Depois da derrota na votação da reforma da Previdência no Senado, com nova perda de economia agora de R$ 76 bilhões, assessores do próprio presidente Jair Bolsonaro fizeram uma avaliação na manhã desta quarta-feira (2) ao blog: ou o governo mudar sua articulação política com o Legislativo, ou irá sofrer novas derrotas, principalmente nas pautas de seu interesse direto.
Segundo esses assessores, a equipe presidencial ainda patina no relacionamento com o Congresso. Para eles, o Palácio do Planalto faz muitas promessas, mas demora para cumpri-las e não faz um acompanhamento corpo a corpo dentro do plenário da Câmara ou do Senado para evitar derrotas em votações.
Os senadores aprovaram o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência em primeiro turno na noite desta terça-feira (1º), mas o governo não conseguiu impedir a votação de destaques (propostas de mudança no texto), entre eles o que retirou trecho aprovado pela Câmara que alterava regras do pagamento do abono salarial.
Bolsonaro costuma se defender dizendo que ele faz a sua parte e que o Congresso é soberano em suas decisões. Esse discurso oficial é visto pela equipe do presidente como uma forma de ele se posicionar, mas avaliam que essa estratégia não pode continuar. Caso contrário, o próprio governo será prejudicado.
A preocupação desses assessores é com o reflexo destas derrotas no ritmo da economia. Se elas continuarem, a economia brasileira continuará crescendo numa velocidade muito baixa, o que levará a cobranças contra o Palácio do Planalto principalmente no próximo ano.
Apesar do revés da noite desta terça-feira (1º), o governo continua acreditando que a reforma da Previdência será aprovada até meados de outubro. O problema são as novas pautas econômicas, como as reformas tributária e administrativa, e a autonomia do Banco Central (BC).
G1
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