O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), previu dificuldades para aprovar a inclusão de despesas com aposentados das áreas de educação e saúde como gastos sociais – uma das medidas previstas no pacote entregue hoje pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Senado.
A dificuldade de aprovação prevista por Maia fez com que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também admitisse que o tema deve enfrentar resistência entre os senadores.
Para Rodrigo Maia, os gastos com inativos crescem mais que as despesas de estados e municípios, o que provocará diminuição dos recursos para saúde e educação se forem considerados investimentos nessas áreas.
“Uma coisa é restringir de forma emergencial os gastos para que a gente possa economizar. Mas não podemos descuidar do gasto na área de saúde, educação, na área social, que é uma urgência de milhões de brasileiros. Se essa despesa ficar solta ela vai crescer mais que a obrigação de gastos dos estados e municípios com saúde e educação, tendo então uma redução de aplicação", afirmou o presidente da Câmara.
"Num País que tem quase 12 milhões de desempregados, que tem milhões de pessoas vivendo abaixo da extrema pobreza, não parece o caminho mais adequado”, avaliou.
No Senado
Maia disse isso antes da entrega das propostas do governo. Ele estava acompanhado do presidente do Senado, que também foi na mesma linha.
“Hoje esses pagamentos dos aposentados de saúde e educação estão fora do limite de investimentos. Se ficarem dentro, acabam tirando recursos que poderiam ser investidos em saúde e educação. Se há esse sentimento da Câmara, não tenho dúvida de que, no primeiro momento, o Senado também não vai aceitar diminuir recursos de investimento [nessas áreas]”, disse.
Os presidentes da Câmara e do Senado, porém, destacaram a importância das propostas do governo de corte de gastos públicos.
Agência Câmara
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