O volume de vendas do comércio varejista no país teve um recuo de 0,1% na passagem de abril para maio. De março para abril, o setor já havia tido uma queda de 0,4%.
Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo também caiu 0,1% na média móvel trimestral.
Nos demais tipos de comparação temporal, no entanto, o comércio teve crescimento: 1% na comparação com maio de 2018, 0,7% no acumulado do ano e 1,3% no acumulado de 12 meses.
Na passagem de abril para maio, a queda foi puxada por apenas duas das oito atividades do varejo pesquisadas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,8%).
Por outro lado, seis atividades tiveram crescimento e evitaram uma queda maior do setor no período: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%), móveis e eletrodomésticos (0,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,4%).
Varejo ampliado
O varejo ampliado, que também leva em consideração os setores de materiais de construção e de venda de veículos e peças, teve alta de 0,2% no volume na passagem de abril para maio, apesar das quedas de 1,8% dos materiais de construção e de 2,1% dos veículos, motos e peças.
O varejo ampliado cresceu 0,5% na média móvel trimestral, 6,4% na comparação com maio de 2018, 3,3% no acumulado do ano e de 3,8% no acumulado de 12 meses.
A receita nominal do varejo cresceu 0,8% de abril para maio, 0,5% na média móvel trimestral, 5,8% na comparação com maio do ano passado, 5% no acumulado do ano e 5,3% no acumulado de 12 meses.
Já a receita do varejo ampliado cresceu 0,9% na passagem de abril para maio e na média móvel trimestral, 10% na comparação com maio de 2018, 6,7% no acumulado do ano e 7% no acumulado de 12 meses.
Agência Brasil
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Depois de iniciar o dia em queda, o dólar passou a operar perto da estabilidade na tarde desta quinta-feira (11), com aprovação do texto-base da reforma da Previdência em 1º turno na Câmara na véspera e tendo como pano de fundo as elevadas expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (BC dos EUA).
Às 15h06, a moeda norte-americana subia 0,04%, vendida a R$ 3,7577. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,7341 e, na máxima, a R$ 3,7662.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,99%, a R$ 3,7563, menor valor desde fevereiro. O dólar turismo fechou em R$ 3,9071, queda de 1,32%.
Reforma da Previdência
Na noite de quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou com placar folgado – 379 votos a 131 – o texto principal da reforma da Previdência em primeiro turno, garantindo uma conquista ao governo.
A proposta ainda pode ser alterada por emendas a serem votadas separadamente nesta quinta-feira e o teor fiscal da matéria pode ser diminuído, o que concentra atenção de participantes do mercado, destaca a Reuters.
"Precisa deixar (a Câmara) terminar de votar os destaques para ver qual vai ser o final da história, para ver qual vai ser a economia fiscal", afirmou à Reuters o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
A vantagem no placar foi bem vista por agentes financeiros, mas a tentativa de votar um destaque ainda na quarta-feira, sem sucesso, levantou preocupação. Maia preferiu interromper a votação quando percebeu que, segundo ele, os deputados estavam confusos com as propostas de mudanças.
"A desidratação da reforma através dos destaques ainda é possível, resultado de insatisfações com o Planalto, que ainda não teria atendido às promessas que fez aos deputados", avaliaram analistas da XP Investimentos. Concluída a aprovação no primeiro turno, a PEC volta à comissão especial, que deve dar o aval ao texto produzido pelo plenário.
Só depois disso, a PEC volta ao plenário para o segundo turno de votação, respeitado o intervalo de 5 sessões do primeiro turno. Mas esse prazo deve ser quebrado por meio de um requerimento, já que parlamentares favoráveis à proposta alimentavam a expectativa de liquidar sua tramitação por completo na Câmara ainda nesta semana.
A reforma da Previdência é considerada uma das principais apostas da equipe econômica para sanear as contas públicas.
Juros nos EUA
Do lado externo, participantes do mercado monitoram fala do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em depoimento semestral ao Senado, que deve repetir as declarações feitas à Câmara na véspera.
Powell reiterou que o Fed vai "agir conforme apropriado" para combater a desaceleração da economia, deixando a porta aberta para um corte de juros pela primeira vez em uma década.
O real, assim como outras moedas emergentes, era beneficiado por apostas de que autoridades do banco central norte-americano cortarão juros em sua próxima reunião de política monetária em 30 e 31 de Julho.
