Novembro 04, 2024

Pacheco elogia Lula e diz que 'monstro não está morto' ao se referir a movimentos antidemocráticos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira (28) que o "monstro não está morto" ao se referir a movimentos antidemocráticos.

Pacheco também afirmou que recebe com "muita alegria" elogios vindos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, é um político que preza pela democracia.

Nesse contexto, o presidente do Senado relembrou dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro — quando as sedes dos Três poderes foram invadidas e depredadas.

Pacheco citou também o episódio na Bolívia, nesta semana, quando em uma tentativa frustrada de golpe, o ex-comandante do Exército do país Juan José Zúñiga e soldados aliados invadiram o Palácio Quemado, antiga sede do governo, mas acabaram desmobilizados.

"Há dois anos tivemos problema de atentado à democracia. Na Bolívia essa semana tivemos violação democrática em um país. Portanto, esse monstro não está morto. Nós precisamos constantemente trabalhar em defesa da democracia", disse Pacheco.

A declaração foi dada durante evento do governo federal de investimentos para Minas Gerais. Lula está no estado desde esta quinta-feira (27), onde cumpre agenda.

Aproximação entre Pacheco e Lula
Mais cedo, em entrevista à rádio FM O Tempo, Lula elogiou o presidente do Senado que, na sua opinião, atualmente "é a figura pública mais importante de Minas Gerais".

O presidente da República foi questionado sobre uma eventual candidatura de Pacheco ao governo mineiro, em 2026.

"Acho que ele tem todas as condições de fazer disputar eleitoral e ganhar as eleições", afirmou Lula.

Lula e Pacheco se aproximaram nos últimos anos. E estiveram juntos em Minas em outros eventos do governo, cumprindo agenda.

Durante a entrevista dada à rádio, Lula também disse que o governo federal está disposto a negociar a dívida R$ 170 bilhões de Minas Gerais.

A expectativa é que Pacheco apresente na próxima segunda (1º) um projeto com objetivo de reduzir os juros de pagamento dos débitos.

Isso ocorrerá se os estados entregarem ao governo federal ativos que possuem em empresas e investirem em segurança, por exemplo.

Na ocasião, o presidente da República fez críticas ao governo de Minas Gerais, e afirmou que o estado "não pode simplesmente ficar sem pagar [a dívida] e ter como prêmio o não pagamento".

g1
Portal Santo André em Foco

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