O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta sexta-feira (8) que vai ao Rio Grande do Sul neste domingo (10), para acompanhar a situação no estado após a passagem de um ciclone extratropical.
Alckmin também anunciou um repasse para as prefeituras de cidades atingidas pelo fenômeno natural. O valor é de R$ 800 por pessoa atingida, para que os municípios possam auxiliar no atendimento a essa população.
Até esta quinta (7), 41 mortes já tinham sido confirmadas como consequência do ciclone. Outras 46 pessoas permaneciam desaparecidas até esta sexta.
O repasse de R$ 800 será feito por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, mas o governo não informou o montante total. O valor será definido a partir das informações repassadas pelas prefeituras. O credenciamento das pessoas afetadas deve começar nesta sexta (8).
"Temos 5 mil desabrigados. É a estimativa que fazemos hoje. Então R$ 800 para cada um desses desabrigados, repassados para as prefeituras", afirmou o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
"O critério é por pessoa atingida de cada município, mas o dinheiro vai ser transferido para o município, para ajudar os municípios a atenderem as famílias desabrigadas, poderem atender melhor a população", disse o presidente em exercício.
As medidas foram anunciadas pelo presidente em exercício após reunião com ministros nesta manhã. Alckmin está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Índia, para participar da cúpula do G20.
Alckmin informou que foi criada uma "sala de situação permanente" com representantes de ministérios para monitorar as consequências do ciclone.
O governo também decidiu enviar 20 mil cestas de alimentos para as pessoas afetadas. As primeiras 5 mil cestas chegam no domingo ao Rio Grande do Sul.
Alckmin disse que a comitiva deve descer no município de Lajeado e passar pelas cidades de Roca Sales e Arroio do Meio. O presidente em exercício e os ministros pretendem se reunir com prefeitos da região e com representantes do governo gaúcho. Durante a visita, novas medidas de apoio às pessoas atingidas devem ser anunciadas.
Além do presidente em exercício, participaram da reunião desta sexta as seguintes autoridades:
Ausência de Lula
Uma comitiva de ministros já esteve nesta semana no Rio Grande do Sul. O presidente Lula, no entanto, não visitou o estado, que sofre com as consequências de uma das maiores tragédias naturais já registradas.
Antes de embarcar para Índia, Lula concentrou sua agenda na negociação para finalizar uma minirreforma ministerial e participou do desfile de 7 de Setembro, em Brasília.
Em entrevista coletiva, Alckmin disse que o governo federal começou a atuar "imediatamente" após saber da gravidade da situação, e que tem conversado com Lula sobre o tema. Questionado sobre a ausência do petista e a falta de uma visita dele à região, o presidente em exercício culpou a agenda.
"Os seus ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de setembro, não tinha como sair. No dia anterior, teve uma indisposição de saúde. Mas todo o governo empenhado em atender a região", afirmou.
Após a entrevista, Lula publicou uma manifestação em uma rede social.
"Como disse ao governador do Rio Grande do Sul, @EduardoLeite_, orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o @geraldoalckmin, e os ministros e ministras do nosso governo, formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul", escreveu.
"Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cesta de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas estão sendo disponibilizados. Além disso, o valor de R$ 800 por pessoa será disponibilizado as prefeituras para remediar os danos causados pelas fortes chuvas", continuou.
Medidas de apoio
Até as 12h desta sexta, diferentes órgãos federais já tinham anunciado medidas de auxílio aos atingidos pelo ciclone no RS:
Danos causados pelo ciclone
As mortes registradas no Rio Grande do Sul já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram, em junho. Na noite de terça (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que se trata da pior tragédia natural que já atingiu o estado.
O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira (4). Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.
Veja números do boletim sobre os danos causados, divulgado no início da noite de quinta (7):
g1
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