G1
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Uma criança de 7 anos deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, em estado de desnutrição e ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, a criança estaria sofrendo maus-tratos praticados pela mãe, em Boqueirão, Cariri da Paraíba.
Segundo o delegado Iasley Almeida, responsável pelo caso, o Conselho Tutelar informou ter recebido denúncias de que havia uma criança em estado de desnutrição e com ferimentos, devido a maus-tratos praticados pela própria mãe, como queimaduras com vela e acorrentada pelos pés.
A criança está internada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, e de acordo com o boletim médico publicado nesta quinta-feira (11), foi diagnosticado anemia, desnutrição proteico-calórica, sinais de hematomas e queimaduras diversas pelo corpo. O estado de saúde é estável e a criança seguirá internada realizando novos exames, sem previsão de alta.
A mãe, suspeita de praticar as agressões, está sendo investigada por tentativa de homicídio qualificado mediante a tortura. O envolvimento do padrasto, que também morava com a mãe e a criança, também é investigado.
G1 PB
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Um policial militar foi preso nesta quarta-feira (10), em cumprimento de um mandado de prisão preventiva, suspeito de integrar uma associação criminosa, na cidade de Catolé do Rocha, Sertão paraibano. De acordo com a Polícia Civil, o PM teria ligação com um grupo suspeito de matar um ex-policial militar e roubar uma joalheria.
Conforme a Polícia Civil, inicialmente foram presos três homens com armas de fogo e munições, dentre elas, uma pistola ponto quarenta. São dois pernambucanos e um paraibano. Eles teriam vindo do Mato Grosso do Sul, há alguns dias, para praticarem homicídios, roubo e tráfico de drogas. Eles foram presos e autuados pelo homicídio do ex-policial militar, em Pombal, pelo roubo a uma joalheria, em São Bento, por associação criminosa e porte de arma de grosso calibre e numeração raspada.
Segundo a Policia Civil, o policial militar preso também é integrante da quadrilha. Ele tem 34 anos e trabalhava na guarda do presídio da cidade de Catolé do Rocha. Além da ligação com os crimes, ele também é suspeito de utilizar veículos e armas pertencentes ao grupo preso. Com relação ao homicídio em Pombal, o PM foi visto na cidade com o veículo usado na ação. Além disso, a a pistola utilizada contra a vítima foi uma ponto quarenta e há indícios de uma desavença por parte da vítima com o investigado.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido após a Polícia Civil ouvir alguns depoimentos. O policial foi preso dentro do Batalhão de Catolé, no momento de sua apresentação. Ele foi encaminhado para o Batalhão da Polícia Militar de Patos.
G1 PB
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Um homem reagiu a um assalto, no bairro do Esplanada, em João Pessoa, e matou um dos suspeitos, na manhã desta quinta-feira (11). De acordo com informações da Polícia Militar, o jovem que morreu estava com outro suspeito, que era primo dele e fugiu após a ação. O homem que atirou não foi localizado.
A dupla chegou em um ponto de ônibus, em uma moto azul, para fazer um arrastão no local, por volta das 5h30. Os suspeitos ainda conseguiram roubar a bolsa de uma mulher que estava no ponto de ônibus e outros pertences das vítimas.
Conforme testemunhas contaram à polícia, a dupla atirou contra as pessoas que estavam no local. Uma das vítimas, no entanto, reagiu e atirou contra os suspeitos. Kassio Douglas Alves dos Santos, de 18 anos, que estava pilotando a moto, morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, ele foi alvo de dois tiros, um nas costas e outro no pé.
O outro suspeito, que conseguiu fugir, também foi baleado. Os dois são da comunidade Bom Samaritano, no bairro do Cristo, e são primos. A Polícia Militar realiza buscas na região para localizar o segundo suspeito.
G1 PB
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O comércio varejista da Paraíba apresentou a menor queda percentual do Brasil no mês de maio. O dado foi apontado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (11), mostra que a Paraíba teve uma queda de 7,1% no comércio de varejo em maio em relação ao mesmo mês de 2018. De acordo com o IBGE, a Paraíba em 2019 apresenta uma queda acumulada de 5,9% no setor.
