O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em sessão de abertua do ano Judiciário no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (1°) que agressões a autoridades jamais serão aceitas pelo MPF e que a fala dele poderia ser a última antes da sua despedida em 26 de setembro. "Registrando que essa fala talvez seja aquela que posso faze-lo antes da minha despedida em 26 de setembro, vindouro", disse.
Na ocasião, Aras lembrou que houve 1427 denúncias sobre os episódios extremistas de 8 de janeiro, quando vândalos depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes.
"Ratificamos nossa solidariedade a todos os membros dessa Corte que foram vítimas de ataques, agressões, seja em território nacional, seja alhures e por isso adotamos as providências para apurar responsabilidades. A liberdade é o direito de fazer tudo o que a lei permite. Renovadas as esperanças reafirmo a essa corte que, ao lado dela, presseguirá o respeito à CF e às leis, às instituições, à totalidade da nação brasileira".
O mandato de Aras vai até setembro, e, após a data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa indicar o novo chefe do MPF (Ministério Público Federal).
Escolha de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (1º) que vai escolher "no momento certo" um procurador-geral da República que não faça "denúncias falsas". O petista mencionou a Operação Lava Jato, que o levou para a cadeia em 2018. Segundo ele, o resultado da ação foi o "maluco beleza que governou o país por quatro anos", em referência a Jair Bolsonaro.
"Vou escolher com mais critério, com mais pente fino para não cometer um erro. Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, alguém que goste desse país, alguém que não faça denúncia falsa", afirmou.
R7
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