O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (2) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no Palácio da Alvorada.
Em encontro de 45 minutos, numa conversa a sós, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse ao presidente Lula que a articulação política do governo precisa melhorar.
Na agenda, marcada desde a semana passada, o blog apurou que Lira reclamou da falta de organização da articulação política e ressaltou a necessidade de cumprimento de compromissos que foram assumidos pelo Palácio do Planalto.
Deputados têm reclamado da demora na liberação de emendas e na nomeação de aliados para postos no governo federal.
No encontro, segundo apurou o blog, o presidente da Câmara não citou o nome do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo, mas criticou o andamento dessa articulação.
Logo após a reunião entre Lula e Lira, chegaram ao Alvorada os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e no Senado, Jaques Wagner.
Em seguida, também chegaram os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha, alvo das críticas de Lira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Pautas de interesse do governo
Está na pauta da Câmara, por exemplo, o projeto de combate às fake news, cuja votação está prevista para esta terça. A análise, no entanto, pode ser adiada por falta de consenso entre líderes partidários.
Outro tema prioritário para o governo na Câmara é o projeto do novo arcabouço fiscal – regra que substituirá o teto de gastos. A previsão é que esse texto seja analisado ainda neste mês na Casa, para, então, ser enviado ao Senado.
O presidente Lula também está de olho na composição da CPI mista dos Atos Golpistas, que já foi criada e aguarda a indicação dos integrantes pelos líderes partidários. O governo quer aliados nos principais cargos da comissão: presidência e relatoria.
Críticas à articulação
O presidente da Câmara tem criticado a articulação do governo no Congresso.
Para ele, o Executivo precisa melhorar sua "engrenagem política", consolidar uma base de apoio na Câmara, e fazer com que as "coisas andem".
Depois de vencer as eleições, Lula montou uma equipe ministerial com representantes de 9 partidos. Juntas, as siglas reúnem 263 deputados – nem todos apoiam Lula, no entanto.
O número de 263 deputados não é suficiente para a aprovação, por exemplo, de uma PEC, que precisa de 308 votos para avançar na Câmara.
g1
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