Integrantes do PSL chegaram na manhã desta terça-feira (22) para uma reunião, em Brasília, do diretório nacional do partido. O encontro foi marcado para eleger o conselho de ética da sigla, que analisará processos de deputados suspensos das atividades partidárias.
Os parlamentares que sofreram suspensão são todos da ala aliada ao presidente Jair Bolsonaro:
Os cinco assinaram a lista apresentada pelo deputado Major Vítor Hugo (PSL-GO) na última quarta-feira (16), para destituir Delegado Waldir e fazer do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, o novo líder da bancada.
O PSL vive uma crise interna, que se acirrou há duas semanas, quando Jair Bolsonaro fez críticas ao partido e ao presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE). A crise gerou um racha entre a ala bolsonarista e a ala bivarista.
Um dos reflexos da disputa partidária é a definição do líder do PSL na Câmara. Desde esta segunda, Eduardo é o novo líder.
Delegado Waldir (PSL-GO), um dos pivôs da crise, afirmou na chegada ao local da reunião que a ala ligada a Bivar foi surpreendida, nesta segunda, com a apresentação de uma lista de bolsonaristas na Câmara que levou Eduardo Bolsonaro ao posto de líder. De acordo com Waldir, havia a tentativa de um "armistício" para não serem mais apresentadas listas de troca de líder.
"Tentamos o armistício ontem [segunda]. Há bastante tempo que temos tentado o diálogo, mas ele não surte efeito. Ontem eu tive pessoalmente, pelo zap, eu converso com o ministro [Luiz Eduardo] Ramos [ da Secretaria de Governo]. Depois o presidente Bivar teve uma conversa com o ministro Ramos. Ele pediu essa paz, disse que iria trabalhar essa paz. E nós nos surpreendemos, eu pessoalmente me surpreendi quando foi protocolado uma nova lista. É sinal que o grupo que está sob o comando de Eduardo Bolsonaro não quer trégua. Não quer diálogo", afirmou Waldir.
G1
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