Um projeto realizado pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) foi implantado na Paraíba com o objetivo de recuperar áreas da Mata Atlântica. Nesta quinta-feira (27), é comemorado o Dia da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e também mais ameaçados da biodiversidade brasileira, que já perdeu quase 90% da sua área original.
A área da Paraíba atendida pelo projeto é chamada Corredor Corredor Pacatuba-Gargaú, tem 250 hectares e interliga florestas em duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). São elas a Fazenda Pacatuba, no distrito de Santa Helena, em Sapé, e o Engenho Gargaú, que tem sede em Santa Rita.
As restaurações na Paraíba acontecem através de três técnicas: a condução da regeneração natural, o plantio de mudas, que usa pequenas plantas cultivadas em viveiros, e a semeadura direta, feita com sementes captadas por semeadores em áreas estratégicas da natureza.
"Temos a Mata Atlântica como um ponto estratégico de biodiversidade endêmica, ou seja, possui alto número de espécies ameaçadas de extinção. O projeto vai além dos serviços ambientais que essas áreas geram - recursos hídricos, energéticos e alimentares", comenta Joaquim Freitas, coordenador geral do Cepan.
Avanços do projeto
Durante o ano de 2020, o Cepan, instituição que tem sede em Recife, Pernambuco, conseguiu restaurar 31 hectares, com perspectiva de gerar 110 mil novas árvores. Para 2021, a meta é atingir 90 hectares recuperados até o fim do ano, podendo gerar até 300 mil árvores.
A proposta é que, com o aumento da vegetação nativa, a biodiversidade tenha mais espaço para crescer, beneficiando espécies únicas como o guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) e o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), este último ameaçado de extinção devido a ações antrópicas como desmatamento, queimadas e caça.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.