Além da Paraíba, outros 11 estados do Brasil também apresentaram queda no setor para o mês maio. O índice nacional também sofreu recuo, o segundo consecutivo neste ano. O volume de vendas do comércio varejista em todo o país caíram 0,1% em maio. Porém, o volume varejista da Paraíba em maio comparado com o de abril apresentou um aumento 0,1%.
Segundo a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, o ano de 2019 é como se não tivesse começado para o varejo, devido ao alto nível de incerteza dos empresários quanto aos investimentos futuros cautela do consumidor diante de um cenário de elevado desemprego.
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de material de construção, também caiu na Paraíba no mês de maio. O estado foi um dos três estados, junto com Piauí e Rio de Janeiro, que apresentou recuo no setor em maio. O volume varejista ampliado paraibano caiu 0,1%. No ano, a queda acumulada já é de 3,9%.
Variação da receita
O IBGE também informou a variação da receita a partir das vendas do comércio varejista e o comércio varejista ampliado na Paraíba. Um indicador apresentou recuou, enquanto o outro crescimento. Segundo o PMC, em maio de 2019, a receita gerada pelo comércio varejista caiu 1,9%, enquanto o comércio varejista ampliado cresceu 3,9% no mesmo período.
G1 PB
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Um prédio de cinco andares, que estava em construção no bairro da Torre, em João Pessoa, desabou na noite desta quarta-feira (10). De acordo com o Corpo de Bombeiros, carros com até 50 metros de distância do local foram atingidos por pedras.
A obra é o anexo de um hospital particular que fica ao lado da construção. Uma imagem de câmera de segurança registrou o momento do desabamento, quando muita fumaça se espalhou pela rua. Algumas casas foram atingidas por pequenos entulhos do prédio.
A Defesa Civil interditou a área para que uma perícia seja realizada e determine as causas do desabamento. Pessoas que estavam perto do local sentiram um tremor no momento do desabamento. Ninguém ficou ferido.
G1 PB
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Em fala durante café da manhã com parlamentares da bancada evangélica do Congresso nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro listou propostas e ações de seu governo e disse aos deputados federais e senadores que eles têm "ideias maravilhosas" que poderiam virar decretos, projetos de lei ou serem incluídas em medidas provisórias. O encontro do presidente com bancada ocorre um dia depois de dizer que vai indicar um nome "terrivelmente evangélico" para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e da aprovação do texto-base da reforma da Previdência na Câmara.
- Essas pequenas medidas têm um alcance enorme no Brasil e trazem a população para o nosso lado - declarou o presidente.
No seu pronunciamento, divulgado em parte pela Presidência, ele reclama da necessidade de obter novas certidões de óbito e nascimento e diz que está "incluindo isso lá" no relatório da medida provisória (MP) da liberdade econômica, aprovado em comissão do Congresso na manhã de hoje. Segundo Bolsonaro, a medida "vai facilitar a vida de muita gente".
- Com toda a certeza os senhores têm dezenas, centenas de situações que a gente pode ajudar o povo brasileiro, como por exemplo a carteira de motorista passar de cinco para dez anos. Acabamos de ir ao Contran [Conselho Nacional de Trânsito] aqui... a obrigatoriedade do simulador, menos R$ 300 reais para fazer a carteira de motorista - apontou, fazendo referência ao projeto de lei que enviou à Câmara no mês passado.
Ele ressaltou ainda que a proposição prevê que o médico que assina o atestado de saúde para renovar ou tirar a carteira de motorista "pode ser um irmão de vocês" ou um médico do Hospital Central do Exército, com "custo zero".
- Estou tendo pressões enormes porque resolvi dar um ponto final na "multagem" eletrônica. O pessoal sabe para que funciona isso, né? Infelizmente não é para salvar vidas, a intenção é exatamente outra - disse Bolsonaro.
'Desmarcar muita coisa por decreto'
O presidente falou ainda sobre um plano pelo qual já demonstrou predileção diversas vezes, o de acabar com a Estação Ecológica de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para transformar o local em um polo de turismo. Ele disse ainda que tem conversado com governadores para "desmarcar muita coisa" feita no passado.
