O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta terça-feira (26) com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Foram discutidos, segundo Haddad, o preço do diesel e medidas para a indústria.
O encontro ocorreu em meio à expectativa de que Haddad anuncie, nos próximos dias, medidas para a economia. Questionado por jornalistas sobre quais serão, o ministro não quis adiantar. Mas disse que as propostas vão passar pela Casa Civil, pela análise do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e devem ser apresentadas à população ainda este ano.
A equipe econômica do governo busca formas de aumentar a arrecadação e, assim, conseguir zerar o déficit fiscal em 2024, como está previsto no Orçamento.
Veja abaixo o que Haddad debateu com Alckmin:
Maquinário da indústria
O governo pretende lançar ainda nesta semana, segundo Haddad, um programa para a indústria poder abater no Imposto de Renda a depreciação de equipamentos de forma mais acelerada do que a lei permite hoje. Isso, segundo o ministro, vai facilitar a aquisição de maquinário novo.
"Os empresários vão ter um estímulo a mais a adquirir máquinas mais modernas para aumentar a produtividade da economia brasileira. Então, essa foi a primeira coisa", afirmou o ministro.
Preço do diesel
A partir do dia 1º de janeiro, vai haver a reoneração do diesel. O impacto será de pouco mais de R$ 0,30, de acordo com o ministro. O combustível estava desonerado de impostos federais desde 2022, e a medida foi estendida ao longo de 2023. Mas o encerramento da desoneração já estava previsto para o fim deste mês.
A Petrobras já anunciou redução no preço do combustível, que vai compensar com sobras a reoneração. Na comparação dos preços em 1º de dezembro com 1º de janeiro, o preço de 2024 ficará mais baixo, segundo Haddad.
"A partir do dia 1º de janeiro, se você comparar o preço do diesel com o dia 1º de dezembro de 2023, você tem uma queda do preço, mesmo com a reoneração. Para todo mundo ficar atento, para que alguém desavisado não aumente o preço dizendo que tem razões para aumentar. Não tem razões para aumentar, tem razões para diminuir", explicou o ministro.
Balanço do ano
O ministro da Fazenda também comemorou alguns resultados da economia no primeiro ano do governo e disse que ainda há "um caminho pela frente".
"Nós vamos terminando o ano com bons indicadores em todas as partes. Emprego, inflação, câmbio, juro, tudo convergindo para o patamar que nós desejamos. Isso é fruto de um trabalho, tem que ter continuidade. Como é que se dá continuidade ao trabalho? Com transparência, capacidade de diálogo, capacidade de articulação", afirmou Haddad.
g1
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