Novembro 26, 2024
Arimatea

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A advogada venezuelana Urimare Capote, de 62 anos, diz se perguntar diariamente: "quem consegue viver com 3,50 dólares?", que corresponde a R$ 19. Esse é o valor da aposentadoria que ela recebe todo mês. A quantia segue inalterada há dois anos e é insuficiente em um país onde a cesta básica supera os 500 dólares, quase R$ 3 mil.

Diante da situação, dezenas de aposentados se concentraram em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na Venezuela para pedir que o órgão intervenha junto ao governo do presidente Nicolás Maduro, que decretou o início da temporada natalina para a terça-feira (1º).

"O Natal acabou há alguns anos", afirmou Capote à Agência France-Presse (AFP). Ela é representante do Comitê de Defesa de dos Aposentados e Pensionistas na Venezuela.

"É uma chacota miserável do presidente com a gente", disse Eduardo Martínez, professor de 71 anos. "Não temos dinheiro nem para comprar leite, e vamos ter para comprar coisas para as festas natalinas?", questionou o aposentado

A aposentadoria na Venezuela é de 130 bolívares desde 2022. Naquele momento, equivalia a 30 dólares. Hoje, são 3,50 dólares (R$ 19) frente a uma cesta básica que está em 539 dólares (R$ 2,93 mil), segundo estimativas.

Maduro insiste que a precariedade dos salários é consequência das sanções dos Estados Unidos contra o país, enquanto analistas a atribuem a anos de medidas econômicas erradas que destruíram a moeda local em meio a uma profunda recessão.

O presidente foi proclamado reeleito em julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, apesar das denúncias de fraude por parte da oposição e do não reconhecimento por parte dos Estados Unidos, da União Europeia e de vários países da América Latina.

Antecipação do Natal
Os protestos contra a reeleição resultaram em 27 mortos, quase 200 feridos e mais de 2,4 mil detidos, incluindo menores de idade. Neste contexto, Maduro decretou o início do Natal para 1º de outubro. Na segunda-feira (30), disse em seu programa semanal que a temporada se estenderá até 15 de janeiro.

Comércios em Caracas, capital do país, já iniciaram a venda de enfeites, árvores, luzes e presépios. Em alguns, a nova mercadoria se mistura à do Halloween, uma festa que muitos venezuelanos adotaram e que se tornou popular.

Centros comerciais estão iluminados e as praças decoradas, incluindo a pulsante Praça Bolívar.

Um pinheiro artificial custa mais de 100 dólares (R$ 545) e pode chegar a 900 (R$ 4,9 mil). A hallaca, prato estrela das ceias natalinas, também exige um investimento alto, entre carne de boi, frango, porco, azeitonas, alcaparras e outros temperos.

"Não estou totalmente de acordo", mas "é preciso ter espírito natalino, principalmente pelas crianças", afirmou Deilyn Peña, que estava com o filho de 5 anos em uma praça no bairro comercial Las Mercedes.

"Não me sinto nada, nada conectada", expressa Valeria Ponce, instrutora de ginástica de 22 anos. "Sinto que é uma forma de nos distrairmos um pouco do que está acontecendo e simplesmente nos dar um motivo para celebrar."

Ela evita, como a maioria dos venezuelanos, referir-se diretamente à situação política do país, em meio a um pânico generalizado de acabar preso por dizer algo que possa incomodar o governo.

'Extermínio de aposentados'
Os aposentados presentes ao protesto falavam em "extermínio" e "genocídio" com a renda que recebem. Eles reclamam sobre o destino da arrecadação de um tributo especial para melhorar as aposentadorias que foi aprovado em maio pelo Parlamento.

"Onde estão esses recursos? Quem os auditou?", questionou Capote.

"Os idosos estão vivendo um dos piores momentos da história. Estão abandonados não só pelo Estado, mas também por suas famílias que tiveram que sair da Venezuela", explicou, referindo-se aos quase 8 milhões de venezuelanos que, segundo a ONU, migraram em meio à brutal crise econômica.

Neste cenário, falar de Natal é difícil. "No Natal, a família está unida, e a família venezuelana está totalmente desfeita, espalhada pelo mundo", lamentou Capote.