- Por exemplo: vale para todos os Estados... Rio de Janeiro. A gente quer fazer ali, pretende com dinheiro de fora, transformar a baía de Angra numa Cancún, mas o decreto que demarcou a Estação Ecológica só pode ser derrubado por uma lei. Eu conversei com o Caiado [nesse sentido, com o governador do Pará também... estamos conversando com vários governadores no sentido de nós nos unirmos e desmarcar muita coisa por decreto no passado para poder fazer com que o Estado possa prosseguir.
Finalizando sua fala aos parlamentares, ele comentou um episódio de março deste ano no qual disse ter ligado para o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para acabar com a necessidade de "formação em ideologia de gênero" para ingressar em um concurso público -- que nunca existiu.
Na verdade, no entanto, o banco havia tornado obrigatório um curso de diversidade e de prevenção e combate ao assédio moral e sexual, que fazia parte do processo interno de formação e promoção de funcionários. Na ocasião, Bolsonaro usou suas redes sociais para informar que havia ordenado à cúpula do Banco do Brasil que abolisse a formação e chegou a aconselhar os postulantes a cargos na instituição que procurassem a Justiça.
- Tinha um concurso lá pra uma coisa simples, né?, que para você se inscrever se tinha que ter uma formação em ideologia de gênero. Liguei para o presidente, 'acaba com esse negócio'. Acabou. Os caras vão conduzindo de modo que só aqueles que interessam para esquerda possam entrar nesse serviço - declarou, nesta quinta-feira.
O Globo
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Diante da pressão de correligionários do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa do deputado federal Áecio Neves nesta quinta-feira e se manifestou contra a expulsão dele pela sigla antes que haja uma decisão judicial que o condene.
"O PSDB tem um estatuto e uma comissão de ética. Há que respeita-los. Jogar filiados às feras, principalmente quem dele foi presidente, sem esperar decisão da Justiça, é oportunismo sem grandeza. Não redime erros cometidos nem devolve confiança", escreveu FH.
O PSDB tem um estatuto e uma comissão de ética. Há que respeita-los. Jogar filiados às feras, principalmente quem dele foi presidente, sem esperar decisão da Justiça, é oportunismo sem grandeza. Não redime erros cometidos nem devolve confiança.
— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) 11 de julho de 2019
Aécio foi alvo de nove inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) após as delações da Odebrecht e da JBS, entre 2016 e 2017. Com as mudanças na regra do foro privilegiado, quatro processos já foram redistribuídos para outras instâncias. Em um deles, Aécio virou réu. Dois casos já foram arquivados e todos os outros seis ainda são inquéritos.
O pedido de expulsão contra Aécio foi iniciativa do diretório do PSDB na capital paulista, que, por unanimidade, aprovou a representação na quinta-feira passada. Os dirigentes paulistanos defenderam a expulsão como medida para "estancar a sangria" do partido. A solicitação terá de esperar a instalação do conselho de ética da sigla para ser analisado e ainda não há previsão para o colegiado entrar em funcionamento.
Na terça-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que Aécio deveria sair espontaneamente do partido. Na esteria da declaração dele, o prefeito de São Paulo Bruno Covas foi ainda mais incisivo na quarta-feira, quando defendeu que o mineiro seja expulso. Em resposta ao diretório do PSDB de Belo Horizonte, que ameaçou pedir também sua expulsão, Covas afirmou que a sigla deve escolher entre ele ou Aécio.
O Globo
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O PDT vai abrir um processo interno na Comissão de Ética do partido contra os oito deputados que contrariaram a orientação partidária e votaram a favor do texto base da reforma da Previdência . Oito dos 27 parlamentares da sigla — incluindo Tábata Amaral (SP) — divergiram do posicionamento aprovado por maioria do diretório nacional pedetista, crítico ao projeto do governo de Jair Bolsonaro . A decisão final caberá ao diretório nacional do partido.
Depois de sinalizar apoio à expulsão dos oito deputados, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, adotou postura cautelosa sobre eventuais punições a eles. Nesta quarta-feira, ele havia sinalizado que poderia expulsar parlamentares da legenda que votassem "sim" ao texto. "Quem quiser o lado dos banqueiros, que vá para o lado de lá", escreveu no Twitter. Nesta tarde, disse à ÉPOCA que a Comissão de Ética do partido terá o desafio de assegurar a sintonia de votos da bancada pedetista sem perder cadeiras na Casa.
