A Câmara de Vereadores de Bayeux, na região da Grande João Pessoa, aceitaram denúncia e abriram nesta terça-feira (29) processo de cassação contra o prefeito Berg Lima (sem partido). De acordo com a denúncia, o prefeito pagou irregularmente hora extra e adicional noturno a guarda municipais que trabalhavam no turno da manhã.
O G1 tentou entrar em contato com o prefeito de Bayeux, mas até a publicação desta reportagem nenhum resposta havia sido enviada sobre o caso.
A comissão processante, formada pelos vereadores Adriano Martins, França e Lico, tem o prazo de 60 dias para ouvir os envolvidos, incluindo o prefeito Berg Lima e ao final publicar um relatório sobre a investigação.
O processo de cassação foi iniciado a partir de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a denúncia de irregularidades de pagamentos aos guardas municipais de Bayeux. A votação que determinou a abertura do processo, realizada nesta terça, terminou com 10 votos favoráveis a abertura e sete contrários.
O material investigado na CPI que resultou no processo de cassação foi encaminhado para o Ministério Público da Paraíba. O presidente da Câmara de Bayeux, Jeferson Kita, lamentou a instabilidade política e econômica gerada pelo processo, mas destacou que cabe aos vereadores investigar as denúncias.
É o terceiro processo de cassação aberto contra Berg Lima desde que foi eleito em 2012. O primeiro foi resultado da investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco) após o prefeito ser filmado recebendo propina de um fornecedor da prefeitura em troca de pagamento de dívidas atrasadas.
O segundo foi por decorrência de contratação de caminhões “fantasmas”. Em nenhuma dois outros processos, a cassação de Berg Lima foi adiante, sendo arquivados.
G1 PB
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