Em busca de um apoio do mercado à sua decisão da semana passada, a equipe econômica vai detalhar nesta segunda-feira (22) os dados embasaram a contenção de R$ 15 bilhões.
O valor foi, inicialmente, visto como insuficiente por agentes econômicos, uma dose muito comedida, mas pelo menos na direção certa. As equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet, por sinal, não descartam novos bloqueios e contingenciamentos para atingir a meta fiscal deste ano.
Os assessores de Haddad e Tebet vão divulgar o motivo de o corte ter sido de R$ 15 bilhões, com as razões do bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,2 bilhões, deixando claro que o governo vai seguir tomando medidas para garantir que a meta fiscal seja atingida neste ano.
Com esse detalhamento, a equipe econômica espera ganhar do mercado um voto de crédito, permitindo que o valor do dólar fique mais estável, mais próximo de R$ 5,20 até o final do ano.
A definição dos cortes por ministérios sai no dia 30 de julho. Algumas pastas são candidatas naturais a sofrerem os maiores cortes, como os ministérios dos Transportes, Portos e Aeroportos e Cidades.
Até o fim do mês, ministros vão negociar para evitar uma tesourada maior em suas áreas na distribuição dos cortes de R$ 15 bilhões.
Assessores da equipe econômica alertam que, praticamente, todos os ministérios terão de dar a sua cota de sacrifício em nome da credibilidade do arcabouço fiscal, inclusive as emendas parlamentares, o que deve gerar "chiadeira" no Congresso Nacional.
g1
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