O governador João Azevêdo teve uma espécie de 'conversa franca' ao discursar para a população de Guarabira, no Brejo paraibano, durante solenidade na manhã desta sexta-feira (13). O gestor visitou Guarabira, Pilões e Araçagi, para a entrega do sistema de abastecimento d’água, da reforma e ampliação de uma escola e para assinatura de ordem de serviço autorizando a pavimentação da rodovia PB-087, que interliga Pilões e Serraria, além da ordem de licitação para pavimentação do acesso a Cachoeira dos Guedes.
João explicou que todos os estados e municípios são obrigados a realizar a Reforma da Previdência local e que tomou a atitude com urgência para que a Paraíba não perca o certificado de regularidade. "Todos os estados e todos os municípios serão obrigados a adequar as suas previdências à regra que foi estabelecida lá, pela PEC 103 em Brasília. O que nós fizemos foi encaminhar para a Assembleia uma alteração que faz com que a Paraíba continue a receber e ter o certificado de regularidade. Porque se não fizer, a partir de março ou abril não terá mais o certificado de regularidade do Instituto de Previdência (INSS) e será o caos."
O governador criticou a quem ele chamou de "pessoas que há poucos meses estavam dentro do governo". "Nós encaminhamos para a Assembleia esse projeto. E aí pessoas que há poucos meses estavam dentro do governo, alguns trabalhando e outros até nem tanto, hoje vão para as mídias dizer claramente que o governador está querendo prejudicar os servidores. O mais interessante é que essas pessoas que estão dizendo isso vão ali em Pernambuco, onde é governador pelo PSB, partido que eu pertencia, e que está aprovando a Reforma igual a que eu estou apresentando. Essas mesmas pessoas que estão falando isso vão lá para o Espírito Santo, também governado pelo PSB, e que aprovou a sua Reforma (da Previdência) da mesma forma que estamos aprovando porque não há como não aprovar porque é uma obrigação, senão o Estado ficar irregular."
E continuou dizendo que governos do PT e do PCdoB já aprovaram Reforma da Previdência em alguns estados do Nordeste. "Mas é muito fácil fazer um discurso no Espírito Santo achando que só vai ficar lá e ninguém vai saber, fazendo discurso em Pernambuco. Não se trata de partido político porque o Maranhão é governado pelo PCdoB e aprovou sua Reforma. A Bahia já há muito tempo que cobra 14%, há mais de 10 anos e é governado pelo PT. O Ceará que também é governado pelo PT já cobra 14% há mais de cinco anos, não esperou nem a Reforma. O Piauí é governado pelo PT e aprovou a Reforma também."
João Azevêdo defendeu que a necessidade vai além de ideologias. "Ou seja, não se trata de ideologia política nem partidária. É uma necessidade real e obrigatória por conta da legislação que foi aprovada lá em Brasília. E lutamos muito para que essa Reforma não fosse injusta. Nós conseguimos fazer com que a Reforma tivesse o menor impacto, principalmente para os servidores. Existe uma Previdência aprovada pelo Governo Federal e os estados tem obrigação."
O governador falou em demagogia e que não será fantoche de ninguém. "A discussão de demagogia, da hipocrisia, eu não faço. Sou governador do Estado, tenho responsabilidade para com o Estado e com toda a população, e não vou quebrar esse Estado simplesmente para fazer demagogia, para dizer que não precisa fazer reforma. Precisa fazer essa reforma, essa adaptação por conta da legislação, precisa fazer a previdência do Estado, precisa ser cuidado. Estou para governar, não estou para fazer acordo com meia dúzia, como queriam que eu fizesse. Estou aqui para dizer que não serei fantoche de quem quer que seja. Vou continuar governando esse Estado, tomando as decisões e não tenho a preocupação de agradar a todo mundo. Nem Jesus Cristo agradou a todo mundo."
ClickPB
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