"Enquanto não houver salário digno, não pode haver um Natal digno", insiste Arturo Morgado, de 68 anos e aposentado. "No ano passado não celebrei, e hoje está tudo pior."

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Flamengo e Corinthians iniciam o duelo dos dois clubes mais populares do país na semifinal da Copa do Brasil nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã. A TV Globo, o Sportv e o Premiere exibem a partida para todo o território nacional. O ge acompanha a partida em Tempo Real.

Este é o quinto confronto entre Flamengo e Corinthians na Copa do Brasil. Os rubro-negros levaram a melhor em 1989, 2019 e 2022, ano em que decidiram a competição. Os alvinegros eliminaram os cariocas na semifinal de 2018.

O Flamengo chega animado pela estreia do ídolo Filipe Luís, que substitui o demissionário Tite. Após pendurar as chuteiras em dezembro do ano passado, o catarinense de 39 anos teve ascensão meteórica na atual temporada. Começou como treinador do sub-17, categoria em que conquistou a Copa Rio, e na sequência assumiu o sub-20 após a ida de Mário Jorge para a Arábia Saudita. Em seu primeiro desafio internacional, sagrou-se campeão intercontinental com vitória sobre o Olympiacos.

Já o Corinthians tenta esquecer a situação ruim no Campeonato Brasileiro, competição na qual ocupa a zona de rebaixamento e, no último domingo, foi derrotado para o rival São Paulo. O Timão vem tendo melhor desempenho nas copas, estando também na semifinal da Copa Sul-Americana.

O duelo de volta entre as equipes está previsto para o dia 20, na Neo Química Arena. Quem passar pega o classificado do confronto entre Atlético-MG e Vasco.

A classificação para a final da Copa do Brasil rende uma premiação gorda: R$ 31,5 milhões para o vice e R$ 73,5 milhões para o campeão.

Onde assistir

  • TV Globo, Sportv Premiere transmite a partida ao vivo para todo Brasil;
  • O ge acompanha a partida em Tempo Real

Escalações prováveis

Flamengo - Técnico: Filipe Luís
Em sua estreia à frente do Flamengo, Filipe Luís fez uma mudança importante no último treino antes do duelo com o Corinthians. Sacou Fabrício Bruno, titular desde o início de 2023, e colocou Léo Ortiz em seu lugar. Outra mexida foi a entrada de Wesley. Tanto o lateral quanto Ortiz foram titulares na vitória contra o Athletico-PR, mas no duelo em questão Tite levou uma equipe mista.

Escalação provável: Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, De la Cruz, Arrascaeta e Gerson; Plata e Bruno Henrique.

Desfalques: Cebolinha (tornozelo esquerdo), Viña (joelho direito), Pedro (joelho esquerdo) e Carlinhos (jogou a Copa do Brasil pelo Nova Iguaçu).

Pendurados: Nenhum

Corinthians - técnico: Ramón Díaz
Principal contratação do Corinthians em 2024, Memphis Depay não foi inscrito a tempo na Copa do Brasil e está fora do confronto desta noite. Nas fases anteriores do torneio, Ramón Díaz poupou titulares, mas agora, com a proximidade do título, a tendência é que o argentino leve a campo a estrutura titular.

Escalação provável: Hugo Souza, Fagner, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu (Hugo); José Martínez, Charles, Carrillo e Rodrigo Garro (Igor Coronado); Romero e Yuri Alberto.

Desfalques: Memphis Depay (não foi inscrito); Talles Magno (lesão grau 2 no músculo posterior da coxa esquerda); Alex Santana (lesão no músculo posterior da coxa esquerda), Ruan Oliveira (cirurgia no joelho), Maycon (cirurgia no joelho) e Diego Palacios (cirurgia para correção de uma lesão na cartilagem).

Pendurados: André Ramalho e Rodrigo Garro.

Arbitragem

  • Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA)-GO
  • Assistente 1: Bruno Raphael Pires (FIFA)-GO
  • Assistente 2: Bruno Boschilia (FIFA)-PR
  • VAR: Rodolpho Toski Marques (VAR-FIFA)-PR
  • Quarto Árbitro: Gustavo Ervino Bauermann (AB)-PR

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O voo de retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil, após viagem à Cidade do México, pousou em Brasília às 10h12 desta quarta-feira (2).

