O encontro presencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com o objetivo principal de discutir uma possível reforma ministerial, deve ficar para agosto. Havia a expectativa da realização de uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta sexta-feira (21), o que não deve se confirmar, por um conflito de agendas.
O R7 apurou que Lula viaja para São Paulo ainda nesta sexta-feira (21). Antes, ele participou do lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), em cerimônia no Palácio do Planalto.
Já Lira vai para Alagoas e só deve retornar no fim do mês. O deputado chegou a ser chamado para o encontro na quinta-feira (20), mas estava em São Paulo para fazer exames médicos. Recentemente, ele foi atendido em um hospital de Brasília para tratar de uma dor nas costas.
O Palácio do Planalto tem negociado a troca do comando de ministérios para dar espaço a parlamentares do Centrão. A medida, inclusive, pode acarretar perda de espaço do próprio PT na Esplanada dos Ministérios. Ainda estão indefinidas as pastas que terão seu comando alterado.
Na semana passada, em entrevista exclusiva à Record TV, Lula reconheceu que pode trocar ministros do governo federal a pedido de partidos do Centrão. O chefe do Executivo, no entanto, disse que não aceita negociar pastas importantes para ele, como o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e o Ministério da Saúde.
Até o momento, dois ministros de Lula foram trocados desde o início do mandato: Gonçalves Dias foi substituído por Marcos Antonio Amaro dos Santos na chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Celso Sabino assumiu o Ministério do Turismo no lugar de Daniela Carneiro.
Agenda econômica
Além da reforma ministerial — que só deve começar em agosto, com a volta do recesso parlamentar —, na pauta do encontro entre Lula e Lira está a agenda econômica. Assim que os parlamentares voltarem das férias, o governo vai ter de buscar a aprovação do chamado marco fiscal, que estabelece novas regras para as contas públicas do país.
Também articula-se a reforma tributária, que, apesar de já ter sido aprovada em dois turnos na Câmara, tem promessa de sofrer alterações no Senado, o que vai exigir uma nova análise dos deputados.
Outro projeto que deve ser discutido a partir de agosto é o do marco legal das garantias. A matéria facilita a recuperação de bens em caso de inadimplência e, com isso, reduz riscos e taxas de empréstimos.
A regulamentação das apostas esportivas também entra no rol de discussões, visto que é por meio desse projeto que o Executivo pretende aumentar a arrecadação tributária, contribuindo para cumprir com as metas fiscais estabelecidas pelo governo.
R7
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