O presidente Lula marcou uma reunião para a próxima terça-feira (30) tratar da mineradora Vale com o Ministério de Minas e Energia, o Banco do Brasil e a Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ), em um claro sinal de que não desistiu de abrir um espaço na empresa para seu ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
O Conselho de Administração da Vale se reúne no dia seguinte, 31 de janeiro. A Previ tem dois dos 13 assentos no conselho, que decide não apenas quem comanda o conselho em si, mas também quem é o presidente da mineradora.
O governo federal não detém mais a maioria do conselho, porque a venda de ações da vale na gestão de Paulo Guedes na Economia fez da Vale uma Corporation, isto é, com ações pulverizadas e sem um bloco de controle acionário – uma situação bem diferente daquela dos governos Lula 1 e 2, quando o presidente da República tinha influencia e podia escolher o CEO da empresa.
Desde o início do ano, Lula determinou ao ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que conversasse com outros sócios para fazer de Mantega o CEO da empresa.
A resposta dos acionistas não tem sido boa. O blog ouviu conselheiros, integrantes do governo e interlocutores de acionistas, e a percepção geral é que as chances de Lula fazer o novo presidente da empresa são muito baixas, assim como interferir na definição do presidente do Conselho de Administração.
A possibilidade maior é a de haver um acordo com outros acionistas para abrir uma vaga de membro do Conselho para Mantega.
Em último caso, Lula poderia determinar à Previ – fundo de previdência de servidores do banco do Brasil – que ceda uma de suas duas vagas no Conselho para Mantega. Na reunião da próxima terça-feira no Planalto, Lula deve ouvir os auxiliares e bater o martelo sobre o destino do seu ex-ministro.
g1
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