Ao todo, foram quase 17 horas desde a primeira decolagem do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, na Cidade do México, às 17h30 de terça (2) no horário de Brasília. Bem mais que as 13 horas previstas em um voo comercial com escalas, ou as 10 horas em um voo executivo como esse.

Isso, porque o avião presidencial enfrentou "um problema técnico" e teve que abortar o trajeto, e os passageiros tiveram que trocar de aeronave.

O primeiro avião, com Lula e comitiva já embarcados, passou quase cinco horas sobrevoando a área do aeroporto na Cidade do México para perder combustível e pousar em segurança no mesmo terminal.

O problema técnico foi confirmado em nota pela Força Aérea Brasileira, mas não foi detalhado.

"Realizados, com sucesso, os procedimentos de segurança para solução do problema apresentado, os pilotos aguardam o consumo de combustível necessário para retornarem ao mesmo aeródromo da decolagem, com troca de aeronave e regresso a Brasília", disse a Aeronáutica em nota enquanto o primeiro avião ainda não tinha pousado.

Troca de aeronave
O avião presidencial pousou na Cidade do México quase cinco horas após decolar do mesmo aeroporto, às 22h16 (horário de Brasília).

A tripulação e os passageiros – incluindo Lula e a primeira-dama, Janja – foram transferidos para um avião "reserva", também da Força Aérea Brasileira, usado pelo chamado "Escalão Avançado" (Escav) que organiza as viagens presidenciais.

O segundo avião decolou pouco após as 23h30 (horário de Brasília), com previsão de uma escala no Panamá e de dez horas de viagem até Brasília.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (1º), da cerimônia de posse da presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, a primeira mulher eleita para comandar a nação. Os líderes se reuniram na última segunda-feira (30), na Cidade do México.

É a primeira viagem de Lula ao México neste mandato. O México é o sexto parceiro comercial do Brasil e o quinto principal destino das exportações brasileiras. O comércio entre os dois países fechou 2023 em US$ 14 bilhões — aumento de 15% em relação a 2022. O Brasil trabalha para incrementar acordos econômicos vigentes com o México, como redução de tarifas de importação e o livre comércio automotivo.

Claudia foi eleita no início de junho, e o mandato dela vai durar seis anos. Ela foi militante do movimento estudantil antes de se lançar na política e, desde o início, era próxima a López Obrador, atual presidente. A presidente eleita promete continuar o governo do antecessor, em especial uma proposta de reforma da Constituição, criticada por opositores e analistas por, supostamente, enfraquecer o Poder Judiciário e a autoridade eleitoral mexicana.

Obrador encerra a presidência com aprovação de cerca de 60% da população. Ele tem como legado a valorização do salário mínimo e o aumento dos benefícios sociais no México, mas é acusado por opositores de ter tendências autoritárias. O principal desafio que Claudia terá de enfrentar é a violência dos cartéis de drogas, tema que marcou as eleições, com pelo menos 34 candidatos ou aspirantes assassinados, segundo levantamento do Laboratório Eleitoral.

Venezuela
Como mostrou o repórter da RECORD Luiz Fara Monteiro, Lula discutiu uma série de temas em comum com a presidente eleita, incluindo a tensão na América Latina provocada pela controversa eleição de Nicolás Maduro no último 28 de julho, contestada pela oposição. Brasil e México, ao lado da Colômbia, cobraram publicamente que o Colégio Eleitoral venezuelano publicasse as atas eleitorais.

Com a eleição mexicana, Obrador preferiu que o assunto fosse tocado por Claudia a partir de sua posse. Durante visita ao Chile, em 5 de agosto último, Lula disse ao presidente Gabriel Boric que a prioridade do Brasil é manter a estabilidade política na América Latina, embora reconhecesse pagar um certo preço político por isso. E que preferia tratar o assunto Venezuela com cautela e discrição.

Ao contrário de Lula, Boric, Luis Lacalle Paul, do Uruguai, e Javier Milei, da Argentina, não pouparam críticas pesadas e públicas a Nicolás Maduro após a eleição. Na última segunda-feira (30), o presidente brasileiro expressou seu desejo de que a Venezuela retome “à normalidade democrática” para que a América do Sul configure uma zona de paz.

“Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar. Eu falo do que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer era aquele. E foi muito bom o discurso”, disse Lula. Na sequência, relatou ter muito interesse em que a Venezuela volte “à normalidade democrática”, mas que precisa “criar as condições” para uma negociação.

“É preciso encontrar um jeito de a gente retomar uma conversa democrática... Eu tenho preocupação com a Venezuela há muito tempo, não é de agora. Porque quanto mais em paz estiver a Venezuela, mais em paz estará a América do Sul. E nós queremos consagrar a América do Sul como uma zona de paz, a gente não quer guerra, a gente não quer conflito”, disse o petista.

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O Ministério da Saúde vai investir mais de R$ 49 milhões na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) para melhorar a inclusão, qualidade de vida e o acesso aos serviços de saúde de milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Com esse recurso, serão inaugurados 15 novos Centros Especializados em Reabilitação (CERs) em 13 municípios. Além disso, pela primeira vez, será ampliado em 20% o repasse para oito CERs que atendem pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Os CERs oferecem atendimento especializado em diversas áreas de reabilitação, como auditiva, visual, intelectual e física, ajudando as pessoas com deficiência a recuperar ou manter suas habilidades funcionais essenciais para uma vida plena.

Expansão da rede de cuidados
De 2019 a 2022, a gestão anterior aprovou a construção de 30 novos serviços, com investimento de R$ 115,5 milhões. Já a gestão atual aumentou o investimento em 264% nos últimos dois anos. Desde 2023, foram habilitados 25 novos CERs, distribuídos da seguinte maneira:

  • 14 CERs II;
  • 4 CERs III;
  • 2 CERs IV;
  • 5 oficinas ortopédicas.

Atualmente, o Brasil conta com 360 serviços especializados, sendo:

  • 182 CERs II;
  • 76 CERs III;
  • 52 CERs IV;
  • 50 oficinas ortopédicas.

O papel dos CERs
Os Centros Especializados em Reabilitação (CERs) são unidades de referência na Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência. Eles realizam diagnósticos e tratamentos, além de fornecer, adaptar e manter tecnologias assistivas para promover a autonomia e o bem-estar das pessoas com deficiência.

Campanha contra o capacitismo
Em comemoração ao Dia da Pessoa com Deficiência, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para combater o capacitismo, forma de discriminação que pressupõe a incapacidade de pessoas com deficiência. A iniciativa busca conscientizar a população sobre expressões prejudiciais, como “Fingir demência” e “Está mal das pernas”, reforçando a necessidade de respeito. Atualmente, o Brasil tem cerca de 19 milhões de pessoas com deficiência, segundo o IBGE, que merecem ser tratadas com igualdade e dignidade.

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As eleições municipais de 2024, marcadas para este domingo (6), contam com 463 mil candidatos registrados, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Esses candidatos disputam os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em municípios de todo o Brasil. Do total, 93,23% (431.980) são candidaturas para vereador, enquanto 3,36% (15.573) concorrem a prefeito e 3,41% (15.814) a vice-prefeito.

Em comparação com as eleições municipais de 2020, o número de candidatos diminuiu 7,2%. Naquele ano, o país contou com 499 mil candidatos. Para as prefeituras, o número de concorrentes caiu de 18.416, em 2020, para 15.573 em 2024. O mesmo ocorreu para o cargo de vice-prefeito, que teve 15.814 candidatos este ano, contra 18.434 no pleito anterior.

Nas câmaras municipais, 431 mil candidatos estão na disputa por 58 mil cadeiras de vereador. O número de concorrentes também é menor em relação a 2020, quando havia 481 mil candidaturas para o legislativo municipal, o que representa uma queda de 10,4%.

O número final de candidatos ainda pode sofrer alterações até o dia da eleição, devido a possíveis situações como falecimentos, renúncias ou indeferimentos de registros. Essas circunstâncias podem impactar o cenário até a data do pleito, mas o volume atual já oferece um panorama das disputas municipais de 2024.

Distribuição partidária
O levantamento do TSE também oferece um panorama das candidaturas por partido. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) lidera com 44.479 candidaturas, representando 9,60% do total. Em seguida, estão o Progressistas (PP), com 39.905 (8,61%), e o Partido Social Democrático (PSD), com 38.926 (8,40%). O Partido dos Trabalhadores (PT) aparece com 30.131 candidaturas (6,50%), enquanto o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) registra 22.094 candidatos (4,77%).

