O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negou, nesta segunda-feira (21), que o governo federal tenha demorado a agir diante do aparecimento de manchas de óleo no litoral nordestino desde o começo de setembro. Em palestra para um grupo de empresários, no Country Club de Porto Alegre, Salles afirmou que os órgão federais, como ICMBio e IBAMA, atuam em parceria com governos e defesas civis locais para conter o desastre ambiental.
"Não há lentidão nenhuma. Tudo foi feito e continua sendo feito rapidamente pelo governo federal", defende o ministro.
Salles afirmou que esteve pessoalmente em cinco estados para supervisionar os trabalhos. Ele assegura que o ministério tem "dado todas as recomendações da forma adequada de colaborar com o recolhimento", como números de telefone e a utilização de material de EPI [Equipamento de Proteção Individual].
"As praias têm sido limpas no mesmo dia, o que mostra que a resposta tem sido bastante rápida."
"Tem mais de 1,5 mil homens em todo o litoral do Nordeste. Temos tido e agradecemos muito a colaboração dos voluntários que têm participado. É um esforço conjunto contra essa mancha de óleo venezuelano que tocou a costa brasileira e que nós não sabemos a origem, como ela chegou efetivamente."
Mais cedo, nas redes sociais, o ministro fez duas postagens rebatendo críticas à atuação do governo federal. Em uma delas, respondendo a uma cobrança da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL), ele afirma que "o petróleo que está atingindo o Nordeste e o Brasil é venezuelano, cujo governo ditatorial comunista vocês apoiam".
À tarde, porém, ele afirmou que "não tem sido bom para o país essa polemização, essa politização que alguns querem fazer".
"Estamos em um esforço global. Todos os ministérios têm dado suas contribuições, os órgãos federais têm feito um grande trabalho, os órgãos municipais também, voluntários prestando um bom serviço ao país", cita Salles. "Nossa decisão é por trabalhar e por gerar resultados que são muito importantes para o país."
As manchas já atingiram mais de 200 localidades diferentes dos nove estados do Nordeste. Os registros são feitos desde 30 de agosto, há mais de 50 dias.
Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação coletiva pedindo que a Justiça Federal adote um plano de emergência sobre a situação. O juizado pediu, como resposta, que o MPF especificasse quais ações devem ser implementadas.
G1
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