O presidente da República, Jair Bolsonaro, promulgou na sexta-feira (27) os trechos da lei de abuso de autoridade que tinham sido vetados por ele, mas cujos vetos acabaram sendo derrubados pelo Congresso Nacional.
O despacho consta de uma edição extra do “Diário Oficial da União”.
A lei, sancionada no início do mês com mais de 30 vetos, define as condutas de agentes públicos, como policiais, promotores e juízes, que poderão ser enquadradas no crime de abuso de autoridade.
Críticos afirmam que a lei deve prejudicar o trabalho de investigadores e juízes no combate à corrupção por conter alguns pontos considerados subjetivos e que poderão intimidar a atuação deles.
A sessão conjunta do Congresso (com deputados e senadores) para a análise dos vetos foi convocada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), dias após uma operação da Polícia Federal, autorizada pela Justiça, que fez buscas no gabinete do líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
A ação da PF foi criticada por Alcolumbre, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele negou, porém, que a derrubada dos vetos tenha tido relação com a operação no prédio do Congresso.
Ao analisar os pontos vetados na terça-feira (24), o Congresso rejeitou a maior parte deles. Foram derrubados 18 dispositivos (artigos e trechos de artigos). Outros 15 dispositivos foram mantidos, ficando, portanto, de fora da lei.
Os vetos derrubados seguiram, então, para promulgação de Bolsonaro. O PSL, mesmo partido do presidente, e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) já anunciaram a intenção de questionar pontos da lei na Justiça.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.