A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara (SGM) fará nesta quinta-feira (17) a checagem das assinaturas de deputados em duas listas enviadas por parlamentares do PSL para definir o novo líder do partido.
Nesta quarta (16), um grupo de deputados assinou um requerimento para colocar Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, na liderança da sigla. Logo em seguida, o atual líder do partido, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), apresentou outra lista para retomar a liderança.
Pelas regras internas da Câmara, a escolha do líder partidário é oficializada por documento enviado ao presidente da Casa. O requerimento deve ser assinado pela maioria absoluta dos integrantes da sigla – atualmente o PSL tem 53 deputados.
O blog procurou o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na manhã desta quinta para questioná-lo sobre o próximo passo. Maia disse ter sido informado pela Secretaria Geral da existência de três listas com assinaturas de apoio a nomes de deputados do PSL, mas não especificou quais são elas (seriam duas de um lado, e uma do outro).
Maia afirmou que aguarda a checagem das listas pela Secretaria-Geral para anunciar o resultado. “Eu só anuncio o resultado", disse. Segundo ele, a decisão pode sair por volta das 11h ou 12h desta quinta.
Crise no PSL
Na quarta, parlamentares do PSL se reuniram com a cúpula do partido. O líder no Senado, Major Olimpio, criticou a interferência do presidente Jair Bolsonaro na disputa partidária e teme desgastes no Congresso.
“Analise o quanto é ruim o presidente ter de entrar em campo para conseguir só um voto a mais no partido dele para mudar a liderança e colocar o seu filho? Derrota muito grande ao presidente. Ele tinha 100% na bancada”, criticou o Major Olimpio.
Como o blog mostrou nesta quarta, Luciano Bivar, presidente da sigla, tem repetido que não há volta na relação com o presidente Bolsonaro, e avalia expulsões de parlamentares ligados ao presidente.
Já no Planalto a crítica é dirigida ao líder do PSL na Câmara, o delegado Waldir, que orientou nesta semana a bancada a votar contra o governo em medida provisória do interesse do Planalto.
Nos bastidores, partidos acompanham a disputa no PSL e comparam com uma briga pela liderança do PMDB, em 2015, quando a então presidente Dilma Rousseff interferiu na disputa para tirar do posto um aliado do então vice Michel Temer e de Eduardo Cunha, ex-deputado e hoje preso pela Lava Jato.
G1
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