Setembro 22, 2024

Lira diz esperar que Conselho de Ética 'aja com rigor necessário' após confusões e agressão durante promulgação da reforma tributária

O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) disse, nesta quinta-feira (21), que a confusão que aconteceu no Congresso durante a sessão solene que promulgou a reforma tributária "deprecia, desmoraliza e é ruim para o Parlamento".

Lira se refere ao tapa que o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) deu no também deputado Messias Donato (Republicanos-ES), na noite de quarta-feira (20), e também a seguidas confusões entre parlamentares de situação e de oposição.

“Eu não concordo com tudo o que o presidente Lula defende e nem por isso nunca nos agredimos”, disse Lira. "

Muitos deputados, até com posicionamento mais radical à direita, balançavam a cabeça para mim reprovando a atitude daqueles que não tiveram comportamento correto, fazer lacração em rede social, desrespeitando as instituições", disse o presidente da Câmara.

A agressão do petista ocorreu em um momento em que os dois discutiam. Quaquá estava fazendo uma filmagem no plenário e fez uma ofensa homofóbica contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Donato tentou parar a gravação colocando a mão no celular do petista, momento em que houve a agressão.

Lira diz esperar que sejam tomadas as providências para evitar que novas confusões aconteçam e que não haja acordo para evitar punições.

"Eu apelo, sim, à dignidade política dos partidos envolvidos para que depois que esses deputados que patrocinaram todo tipo de deselegância e atos de falta de decoro, não se tenha acordo no Conselho de Ética – como já houve me outros casos – para se proteger com a união entre PT e PL, principalmente, para proteger os que lá foram, os que lá estavam", afirmou Lira.
Durante a sessão, deputados disputaram em momentos da sessão qual coros eram entoados mais forte no plenário. Enquanto governistas entoavam o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava na sessão solene, oposicionistas gritavam termos contrários a Lula.

Outros temas abordados por Lira:

Orçamento de 2024:
"O orçamento não é do governo federal, é um programa. E se nós acharmos condições de fazer uma execução orçamentária mais enxuta, um trabalho de enxugamento dos juros da dívida para o Brasil, portanto, uma diminuição do aumento da despesa e do aumento do déficit. O governo federal teve ao longo do ano, por parte do Congresso Nacional, todo apoio em todas as pautas importantes do país, até a polêmica 1185, para dar ao ministro [Fernando] Haddad, dar ao governo federal a condição de lastro para suportar a margem da meta [de déficit] zero."

Mandato fixo no STF:
"Mandato para o Supremo Tribunal Federal é muito fácil defender em rede social, mas vocês imaginem uma pessoa que vai para o Supremo Tribunal Federal com 44 anos, 45 anos, que sabe que vai sair com 55, o que é que vai se esperar de isenção de julgamento de uma pessoa que sabe que cada dia é um dia a menos e em 10 anos vai saber que vai sair com 55 anos. Então, não faz bem, não é uma regra que eu defensa."

Decisões monocráticas do STF
"Congresso reclama de decisões monocráticas contra decisões de votações de maioria muito grande no parlamento brasileiro. Eu me somo a eles. Eu acho que a democracia é o melhor regime do mundo, é o que nós conhecemos, que dá a oportunidade de todos debaterem. Mas ela tem que ter decisões e a decisão, ela é por maioria."

Relação Câmara x governo federal
"A Câmara, eu penso que cumpriu muito bem o seu papel no ano de 2023 e estamos encerrando muito melhor do que a projeção do início do ano. Matérias aprovadas, matérias destravadas, matérias em consonância com a política econômica do ministro [Fernando] Haddad, que foi um parceiro importante na interlocução econômica."

g1
Portal Santo André em Foco

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