. Foi Almada, por sinal, quem deu passe displicente para que Pedraza interceptasse na entrada da área e servisse Deossa, que contou com falha de John para ampliar.

A desvantagem de dois gols fez com que o Botafogo se abrisse e oferecesse espaços para contragolpes. E o Pachuca os utilizou com eficiência. Rondón fez o terceiro e os mexicanos estiveram mais próximos de ampliar do que o Botafogo de descontar. No fim, o 3 a 0 fez jus a quem teve mais perna e eficiência em Doha.

Que venha 2025!
De férias, o Botafogo ainda não data para reapresentação do elenco, mas já tem compromissos marcados para a próxima temporada. No dia 12 de janeiro, o Glorioso recebe o Maricá, no Nilton Santos, pela primeira rodada do Campeonato Carioca. A equipe terá ainda pela frente Portuguesa, Sampaio Correia, Volta Redonda, Bangu e Fluminense antes de decidir o primeiro título de 2025: a Supercopa do Brasil, contra o Flamengo, dia 2 de fevereiro, no Mangueirão, em Belém.

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