No outro extremo, partidos de menor expressão, como a Unidade Popular (UP), com 111 candidatos, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), com 36, e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), com 160, representam juntos menos de 0,1% do total de candidaturas. Partidos como o Partido Liberal (PL), com 36.032 candidatos (7,78%), o União Brasil, com 36.602 (7,90%), e o Republicanos, com 34.022 (7,34%), têm uma presença significativa, mas não lideram o ranking.

Candidaturas por federações
Além das candidaturas avulsas, que representam 84,10% (389.703) do total, o TSE também registrou a participação de federações partidárias. A Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) conta com 38.110 candidaturas (8,22%), enquanto a Federação PSDB Cidadania soma 27.129 (5,85%) e a Federação PSOL Rede, 8.440 (1,82%).

R7
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Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vai decolar da Base Aérea do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo ao Líbano, nesta quarta-feira (2), para repatriar um grupo de brasileiros presos no país em decorrência da escalada de violência do governo de Israel no país. A autorização para a operação foi dada presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Batizada de Operação Raízes do Cedro, a FAB utilizará uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros que estão em solo libanês, a partir do aeroporto de Beirute, capital do país do Oriente Médio. O voo fará escala para reabastecimento em Lisboa, tanto na ida quanto na volta. Outros voos ainda não foram confirmados, mas devem ocorrer ao longo dos próximos dias.

A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país. Na semana passada, os bombardeios israelenses no Líbano causaram a morte de dois adolescentes brasileiros.

Segundo a FAB, a equipe de voo será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo), que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão.

Agência Brasil
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O governo dos Estados Unidos reforçou o apoio militar a Israel durante a nova fase da guerra no Oriente Médio com bombardeios massivos contra o Líbano. O Departamento de Defesa estadunidense informou que “alguns milhares” de militares serão enviados ao Oriente Médio para proteger Israel, além das instalações e dos interesses dos EUA na região.

“Eles estão lá para a proteção das forças dos Estados Unidos, e estão lá, caso sejam necessários, para a defesa de Israel”, afirmou em coletiva de imprensa a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, acrescentando que “apoiamos o direito de Israel à autodefesa”.

“Continuamos a nos envolver com eles em discussões sobre o melhor caminho a seguir”, afirmou.

Estima-se que os recentes bombardeios contra o Líbano mataram mais de 1 mil pessoas em pouco mais de uma semana, deslocando, ao todo, 1 milhão de habitantes da região, segundo agências das Nações Unidas (ONU).

O Pentágono informou que dois porta-aviões continuam de prontidão no Mar Mediterrâneo e que será ampliada a presença de aeronaves nos próximos dias.

“Essas forças aumentadas incluem aeronaves de caça F-16, F-15e, A-10, F-22 e pessoal associado. O secretário [de Estado] também aumentou a prontidão de forças adicionais dos EUA para mobilizar, elevando nossa preparação para responder a várias contingências em toda a região do Oriente Médio”, disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.

Nesta segunda-feira (30), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III, conversou por telefone com o ministro de Defesa israelense, Yoav Gallant, e reforçou o apoio de Washington a Tel-Aviv.

“Austin reafirmou o apoio dos Estados Unidos ao direito de Israel de se defender contra o Irã, o Hezbollah libanês, o Hamas, os Houthis e outras organizações terroristas apoiadas pelo Irã. Eles concordaram sobre a necessidade de desmantelar a infraestrutura de ataque ao longo da fronteira para garantir que o Hezbollah libanês não possa conduzir ataques no estilo de 7 de outubro nas comunidades do norte de Israel”, informou o secretário de imprensa do Pentágono, major general Pat Ryder.

O ministro de Defesa de Israel enfrenta, ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, um pedido de prisão da promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, por crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

Desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo palestino Hamas atacou Israel dando início ao conflito no Oriente Médio, os Estados Unidos têm apoiado seu principal aliado na região com bilhões de dólares em recursos e armas.

Reuters
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Militares israelenses disseram nesta terça-feira (1°) que mísseis foram lançados a partir do Irã contra Israel.

A Guarda Revolucionária do Irã informou que lançou dezenas de mísseis em direção a Israel e alertou que, se houver retaliação, a resposta de Teerã será "mais esmagadora e ruinosa", informou a TV estatal iraniana.