— Muitos [deputados] desejam ser expulsos. Não podemos ser ingênuos de atender o objetivo de um deputado de votar contra o partido. Ao mesmo tempo, não podemos ficar com gente que não vota com a orientação partidária. Por que é deputado se não segue a orientação partidária? Mas também não podemos perder o mandato. Esse é o desafio da Comissão de Ética — ressaltou Lupi.
O vice-presidente do partido, Ciro Gomes (CE), destacou no Twitter, na quarta-feira, defender a expulsão dos deputados "que votarem contra o povo nesta reforma elitista".
O líder do PDT, André Figueiredo (CE), afirmou que é preciso haver algum tipo de punição, mas ressaltou que a Comissão de Ética é que vai definir qual será essa punição:
— É lógico que dentro de cada partido que tem uma vida partidária determinada, que tem um estatuto, não podemos fazer com que parlamentares não sigam a orientação em cima de um tema que é fulcral para o partido, que é a reforma da Previdência, e que isso fique por isso mesmo. Todos eles terão que responder um processo no Conselho de Ética, mas a pena quem vai definir é o próprio conselho.
Figueiredo disse que Tabata tem "um presente e um futuro maravilhoso", mas destacou que não quer "fulanizar" a questão nela e que a mesma decisão será tomada para todos. Ele disse que ainda não conversou com nenhum dos dissidentes.
— A Tabata para mim, evidentemente, é um menina que tem um presente e um futuro maravilhoso, mas não quero fulanizar. Ela vai responder perante o eleitorado dela, tem gente que aplaude, tem muita gente que está batendo. Mas vamos tomar a decisão, e o que vale para um, vale para outros.
Estatuto prevê punição
O estatuto do PDT prevê as sanções de advertência, suspensão e expulsão a filiados.Segundo a assessoria do PDT, a partir da próxima semana, a Comissão de Ética se reunirá para analisar os oito casos. Um processo será montado na Comissão de Ética, e os deputados então poderão apresentar sua defesa. Os argumentos serão avaliados e comporão um parecer da comissão a ser entregue à Executiva nacional do partido. Com base no parecer, o diretório nacional tomará a decisão.
Em meio às discussões do texto da reforma, a maioria do diretório nacional do PDT decidiu pelo voto contrário ao texto. O posicionamento passou a ser exigido dos representantes pedetistas no Congresso. O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), encaminhou no plenário o voto "Não" à proposta do governo de Jair Bolsonaro. Horas antes, a deputada Tábata Amaral (PDT-SP) havia publicado, nas redes sociais, um vídeo no qual justificava seu apoio à reforma. Figueiredo chamou de "futuros traidores" os pedetistas que desobedecessem a orientação.
No vídeo, Tabata disse seguir sua consciência e buscou se distanciar do presidente Jair Bolsonaro, que encaminhou o projeto à Câmara. Ela também descartou ter tomado sua decisão em troca de recebimento de emendas parlamentares. Em seu primeiro mandato, a deputada é uma das congressistas mais populares da atual legislatura, foi a sexta mais votada em São Paulo e é cotada para disputar a prefeitura da capital paulista.
Como Tábata, votaram "sim" ao texto base os pedetistas Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). O partido Cidadania, de Roberto Freire, estaria de braços abertos para os parlamentares.
O mesmo rito de processo do PDT valerá para deputados que contrariarem a orientação da liderança do partido na votação dos destaques ao texto base da reforma da Previdência, nesta quinta-feira.
O PDT enfrentou desafio semelhante depois da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG), no qual orientou voto contrário ao afastamento da petista. Em maio de 2016, o diretório nacional do partido decidiu expulsar o deputado Giovani Cherini (RS) e suspender por 40 dias outros cinco parlamentares.
Na ocasião, parecer da Comissão de Ética da sigla apontou como agravantes do caso de Cherini o fato de ele ter supostamente feito campanha contra a orientação partidária, ter tentado virar outros votos no PDT e ter dado declarações à imprensa e no plenário da Câmara a favor do impeachment.
O maior "racha" ocorreu na bancada do PSB, que também havia orientado seus parlamentares a votar contra a reforma proposta pelo governo. Onze dos 32 deputados acabaram votando a favor do texto, como os parlamentares Emidinho Madeira (MG), Jefferson Campos (SP) e Liziane Bayer (RS).
O Globo
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