A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da mulher dele, Michelle Bolsonaro, recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que negou pedido para que tivessem acesso aos depoimentos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid no inquérito que apura a compra e venda ilegal de joias. O material não foi liberado por causa do acordo de delação celebrado por Cid com a Polícia Federal e homologado por Moraes em setembro.
Em agosto, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente. O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, foi um dos alvos da operação.
No início do mês de setembro, Mauro Cid foi ao STF indicar a Moraes a formalização da delação. Ele prestou um novo depoimento à Polícia Federal na semana passada no inquérito sobre a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos falsos, entre eles alvarás de soltura, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
O tenente-coronel do Exército é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em uma tentativa de golpe de Estado. Também é investigado no caso das joias dadas por autoridades estrangeiras a Jair e Michelle Bolsonaro e no dos atos extremistas de 8 de Janeiro. À Polícia Federal, ele já prestou pelo menos seis depoimentos.
R7
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