Sirenes soaram em todo o país e os israelenses correram para abrigos. Repórteres da televisão estatal israelense se deitaram no chão durante as transmissões ao vivo.

Mais cedo, os militares haviam anunciado que qualquer ataque de mísseis balísticos do Irã deveria ser generalizado e pediram à população para se abrigar em locais seguros.

O Irã prometeu retaliar após os ataques que mataram os principais líderes de seus aliados do Hezbollah no Líbano.

O disparo de mísseis ocorreu depois que tropas israelenses lançaram ataques terrestres no Líbano, na maior escalada da guerra regional desde o início dos combates em Gaza, há um ano.

Reuters
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Os trabalhadores portuários da Costa Leste e da Costa do Golfo dos Estados Unidos entraram em greve nesta terça-feira (1º), a primeira paralisação em grande escala em quase 50 anos, interrompendo o fluxo de cerca de metade do transporte marítimo do país depois que as negociações por um novo contrato de trabalho fracassaram devido à questão dos salários.

A greve bloqueia o transporte de tudo, de alimentos a automóveis, em dezenas de portos do Maine ao Texas, em uma paralisação que, segundo analistas, custará bilhões de dólares por dia à economia, ameaçará empregos e, potencialmente, impulsionará a inflação.

O sindicato Associação Internacional dos Estivadores (ILA, na sigla em inglês), que representa 45 mil trabalhadores portuários, está negociando com o grupo patronal Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX, na sigla em inglês) um novo contrato de seis anos antes do prazo final de 30 de setembro à meia-noite.

A ILA disse em um comunicado nesta terça-feira que fechou todos os portos do Maine ao Texas um minuto depois da meia-noite e rejeitou a proposta final da USMX feita na segunda-feira (30), acrescentando que a oferta ficou "muito aquém das exigências de seus membros para ratificar um novo contrato".

O líder da ILA, Harold Daggett, disse que os empregadores não têm oferecido aumentos salariais adequados ou não concordaram com as exigências de interromper os projetos de automação portuária. A USMX disse em um comunicado na segunda-feira que havia oferecido um aumento salarial de quase 50%, acima de uma proposta anterior.

"Estamos preparados para lutar pelo tempo que for necessário, para permanecer em greve pelo tempo que for preciso, para obter os salários e as proteções contra a automação que nossos membros merecem", disse Daggett nesta terça-feira.

"O USMX é o dono dessa greve agora. Agora eles precisam atender às nossas exigências para que a greve termine."

A USMX não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

A greve, a primeira da ILA desde 1977, está preocupando as empresas que dependem do transporte marítimo para exportar seus produtos ou garantir importações cruciais, pois afeta 36 portos que movimentam uma série de mercadorias em contêineres.

Nos últimos meses, os varejistas têm acelerado as importações de fim de ano para mitigar o problema e estão transferindo outras remessas para a Costa Oeste dos EUA sempre que possível.

"Esperamos que a greve em si dure de cinco a sete dias até uma intervenção do governo... mas é provável que o efeito cascata seja sentido em todas as redes na Europa e na Ásia pelo menos até janeiro e fevereiro", disse Peter Sand, analista-chefe da plataforma de preços de remessas Xeneta.

Há cerca de 100 mil contêineres esperando para serem descarregados somente nos portos da cidade de Nova York, agora paralisados pela greve, e 35 navios porta-contêineres com destino a Nova York na próxima semana, disse Rick Cotton, diretor executivo da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.

A disputa também está colocando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, favorável a ações trabalhistas, em uma posição praticamente sem saída, já que a vice-presidente, Kamala Harris, está em uma disputa eleitoral acirrada contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Jeff Zients, e a principal conselheira econômica, Lael Brainard, pediram aos membros do conselho da USMX em uma reunião na segunda-feira para resolver a disputa de forma justa e rápida, disse um funcionário da Casa Branca. Mas o governo tem repetidamente descartado o uso de poderes federais para interromper a greve.

A Casa Branca disse nesta terça-feira em um comunicado que está monitorando os efeitos na cadeia de suprimentos "e avaliando maneiras de lidar com possíveis impactos", observando que o efeito inicial sobre os consumidores deve ser limitado.

Reuters
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